1 - Sem improvisos

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Finalmenteeee! Vocês não fazem ideia do quanto eu estava ansiosa para publicar essa ff. Espero que vocês gostem :) Ah, não esqueçam de ler "Promessas Quebradas" primeiro, não é obrigatório, mas traz um pequeno background para a história da Alicia e do Germán, então corram lá antes (é pequenininho).

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— Jaque mate, hijo de puta. — A inspetora pronuncia com um sorriso vitorioso.

O professor respira fundo, rapidamente considerando suas opções.

Primeiro, ele está sozinho no esconderijo e Marsella vai levar pelo menos de 30 a 40 minutos para chegar lá, então o desfecho desse encontro vai depender única e exclusivamente dele e de suas próximas decisões.

Ele poderia tentar desarmá-la, mas, avaliando as possibilidades, teme que possa machucar o bebê que a mulher espera, então essa não é uma opção viável, pelo menos por agora.

Além do mais, ele precisa saber como ela descobriu seu esconderijo e, principalmente, o que ela quer.

Analisando brevemente a situação, ele acredita que ela não veio para matá-lo, caso contrário já o teria feito, pois suas mãos não vacilam nem por um segundo. Ela segura a arma em direção à cabeça dele com uma convicção assustadora.

— Inspetora Sierra. — Ele finalmente fala, movendo uma de suas mãos em direção ao rosto para arrumar seus óculos, mas ela o impede.

— Não, não. — Ela diz, negando com a cabeça, sua arma sempre em posição. — Não se mexe. Um movimento errado e eu estouro essa sua cabecinha inteligente.

— O que você quer, inspetora? — Ele pergunta ansioso.

— Eu estava entediada em casa e pensei "o que será que o professor deve estar fazendo enquanto a mulher dele vai pra cadeia?" e aqui estou. — Ela fala com um sorriso irônico.

Ele não responde nada, apenas a encara com seriedade.

— Agora você vai ficar calado? — Ela questiona e seu tom de voz não deixa dúvidas, ela está começando a perder a pouca paciência que tem.

— Se você quiser conversar, abaixa a arma. — Ele pede com calma.

— Não. — Ela responde depressa, — Senta ali. — e aponta em direção a uma cadeira próxima a parede.

Mas ele não se move do lugar e avisa — Olha, inspetora, você está grávida e eu não quero te machucar.

Ela solta uma risada rápida e antes que ele consiga prever seus próximos passos, ela dispara novamente. Dessa vez, a bala passa tão perto da cabeça dele que deixa um zumbido em seu ouvido.

Ele a olha surpreso, assustado até, e repara que toda a postura dela demonstra que ela não havia errado o tiro e que ela não estava lá para brincadeiras e nem para gracinhas.

Naquele momento fica muito claro que se ela precisar atirar nele, ela vai, sem pensar duas vezes.

— Na cadeira, vamos. — Ela avisa novamente e, dessa vez, ele a obedece. Então, ela joga um par de algemas no chão perto dele e ordena. — Coloca as algemas.

— Alicia. — Ele pede.

— Dois tiros de aviso é o meu limite, professor. Não haverá um terceiro. — Ela fala com raiva.

E, novamente, ele faz o que ela manda e coloca as algemas.

Ela caminha até a mesa em que o professor estava anteriormente e olha as imagens que aparecem na tela do computador sem entender muita coisa.

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