7. displeasing

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* Bak's pov *

Ontem eu e Voltan tentamos mudar aquele lugar. Eu tentei ao máximo não criar nenhuma expectativa com isso, mas é um pouco difícil se tratando de uma menina especial.

Hoje é sexta, ou seja, nós estamos liberados para sair daqui e ir pra casa. Não são todos que vão, como exemplo, nós. Eu e meu grupo de amigos passamos quase todos os dias aqui, enquanto outros alunos saem aos finais de semana para a casa dos pais.

O internato também recebe algumas pessoas, como amigos de alunos daqui, familiares que visitam e etc. Hoje iremos fazer uma noite do cachorro quente para os poucos que ficaram aqui.

– E aí, a gente vai no mercado? – Victor acende a luz. Acordei bem cedo, o sol ainda está nascendo.

– Oi – Babi abre a porta, como sempre, sem avisar. – Os bonitinhos já estão acordados, gostei..

– Você não vai bater na porta nunca, né? – Victor diz olhando pra ela que mostra a língua.

– Sei que você gosta quando apareço de surpresa – ela diz baixo mas consigo ouvir. Sorrio olhando pra ele que está vermelho de vergonha.

– O seu pai liberou o estoque pra gente, Babi? – pergunto. As vezes temos esses privilégios de poder comer de graça.

– Não.. – ela responde fazendo uma carinha triste – Mas meu irmão disse que podemos pegar os temperos daqui. O resto a gente compra.

– Vou me trocar.. daqui a pouco eu desço. – aviso e vou direto ao banheiro tomar um banho.

Após alguns minutos, saio do chuveiro e me seco, arrumando o cabelo e escovando os dentes. Escolho uma camisa e saio do quarto, caminhando até a parte de baixo, onde tenho o prazer de encontrá-la.

– Bom dia Bak.. – Carol sorri e eu sorrio de volta. Ela está maravilhosamente linda. – Hoje é meu primeiro final de semana aqui.

– Hoje também é noite do cachorro quente, você vem, né?

– Com certeza – ela responde animada – E vou trazer comigo alguém especial, espero que você goste.

– Estarei esperando pela princesa. – respondo e me despeço rapidamente.

Fomos ao mercado comprar todos os ingredientes. A conta fica no nome do colégio, felizmente. Pegamos tudo que era preciso e retornamos para começar a fazer a comida.

-

Babi e eu decoramos o cinema. É uma parte menor do internato que usamos para fazer nossas pequenas reuniões com os outros alunos.

Victor e Mob trouxeram todas as coisas pra comer, inclusive os pães e temperos. As pessoas começaram a chegar e estávamos vendo o catálogo de filmes disponíveis quando Bárbara me cutucou.

– O que foi? – pergunto olhando para ela, que tem um sorriso malicioso estampado em seu rosto

– Olha quem chegou.. – ela aponta para a porta e vejo Carol conversando com algumas pessoas.

Ela está linda, usando um vestido preto de alça e com pouca maquiagem. Cabelo arrumado e preso dos lados. Carol desvia seu olhar e me encara sorrindo, mesmo enquanto está conversando.

– Olá, cabelos bonitos. – sorrio – Você está... maravilhosa.

– Olá, Bak. – ela mostra a língua. – Gostei da mesa de cachorro quente... todos os ingredientes separados perfeitamente para a gente fazer nosso lanchinho. – ela aponta para a extensa mesa com uma feição de impressionada.

– Fui eu que organizei. – digo e ela sorri – É mentira, esse mérito é do Gilson. – confesso e Carol ri.

– Então.. lembra que eu disse que traria alguém? – ela puxa alguém. – Esse é o Arthur.

Ele é do meu tamanho, talvez mais baixo. Parece ser moreno, mas está com o cabelo platinado, é forte e tem cara de malandro.

– Prazer, Gabriel. – sorrio dando a mão para cumprimentá-lo. Ele estende sua mão também.

– Prazer, sou o namorado da Carolina.

Six Months | BaktanOnde histórias criam vida. Descubra agora