Capítulo 31 - Detesto segundas-feiras!

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Olho para minha chapinha, que, no momento, está afundada na pia de roupa cheia de água

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Olho para minha chapinha, que, no momento, está afundada na pia de roupa cheia de água.

Dois minutos atrás eu estava tirando minha chapinha intacta da gaveta, pronta para alisar o cabelo, quando a Mione entrou no quarto miando pela sua porção de ração matinal. Saí do quarto para encher seu pote e, por pura falta de raciocínio lógico, levei a chapinha junto. Quando me estiquei para pegar o saco com a ração, que fica numa prateleira acima da pia da lavanderia, acabei deixando a bendita escapar por entre os meus dedos.

E agora já era chapinha!

Isso que dá não fazer uma coisa de cada vez.

Encho o pote da Mione, que ainda está miando como se estivesse prestes a morrer de fome, e volto minha concentração para o desastre.

Pego o aparelho, o considerando como um caso perdido, já que não vou me arriscar a por isso na tomada. Com a má sorte que eu tenho, sou bem capaz de tomar um choque, morrer e ainda queimar a casa inteira.

Volto para o quarto, sem a menor ideia do que fazer no cabelo. Tenho que sair para pegar o ônibus do colégio em, no máximo, trinta minutos.

Meu plano era me ajeitar para ir para o colégio hoje, mas bem no dia que consigo acordar cedo acontece esse tipo de coisa.

Que maravilha!

Ando de um lado para o outro, sem saber o que fazer.

Eu sou a única que tenho chapinha aqui em casa, já que a vó Rute e tia Lúcia gostam de deixar seus cabelos com cachos naturais.

Eu poderia pedir à da Cristine emprestada, mas ela mora longe pra caramba, e o tempo que eu levaria para chegar lá, somando com os minutos necessários para alisar o cabelo e ir para o colégio, acabaria perdendo os dois primeiros horários de aula.

No fim, a única solução que me resta é fazer o coque frouxo de sempre.

Detesto segundas-feiras! Tudo de ruim sempre acontece nesse dia.

Sou interrompida dos meus pensamentos pessimistas quando tia Lúcia aparece na porta do meu quarto, com minha chapinha recém afogada na mão.

— Por que isso estava boiando na pia? – ela pergunta.

— Acabou caindo quando fui pegar ração para Mione. E, com a preocupação de não saber o que vou fazer com o cabelo, acabei esquecendo ela lá. – Pego da sua mão, sem saber ao certo o que fazer com ela.

— Você é um desastre, Helô. – Ela ri, e (infelizmente!) disso eu não posso discordar. — Eu te dou o dinheiro para comprar outra, não precisa desse desespero todo.

Do Que o Amor é Feito | Amores Platônicos 01Onde histórias criam vida. Descubra agora