Pensamento distante

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EDUARDO 

EDUARDO 

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"Tudo que acontece uma vez pode nunca mais acontecer, mas tudo o que acontece duas vezes, acontecerá certamente uma terceira."       
                                                                                         Provérbio Árabe


Desde cedo que fui atraído para aquela moça no balanço... pelo olhar distante e triste, meu dia, que há muito tinha conseguido que fosse os mais tranquilos, hoje não tinha sido.

Quando a encontrei cedo e pude ver a beleza que emanava dela, fiquei sem palavras, outro fato que não acontecia comigo, mesmo estando retraído nesses últimos tempos nada me deixava sem palavras, porém uma moça de cabelos ondulados, com uma pele negra que convidava o toque, de olhos negros, de um sorriso...que sorriso, era magra, era mais baixa que eu...essa tinha conseguido calar as minhas palavras, a vontade era chamar pra conversar e saber tudo sobre sua vida, que loucura...o que tinha acontecido comigo?!

Depois de encará-la sem pestanejar e me apresentar, quando ela perguntou o que fazia por ali, menti parcialmente...até que era mesmo o instrutor de passeio de cavalos, mas não falei toda a verdade... normalmente por não estar tão presente no Rancho talvez aquele fosse nosso único encontro, e nem todos hóspedes participavam do passeio a cavalo.

Fui visitar a Fazenda dos Castellano, pois era uma das que estavam implantando o melhoramento genético e como esse meu projeto era o  divisor de águas na minha carreira e consolidação de várias pesquisas, meu foco era acompanhar todos os meus clientes. Como sempre acontecia após verificar se tudo estava ocorrendo dentro do planejado, almocei por lá e como tinha o passeio do Rancho despedi de todos e voltei, sabendo  que chegaria atrasado liguei e pedi a Raul pra ir deixando tudo organizado.

Cheguei no estábulo já tinha passado do horário inicial onde fazia minha apresentação e falava um pouco sobre montaria, cavalos; já  estava atrasado, fato que eu odiava, Raul foi dizendo que já estava separado os grupos, separávamos em dois : os que já sabiam de montaria e os que nunca  tinham tido contato com cavalos. Vi que o grupo sem conhecimento era maior fiquei dando as instruções e os outros hóspedes já estavam saindo com Raul pelo pasto, escolhíamos um que não possuía muitos arbustos e sem montanhas e  o passeio corria sem nenhum transtorno.

Montei em Faraó e saí com os visitantes e, pude ver que alguém estava galopando em Sentinela que era um cavalo muito dócil, que deixávamos sempre com quem tinha prática em  montaria  e qual não fui minha surpresa; era a mesma moça de cedo: Isabella, jamais esqueceria daquele nome, pronunciado pela voz mais segura que tinha ouvido na vida, mesmo com o olhar a traindo. Coloquei meu cavalo para galopar mais rápido e acompanhá-la certificando que ela sabia mesmo galopar, pois seu ar de moça da cidade não demonstrava que possuía essas habilidades. Consegui chegar perto e qual não foi minha surpresa ?! Ela realmente era uma Amazona, sua postura, a forma de segurar a rédea, eram conhecimentos adquiridos por quem desde cedo  conhecia cavalos, sem ter muito  que falar fui puxando conversa.

- Boa Tarde Isabella- ela encarou, pensei até que não ia responder, mas passado alguns minutos respondeu: -Boa Tarde...Eduardo!! Né isso?!- ela lembrou meu nome?! Não entendi...mais isso me animou, antes que ficasse  com cara de paspalho...que não tinha antes...mas parece que hoje era o meu dia...larguei um sorriso  e falei:

-não sabia que cavalgava bem?! como acabou distanciando do grupo fiquei preocupado- esse preocupado pareceu o q?! Até as palavras me traíram hoje ?!

Ela educada, explicou que tinha dito pra Raul que sabia cavalgar e por isso ele a tinha deixado ir na frente e falou que o mesmo tinha dito do Instrutor de Montaria, daí tinha percebido que tinha dito mais cedo que trabalhava no Rancho, antes que falasse algo que pudesse me desmascarar respondi: - tranquilo...só não vá tão longe ...pois você não conhece esses pastos- e fui virando meu cavalo e voltando.

Não consegui entender o incômodo de uma simples conversa e de ficar decepcionado por ter mentido, voltei para os hóspedes que vinham mais devagar e queria tirar uma dúvida ou outra; quando volto meus olhos na direção da moça que já tinha encontrado pela segunda vez naquele dia, e que trazia sensações estranhas pra minha vida ,tinha um homem em um cavalo ao seu lado, pelo que pude observar os dois se conheciam...

Eduardo...Eduardo não vá por esse caminho...pensei...era mais do que comum casais no Rancho e, não poderia ser diferente com Isabella, não usava aliança pois olhei para sua mão, mas esse não era um impedimento para não ter um relacionamento. Pelo que durou do passeio eles ficaram lado a lado e quando finalizou, estavam conversando próximos, poderia ser apenas um conhecido...mas o que eu  tinha com isso?!

-Raul?! - chamei -o

- Oi patrão.- odiava quando ele mim chamava assim, nossa diferença de idade era pouca e  fomos criados aqui no Rancho e nunca tivemos essa necessidade, retruquei - se você me chamar assim, vou pedir a Cissa que te proíba de ir no forró - sabia que ele gostava da farra e Cissa era bem capaz de colocar ele em "bons lençóis" como ela dizia.

- diga Edu- respondeu torcendo o nariz 

- Quem era a moça que você entregou Sentinela?! Mesmo sendo manso ele pode derrubar, sabia disso?! Ele me encarou e foi logo falando:- ela disse que sabia cavalgar Edu e, você mesmo viu !!continuou: - vi você falando com ela, achou a moça bonita né?! Aproveita e convida ela para o forró de hoje, antes que ela receba outro convite se é que já não tem ?! muito bonita pra estar sozinha...perdeu Edu...ou melhor nunca teve .-E ficou rindo.

Saí jogando meu boné nele e fui descendo para o meu chalé, ia tomar banho, mais tarde tinha uma conferência com os desenvolvedores do meu projeto.

E qual não foi mais uma coincidência do dia, ao lado do meu chalé tinha uma jardim bonito que minha mãe cultivava flores e por ser mais reservado não despertava o interesse dos hóspedes ...a razão da minha atenção naquele dia ...segurava o telefone ,sem saber se ela queria tirar foto, como bom cavalheiro ,aproximei e ofereci-me para tirar sua foto.

E com o  mesmo olhar distante respondeu que não gostava de fotos dela, só iria tirar fotos da paisagem, pude perceber que ele falava de algo que eu conhecia: tristeza. 

-É que a paisagem ficará bonita com você na foto- quando olhei ela estava sem reação e aí percebi que tinha falado em voz alta, e esbocei um - com todo respeito.- saindo em seguindo, nunca fui santo, mas envolver com mulheres comprometidas e hóspedes não estavam em meu currículo, precisava tomar distância daquela moça, pois meus sentimentos e atitudes não eram a mesma na sua presença.


Era melhor tomar banho pois tinha muito o que resolver nessa conferência...mas o meu pensamento ... ah esse continuava longe!!!


🌾🌾Amores mio🌾🌾

Essa autora Best Seller ( eu ouvi um Amém ?!) que vos fala quer muito saber as tretas que virão por aí... Mas que vai arrebentar com nossas estruturas...

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