Cada vez que abro meus olhos, encontro um monstro em minha cama.
Seus olhos são vazios, fixos, sufocantes.
Não adianta quantas vezes eu tente respirar fundo, rezar para que suma logo, ou fingir que está tudo bem...
Ele volta.
Sempre pronto.
As vezes, a espreita.
As vezes, feroz.
Outras vezes, discreto.
E em alguns momentos, como um cobertor.
Disposto por todo meu corpo, colocando-me para baixo de seu tecido, e cobrindo a visão do teto.Como eu queria saber em que momentos ele vai aparecer...
Para ser franco, achei que sumiria assim que tivesse mais certeza de meus sentimentos.
Mentira.Parece que não importa quantas vezes eu escreva o ponto final, ele sempre aparece com uma interrogação.
Fala do meu físico, questiona meus sentimentos, briga com minha mente e diminui meus esforços.
Ele é venenoso.E como eu fico?
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azul passageiro
Poesía"fiz de você o oceano perfeito para desaguar". Reuni aqui alguns dos meus poemas e anotações que escrevi e guardei no bloco de notas do meu celular. A maioria foram escritos no período de quarentena e sobre fortes sentimentos de tédio, medo, inseg...