Assassinos também merecem curtição.

2.2K 197 572
                                    

Ryuzaki on

Havia se passado uma semana,uma semana em que eu não havia colocado os meus pés na faculdade.

Apenas por que eu estava focado no empresário que meu pai havia me encaminhado a missão.

O cara era do tipo viciado em trabalho.

Ele não saia um minuto sequer daquela empresa,mas teve um momento em que ele saiu, e eu coloquei meus dotes em prática.

Infelizmente essa uma semana de "férias" que na verdade não foram férias acabaram,e agora eu estou a caminho da faculdade,pois infelizmente eu ainda tenho que completar a missão do inútil do Light Yagami.

Sinceramente? O garoto era como uma planta,que nunca reparamos ali. Se eu não houvesse recebido essa missão,não saberia de sua existência nunca.

Me pergunto quem mandou que o matassem.

Pouco me importo,tenho apenas que fazer o meu trabalho.

Eu só preciso de um momento a sós com ele, que não seja na universidade,é claro.

Como eu mataria ele lá? Seria indiscreto e perigoso demais.

Não vai ser tão difícil,ele parece ser tão fácil de ser manipulado.

Apenas mais uma vítima idiota.

-E aí. - Eu ouvi uma voz baixa debochada, na frente do portão da faculdade, impedindo o caminho,o que me fez olhar para onde vinha ela.

Não.

Não poderia ser ele.

- Near! -Eu digo com meus dentes trincados. - O que você tá fazendo aqui?

-Calma. Não precisa ficar nervosinho. Eu sou só seu adversário,não um rival. Eu vim pra uma missão.

Ele disse,dando de ombros. Eu reviro os olhos,passando pelo mesmo,trombando de propósito nele.

- Eu não tenho culpa de ser melhor que você. -Ele gritou.

- Você é só um fã meu incubado. - Eu grito de volta,sem olhar para trás.

Near era parceiro de meu pai também. Era meu maior adversário,pois suas missões sempre eram bem sucedidas assim como as minhas,e confesso que eu tinha um certo ciúmes dele porque meu pai o tratava como filho.

Era como o filho preferido.

-E aí. - Eu digo,me aproximando de Light.

Ainda faltavam alguns minutos para cada um ter que ir para suas aulas.

-Oi. - Ele diz,sem tirar os olhos de seu celular.

- Estou falando com você. -Digo tirando o celular do mesmo de brincadeira.

-O que você quer que eu fale? Oi,quanto tempo. Eu não estou em um dia bom,ok? E não pergunte o que houve. Eu nem te conheço direito. Só nos falamos duas vezes.

E então o sinal tocou,o que fez ele arrancar o celular de minhas mãos com brutalidade,entrando para dentro da faculdade.

Me deixando para trás, boquiaberto e perplexo.

Quem ele pensa que é pra tratar eu,Ryuzaki,assim?

Corro para dentro,atrás do mesmo,revirando os olhos ao ver Near ao seu lado. Mello estava lá também.

Os urubus ficam loucos com a carne nova.

Nesse caso Near era o urubu.

Um urubu que eu odeio,vale ressaltar.

E qual, e quem seria a missão dele?

-Oi,Mello.Light,podemos conversar? - Eu perguntei assim que me aproximei deles,recebendo um sorriso como cumprimento de Mello.

- Agora não. Tenho que ir a aula. - Ele diz dando de ombros,e em seguida os três se encaminharam para seus destinos,sendo assim tratei de ir ao meu também.

Droga. O que houve com esse garoto,afinal?


- Eu queria falar com você. -Digo ofegante,quando consegui alcançar o acastanhado.

No intervalo não consegui falar com o mesmo,pois não o achei em lugar nenhum.

Como eu disse,uma planta.

- Já está falando.

-Olha,desculpe se eu pareci grosseiro mais cedo,eu estava só brincando.

- Não é isso. - Ele parou de andar,olhando para mim. - É que eu estou passando por uns problemas familiares aí. Mas você sumiu,hein...

- Eu estava passando mal,desculpe. E não tinha como eu te avisar,não tenho seu número. Você quer... desabafar.

-Não,obrigado. E se esse é o problema... - Ele dá de ombros,estendendo seu celular para mim.

Sorrio,pegando o mesmo e adicionando meu número ali.

-Então,o que você acha de irmos tomar um sorvete?

Assim,depois do sorvete eu poderia o convidar para minha casa,e acabar logo com essa palhaçada.

- Não vai dar. Tenho uns trabalhos para fazer. Sabe como é a faculdade. Mas na próxima,eu vou.

-Tudo bem. -Digo,e então nos despedimos com um toque de mão.

Isso vai ser mais difícil do que eu esperava.




-O que está fazendo aqui? - Eu pergunto confuso,após abrir a porta de minha casa e ver Near dentro da mesma.

- Você foi treinado pela mesma pessoa que eu. Acha mesmo que eu não ia conseguir entrar na sua casa? Foi tão fácil que você devia se proteger mais,hein...

- Eu me garanto. -Digo,passando por ele.

-Enfim,o fato é que papai me mandou aqui apenas para te auxiliar na missão.

-Auxiliar? - Eu perguntei incrédulo.

Desde quando eu preciso de alguém me auxiliando?

E droga,ele não é seu pai!

Você é só um órfão de merda!

-É. Nada pessoal. É apenas o meu trabalho,você sabe. Essa missão é muito importante,e o pagamento não vai ser cem mil,nem nada assim. São simplesmente cinco milhões de reais para mim,para você e para papai,sabe o que é isso?

Então eu ri. Ri,ri demais.

-Você acha que eu me importo com dinheiro? -Disse,o puxando pela gola da camisa. - Não entre em meu caminho,Near. Ou você vai se arrepender. Não tente roubar minha missão,procure as suas.

-Essa missão não é apenas sua... - Ele cantaralou quando eu o soltei.

Suspiro,decidindo o ignorar,subindo as escadas rapidamente em direção ao meu quarto.

Meu pai teria que me explicar aquilo. O que ele estava pensando?

Bufei,pegando meu celular do bolso e discando o número do mesmo.

-Ryuza-

-Por que mandou o Near?

- Ah,já encontrou com ele? Bom...-

-Você duvida de minhas capacidades? Por que não deu essa missão diretamente a ele,se é seu preferido? Droga,pai!

Desligo a ligação,dando um soco na parede,sentindo minha mão doer em seguida.

Eu preciso esfriar minha cabeça.

Com essa decisão em mente,visto uma jaqueta de couro e uma calça jeans qualquer,saindo rapidamente de casa,sem me importar com Near no meu sofá,vendo televisão. Subi em minha moto,e acelerei no máximo.




Que se foda,nós assassinos também merecemos curtição.

Destino? - Lawlight Onde histórias criam vida. Descubra agora