Six Months | Baktan

22. surprising - parte um

*Bak's pov *

– Estou apaixonado, fato. – declaro a Victor e Bárbara, que começam a rir disfarçadamente. – Mas eu quero... quero mostrar pra ela isso, sabe? Já são três meses..

– Que vocês estão nesse rolo aí? – Babi me pergunta e assenti com a cabeça. – Acha que não rola um pedido de namoro?

– Talvez... mas não acha clichê? – retruco – E eu nem sei se ela aceitaria.

– É claro que aceitaria – Victor grita e Babi parece estar desconfortável – As meninas gostam de coisas românticas.

– Não.. – ela discorda – Eu não acho que Carolina vá aceitar pelo simples fato dela talvez não se sentir totalmente confortável com a situação, não sei..

– E se eu fizer algo grande? Pra mostrar pra Carol que eu realmente quero.. – faço uma pausa e sorrio – ela.

– Estamos aqui pra isso, irmão. – Victor anuncia e Babi sorri como forma de apoio.

-

* Carol's pov *

– Mais alguma dúvida, Carol? – o professor alto me pergunta – Sei que talvez essa matéria possa parecer confusa, pode me perguntar quando quiser.

– Muito obrigada, – agradeço – mas estou com fome no momento, talvez eu compareça no plantão...

Sorrio e ele retribui. Pego o fichário e corro até meu quarto para guarda-lo. Estou um pouco atrasada para ir à praça de alimentação, mas mesmo assim não deixo de ir comer nem que seja um pouco.

Começo a ver que está praticamente vazia, como se fosse um final de semana em que todos vão embora. Não vejo nenhum dos meus amigos ou o Bak. Olho para o redor do refeitório para tentar encontrar alguma movimentação. Percebo que a quadra está começando a encher de pessoas e me direciono para lá.

[ playing Juro - Banda Ego ]

Todos olham para mim quando chego nas escadas. Há alguém configurando o som no canto esquerdo da quadra. Vejo Babi e Victor sorrindo enquanto me olham, e fico confusa. O que está acontecendo?

– Teste – ouço o som vindo de uma das caixas de som da quadra. – Olá, querido internato.

Reconheço a voz. Tento procurar por Bak por toda a multidão, mas realmente não consigo encontrá-lo. Ele não está na quadra ou nas bancadas.

– E olá, Carolina Voltan. – me assusto ao ouvir. As pessoas começam a olhar pra mim e sinto minhas bochechas quentes. – Estou aqui hoje para contar uma história.

Desço mais um pouco as escadas tentando aumentar meu campo de visão, mas continuo sem ver nada.

– Há alguns meses conheci uma garota.. e não sabia como dizer isso... – Bak enrola – quero resumir: estou aqui anunciando para todo o internato que estou perdidamente apaixonado por você, Carolina. – ele termina de dizer e estou em estado de choque.

As pessoas alternam as reações: algumas estão rindo, confesso que estou com muita vergonha. Outras estão encantadas com o que está acontecendo, e provavelmente o resto está em choque.

– A gente se beijou ontem, gente – ele quase grita de emoção e eu começo a rir. – Finalmente!

O resto dos alunos também estão rindo com tamanha emoção, como Bak parece uma criança que acabou de ganhar a Disney.

– E eu pareço um palhaço fazendo isso, mas preciso dizer... – ele continua

fim da parte um