Six Months | Baktan

20. finally 💞

– Você não consegue mesmo, né? – ela ri – Só sabe dar em cima de mim.

– Estava brincando, tá? – mostro a língua e ela sorri sutilmente. – Achou meu quarto organizado? Pode falar, sei que dou de 10 a 0 na Bárbara.

– Tenho que admitir que a minha companheira de quarto não é lá tão organizada mas... – ela segura a risada. Já entendi a crítica indireta, sei que eu e Victor sabemos muito mais de limpeza.

Ela continua andando pelo quarto e mexendo nas pequenas coisas que colocamos como "decoração". Não é muito, mas representa um pouco da nossa personalidade.

– Sabe, Bak.. eu gostei de hoje. – ela se vira para mim. – Gostei de cozinhar com você, o prato não ficou tão horrível...

– Gosto dos seus elogios. – ironizo.

– Você sabe que estou brincando... a real é que me diverti muito hoje. – Carol sorri e eu retribuo com outro sorriso sincero. Gosto de vê-la feliz, saber que pude proporcionar isso de alguma maneira.

– Podemos fazer isso quantas vezes você quiser... – sugiro e ela concorda com a cabeça.

– E... agora? – ela pergunta inquieta. – Eu deveria ir.. ou você quer sei lá, conversar?

– Sabe, tenho vários filmes na lista da Netflix que gostaria de assistir. – pego o controle e percebo que ela se anima com a ideia, pelo visto não queria ir embora daqui tão cedo – Podíamos ficar aqui.. assistindo juntos. Se você quiser...

– Está me sugerindo que a gente fique de conchinha, como os casais no pinterest? – ela cai na risada e fico envergonhado, por mais que realmente pareça isso.

– Tá bom então, vai embora. – falo brincando – Sério, essa proposta não é pra qualquer um, é pegar ou largar...

– Tá bom, Gabriel.. – ela ri e se senta na minha cama. Olho para ela e uma ideia surge na minha cabeça.

Me levanto e pego a caixinha de som que está em cima da cama de Victor, conectando com meu celular.

[ playing Proibida pra mim - Charlie Brown ]

– Ela achou meu cabelo engraçado.. – começo a cantarolar e Carol olha diretamente para mim, sorrindo – Proibida pra mim.. no way..

– Disse que não podia ficar, mas levou a sério o que eu falei... – ela completa e segura minha mão, enquanto eu a giro, como um filme de romance adolescente. Poderia passar o dia inteiro dançando desse jeito ao som dessa música. Pra ser sincero, talvez essa seja a nossa música.

– Eu vou fazer de tudo que eu puder – continuo, puxando ela para mais perto – Eu vou roubar essa mulher pra mim..

– Não precisa me roubar, Bak.. – Carol sussurra. Estamos próximos demais.

A música parece diminuir, mesmo que eu não tenha alterado o volume. Meus olhos estão totalmente centrados nos seus verdes, como se todas as coisas ao meu redor estivessem congeladas para que eu vivesse exclusivamente para aquele momento, para nós.

Seguro seu rosto, mas antes puxo sua cintura para diminuir a distância entre nossos corpos. Consigo sentir o calor do corpo dela, mesmo com o ar condicionado fazendo efeito sobre nós.

Carol aproxima seu rosto do meu, tomando iniciativa para encostar nossos lábios.

Se não eu, quem vai fazer você feliz?
Se não eu, quem vai fazer você feliz?