2 - O mundo em meus braços

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Oi, gente, não estava me aguentando de ansiedade para postar esse capítulo. Então, aqui está!!! Espero que vocês gostem muito dele, pois foi o meu capítulo favorito de escrever até agora.

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— Calma, calma, calma. — O professor pede, mas é nítido que ele é o mais nervoso dentre os três. Ele anda de um lado para o outro, ajeitando seus óculos e passando a mão em seus cabelos.

Pela primeira vez, Alicia não comenta nada. Ela poderia até rir da situação se não fosse por essa dor repentina que começa em sua lombar e irradia para seu abdômen e pernas.

Ela leva a mão à barriga e caminha até a cadeira mais próxima, ainda em silêncio. E, por mais estranho que possa parecer, os dois homens se sentem desconfortáveis com o silêncio dela, pois em tão pouco tempo eles já se acostumaram com suas piadas e brincadeiras nos momentos mais inconvenientes possíveis.

— Nós ainda temos tempo, não é? — O professor pergunta e mais uma vez arruma seus óculos, claramente inquieto. — Nós vamos até o outro esconderijo e ligamos para algum médic-

— Claro, claro! Porque eu nem estou sendo procurada pela polícia! — Ela respira fundo, solta um gemido de dor e continua segundos depois. — E é super normal sair ligando por aí e dando a localização do esconderijo do maior filho da puta da história. — Ela responde irritada.

— Alicia, agora não! — O professor fala exaltado. — Vamos embora daqui.

Marsella, percebendo que ela está com dor, caminha até ela e lhe pede permissão com os olhos. Ela entende imediatamente o que ele está oferecendo e apenas acena com gratidão. Ele passa um de seus braços ao redor do corpo dela e a ajuda a levantar.

— Espera, espera. — Ela pede com a respiração entrecortada, sua voz completamente séria e esse detalhe não passa despercebido. — Quanto tempo até esse esconderijo?

— Uma hora, uma hora e meia no máximo. Vamos logo. — Sérgio apressa enquanto começa a desconectar os cabos dos computadores.

Ela mal dá três passos e sente suas pernas cederem com a força de uma contração que tira seu ar por alguns segundos. Marsella tenta mantê-la de pé, mas a dor que ela sente é tamanha que ela solta os braços dele e se deixa cair no chão, enquanto suas mãos apertam sua barriga.

— Merda. — Ela fala, dessa vez completamente ofegante. — Não vai dar tempo. — E no próximo momento ela está gemendo de dor novamente enquanto faz uma careta.

— Como não vai dar tempo?! — O professor pergunta preocupado.

— Eu te ajudo, Alicia, não se preocupe, vamos. — O croata tenta levantá-la do chão. Suas palavras emanam tanta paciência e cuidado que Alicia não consegue negar a ajuda, por mais que sua vontade seja ficar naquele chão até aquela dor horrível passar. Por isso, ela respira fundo e procura caminhar com o auxílio dele.

Eles nem percebem quando Sérgio pega o telefone e disca um número até que eles escutam sua voz falando com Raquel. O professor explica o que está acontecendo e é notório que a mulher do outro lado da linha recebe a notícia com preocupação, pois ele começa a responder várias perguntas, sem conseguir concluir quase nenhuma.

Mas a cena desaparece da mente de Alicia quando ela grita ao sentir uma dor mais intensa do que as outras. Suas pernas voltam a ceder, como se estivesse experienciando câimbras, só que em um nível inexplicável.

Ela tenta se apoiar em Marsella para não ir ao chão novamente, mas a dor que sente lhe leva ao desespero, pois ela não sabe se toda essa dor tão de repente é normal.

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