você é como carnaval.
é folia, euforia,
que eu nunca senti o gosto.você foi como um vendaval,
chegou, bagunçou tudo
e partiu sem avisar,
me deixando no meio dos escombros.estou vivenciando o meu fim de mundo, sambando.
mas eu não sei sambar,
muito menos cantar.nesse espetáculo
eu sou um belo palhaço,
introvertido e não risonho,
que só sabe chorar.então vem, volta
e me bagunça de novo.
já perdi o meu eixo,
já perdi meu samba.eu não sou do Rio,
sou do agreste,
da terra dos cabras da peste,
mas não me encontro neles.
sou a palavra cantada que nunca foi pronunciada por outras pessoas.

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azul passageiro
Poésie"fiz de você o oceano perfeito para desaguar". Reuni aqui alguns dos meus poemas e anotações que escrevi e guardei no bloco de notas do meu celular. A maioria foram escritos no período de quarentena e sobre fortes sentimentos de tédio, medo, inseg...