21. falling

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* Carol's pov *

Bak estava com as mãos no meu pescoço, tocando com leveza e de forma que eu pudesse sentir o calor da ponta de seus dedos ao mesmo tempo.

Eu não sabia o que fazer com minhas mãos, nem com o resto do meu corpo e muito menos com o órgão interno responsável por bombear meu sangue e guardar meu meus mais profundos sentimentos.

Caro leitor, Carolina Voltan aqui.

É a primeira vez que falo sobre nossa história, talvez não haja uma segunda vez. Para ser sincera... naquele momento, eu pensava que Bak não precisaria de mais três meses como apostamos há algum tempo, visto que ele já havia me conquistado.

Hoje, vejo o quão ridícula fui: me rendi a um cara de beleza mediana – ele melhorou com o tempo – e caráter duvidoso, simplesmente porque ele me serviu um prato de comida, que convenhamos, nem estava tão bom assim.

A realidade é que eu não mudaria nada. O macarrão estava salgado, sim, mas se Bak não tivesse exagerado no sal, eu talvez não estaria aqui. Fico me perguntando quantas pequenas coisas nos fizeram chegar até aqui.

O quadro fofo da irmã dele. E se eu nunca tivesse comentado sobre? Ele teria dado em cima de mim? Talvez, é o Gabriel de quem estamos falando. Mas e se eu tivesse sido mimada, como sempre, e não aceitasse o convite para ir até seu quarto?

São coisas como essas. Pequenos erros e acertos. Deixarei que os próximos sejam notados por você. Mas lembre-se que, a cada detalhe que puder notar: por mais insignificante que pareça, sem ele eu nunca teria conhecido o amor da minha vida.

– Você não beija tão mal. – ele pausa o beijo. Sinto vontade de esmurrar essa carinha fofa.

– Você ta de brincadeira, né? – tento não rir para parecer brava.

– É claro que sim, sua bobona. – Bak retruca e tenta fazer cosquinhas na minha cintura. Minha blusa levanta um pouco, e não posso deixar de demonstrar minha vergonha por isso.

Bak não entende o fato de eu estar tão retraída, tão desconfortável. É claro que ele não fez nada de errado. O problema está mais em mim, a falta de confiança no meu próprio corpo.

– Ei, que isso gatinha? – ele ri fraco e me abraça, falando baixinho – Vi pouco, mas sua cintura é tão bonita.

Não consigo conter meu sorrisinho.

– Eu só... sou um pouco tímida com isso.

– Deixe- me adivinhar, usa short na piscina? – ele pergunta e minha cabeça assente por mim. Bak solta uma risadinha abafada e beija minha bochecha – Você é linda. Vai por mim.

– Tá dizendo isso porque quer me beijar? – sorrio sem graça. Sei que não é a realidade, parte do meu coração espera que Bak não seja babaca comigo.

– Tô dizendo porque é a verdade.

Six Months | BaktanOnde histórias criam vida. Descubra agora