Prólogo:

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Acordei com o barulho irritante do despertador. Era fim de semana mas mesmo assim não o tinha desligado, burrisse? Talvez. Preguiça? Absolutamente.

Escondi-me de baixo dos lençóis e tatiei as cegas pela mesinha de cabeceira a procura do despertador e assim que o encontrei dei-lhe uma pancada lançando-o para o chão fazendo-o parar no mesmo instante.
Silêncio. Como eu te amo. Aconcheguei-me a cama feliz comigo próprio e agarrei a almofada pronto para voltar a dormir.

-Haaaaaarry!!!!!!- A porta abriu-se com um enorme estrondo fazendo-me cair da cama a baixo sobressaltado e dois pequenos seres entraram a correr pelo meu quarto. Sentei-me no chão confuso e cocei a cabeça sonolento enquanto uma lux amuada se sentava no meu colo- Harry, o James não me deixa brincar com os brinquedos dele- ela disse com a voz fofa que ela usa para dar graxa a alguém (influências do Niall), e os olhinhos azuis arregalados de maneira a dar o efeito dos olhinhos feitos pelo gato das botas. Ri pelo nariz e levantei-me com ela colo.

-E porque não James?- olhei-o tentado estar sério porém por dentro só me apetecia rir com a situação, eles os dois pareciam um casal de velhos a discutir porque a mulher quer que o homem tome viagra e o homem diz que ele não precisa de viagra para... Okay, má comparação. Mas pode acontecer. Abanei a cabeça para espantar estes pensamentos e olhei para o chão onde estava um James indignado.

-Ela é miúda primo, M-I-Ú-D-A!!!- Ele disse gesticulando as mãos de uma forma demasiado engraçada para uma pessoa estar séria, respirei fundo e controlei-me quando a lux me olhou com um olhar mortal ao ver que eu estava prestes a rir- Sabes o que isso quer dizer?! Germes de miúda!!! Eu não quero os meus brinquedos infectados- arregalei os olhos com a afirmação dele e não aguentei começando a rir. Ambos me olharam indignados mas eu não conseguia conter-me mais, posei a lux no chão e dei-lhes uma mão a cada um saindo do quarto com eles. Ao chegarmos ao corredor virei-os de frente para mim e coloquei-me de baixo a altura deles.

-Vá James, partilha- sorri e despentiei-lhe levemente o cabelo- garanto-te que germes de miúda não são assim tão maus- pisquei-lhe o olho rindo ele bufou e saiu irritado a bater os pés em direção ao quarto dos brinquedos seguido pela lux que sorria vitoriosa. Segui para a cozinha apenas de boxers ainda rindo da cena anterior. Já estavam todos a mesa a tomar o pequeno almoço, desejei bom dia a todos recebendo de volta "bons dias" ensonados de todos eles. Ri baixo e caminhei até a bancada, preparei o meu café e fui ao meu pequeno monte de cartas para ver a minha correspondência. Peguei na caneca com a mão esquerda e com a direita ia vendo as cartas enquanto bebia o café, até que cheguei a uma carta em particular que me chamou a atenção. Com apenas uma mão abri a carta e lia atentamente, quando cheguei ao fim era como se conseguisse ver o meu mundo desmoronar a minha volta, deixei cair a caneca no chão fazendo todos olharem para mim assustados. Comecei a tremer agarrado a carta e logo estavam todos a minha volta a olharem-me preocupados. Nao conseguia articular uma única frase, então o Louis tirou-me a carta, leu-a e olhou-me com a boca aberta.

-Harry...-ele sussurrou e foi a última coisa que ouvi antes de perder os sentidos.

Nem que a morte nos separe [H.S.]Onde histórias criam vida. Descubra agora