5 - Bomba-relógio

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Olá, meu povo, estou de volta com uma atualização antes do natal, como prometido! Nem vou enrolar muito vocês porque espero que estejam tão ansiosos para ler esse capítulo quanto eu estava para escrevê-lo, ainda mais considerando como acabamos o capítulo passado, não é mesmo? A Tokio vem aí, ein ;)

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— Que som é esse? — A voz de Tokio ecoa em meio ao silêncio enquanto o olhar de todos se volta em direção ao corredor que dá acesso às escadas da mansão.

No mesmo instante, Sérgio e Marsella se encaram com nervosismo e basta um olhar rumo ao professor para que ela entenda que os dois homens estão escondendo alguma coisa.

— Alguém me diz que o Marsella resolveu adotar um bebê depois que perdeu a Sofia, — Tokio se aproxima do professor como se o desafiasse. — porque o único bebê que eu consigo imaginar nesse momento é o da filha da puta daquela inspetora e vocês disseram que ela estava fora do jogo!

— Tokio, acalme-se. — O professor tenta falar com tranquilidade, mas suas mãos estão trêmulas e ele está nitidamente nervoso.

— O que aconteceu? A inspetora morreu e vocês resolveram adotar o bebê dela?! — Denver se coloca de pé e começa a andar de um lado para o outro, tentando entender o que está acontecendo. — Vocês estão malucos ou o quê?

— Denver! — Estocolmo chama sua atenção, repreendendo-o.

— Ela não morreu. — Raquel responde com seriedade.

— Então ela foi presa? Que maravilha! — É o Bogotá que se manifesta dessa vez, a morte de Nairóbi ainda muito fresca em sua mente.

— Escutem, — O professor começa a falar, mas logo é interrompido. — eu posso explicar-

— Quem está cuidando do bebê?! — Tokio questiona impaciente.

Um silêncio toma conta do ambiente por alguns instantes e isso é o suficiente para que todos entendam que a inspetora não só está viva e livre como também está na casa com eles.

Essa compreensão traz à tona vários sentimentos, dentre eles receio, raiva e medo. Este último, mais precisamente, ocorre com o Rio, que até então está sentado no sofá em silêncio, tremendo sem nem mesmo perceber até que Mônica se senta ao seu lado e segura as mãos dele entre as suas.

O gesto de apoio e conforto não passa despercebido por Denver e muito menos por Tokio, que a cada instante fica mais e mais irritada.

— Você disse que ela era uma peça fora do xadrez! — Ela grita para o professor, apontando o dedo contra seu peito. — Que não deveríamos nos preocupar com ela e agora você vai me dizer que ela estava aqui esse tempo todo?! Brincando de casinha com vocês?

O professor tenta explicar. — Tokio, escute-me! Ela nos ajudou-

— Do que você está falando, professor? — Helsinki pergunta curioso.

— Não interessa! Essa puta torturou o Rio e mandou matar a Nairóbi! — A morena grita novamente, arriscando um olhar rápido em direção ao jovem que continua imóvel no sofá.

— O Palermo foi responsável por soltar o Gandía e ainda assim ele está aqui! — Raquel acusa.

Para a surpresa da maioria, Palermo não faz comentários e nem questiona nada, pelo contrário, ele permanece calado, sabendo que a acusação é coerente e que Raquel está certa. Ele também foi responsável pela morte da Nairóbi, na verdade, se eles forem honestos, ele foi um dos maiores responsáveis senão o maior.

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