Me ensine a conquistar Win Metawin

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Oi, amores. Trazendo essa fanfic aqui com cinco capítulos pra vocês. Tô meio insegura, mas espero que acompanhem e gostem. As atualizações serão rápidas.

P.S.: História dedicada ao squad mais gentil do mundo (elas sabem quem são).

Boa leitura! 💕




SEIS ANOS ATRÁS

— Vamos lá, crianças. Se abracem e digam xis!

— Mãe, pelo amor de Deus. — Light reclamou, rindo ao perceber a impaciência de Bright. — Até quando vai nos tratar como crianças?

— Não adianta, Light. A gente tá fazendo dezoito anos hoje, mas pra ela é oito anos. Ninguém merece.

— Vão ser sempre as minhas duas crianças. — Disse a senhora Vachirawit, toda boba com um sorriso no rosto e os olhos emocionados. Os gêmeos eram o seu tesouro, e era verdade que já estavam crescidos, mas havia a preocupação, então era inevitável não cuidar dos irmãos como se fossem duas crianças, com todo o cuidado do mundo.

Os gêmeos reviraram os olhos, e sendo bonzinhos, abraçaram-se de lado. Bright abraçou Light pelo ombro e Light arrumou os óculos redondos no rosto, dando um sorrisinho pequeno, enfim olhando para a câmera. O outro Vachirawit fez o mesmo, e então a foto foi tirada. Estavam na calçada de casa, tinham acabado de voltar da escola. Tinha sido o último dia de aula do último ano, tendo o seu fim naquele mês de abril por uma crise que o país acabou tendo, atrasando todo o ano letivo e deixando muita gente desempregada. Por outro lado, os garotos estavam livres, finalmente, embora aquilo não animasse nenhum dos dois, principalmente Bright, que sentia o corpo congelar sempre que pensava no futuro. Não sabia o que queria fazer, não tinha nenhum curso superior em mente, não era nem ao menos responsável. Ao contrário do irmão. Bright invejava Light. Podiam ser irmãos e amigos, mas era visível a diferença de personalidade. Light sabia o que queria. Queria cuidar da empresa dos pais e trabalhar como corretor de imóveis. Sabia que era um emprego bom e que dava dinheiro, afinal, sua família era rica. Conseguiram o bom status com o suor dos seus pais, e chegaria naquele degrau onde estavam do mesmo jeito, se esforçando. Claro que Bright admirava tudo aquilo, apesar da pitada de inveja. Não era uma inveja ruim, mas uma inveja que fazia o garoto pensar que queria ser igual ao irmão. Ele não tinha nenhum propósito de vida.

Depois da foto tirada, a senhora Vachirawit voltou para dentro da casa, e os gêmeos se olharam e sorriram. Light sempre que podia arrumando os óculos que insistiam em cair. Tinha uma miopia desgraçada e se perguntava como Bright conseguia viver com aquela merda sem usar uma armação. A desculpa que Bright dava era sempre a mesma: não queria parecer um nerdzinho, e então ele ria, só para quebrar o clima tenso, talvez como uma forma de pedir desculpas para o irmão. Light era um típico nerd, sempre com o cabelo muito arrumado e roupas engomadinhas, tão diferente de Bright, que preferia mil vezes o corpo esquentado por um moletom ou um jeans, fora o cabelo, que na maioria das vezes estava bagunçado. Era difícil de acreditar o quão diferente eram o estilo dos gêmeos, e ainda assim, serem tão companheiros.

— Dezoito anos, hein? — Disse Bright, um sorrisinho arteiro no rosto. — O que quer fazer pra comemorar?

— Nunca gostei de comemorar aniversários.

— Para de bobagem, Light. É dezoito anos. Muita coisa, não acha?

Light suspirou, começando a andar pela rua. Bright o seguiu. Os dois tinham um compromisso.

Me Chame de IrmãoOnde histórias criam vida. Descubra agora