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Eevy

Acordei cedo, a casa estava silenciosa e Tristan dormia calmamente abraçando minha cintura, tirei o braço dele de cima de mim com cuidado e sai da cama sem acorda-lo, peguei uma roupa na mala e sai do quarto, fui até o banheiro e tomei um banho quente, depois me vesti e escovei os dentes, sai do banheiro e desci para a cozinha, aposto que todos vão acordar com fome, começo a fazer café e depois de alguns minutos sinto uma movimentação, me viro e vejo Tristan parado no portal da cozinha, ele está de jeans e com uma camisa azul apertada, que delicia...

- Voce não estava na cama quando acordei, então senti o cheiro e vim checar. - ele diz e se aproxima.

Tristan me puxa pela cintura e me abraça.

- Eu não quis te acordar, sei que você não tem dormido muito com tudo que esta acontecendo. - Desde que os ataques começaram, Tristan parece cada vez mais cansado, aposto que não dorme muito.

- Devo dizer que essa foi a melhor noite de sono que eu já tive e tudo graças a minha companheira que passou a noite em meus braços. - ele sorri para mim e aproxima sua boca da minha.

Ele beija minha boca com calma, eu sinto o calor de seus lábios, mas tambem sinto um frescor, sinto o gosto de hortelã provavelmente da sua pasta de dentes e sinto os lábios macios me beijando com devoção, sinto sua língua na minha e ele sugando meu labio inferior, Tristan coloca a mão em minha nuca e me aproxima mais dele encaixando o beijo, porra isso é surreal, ele me beija com mais pressa, rapidez e brutalidade, sinto ele me empurrando até eu estar presa entre ele e a bancada de mármore, ele segura minha cintura com força e correspondo o beijo na mesma intensidade, puxo seu lábio com os dentes e volto a juntar nossas bocas de forma bruta, sinto algo pulsando contra minha coxa e quase gemo satisfeita, nos afastamos apenas porque a cafeteira fez barulho avisando que o café ficou pronto, os lábios de Tristan estão vermelhos e inchados e aposto que os meus também, fui adoçar o café e Tristan se ofereceu para fazer os ovos mexidos e como eu sei que ele é ótimo na cozinha eu concordei, depois me sentei em uma cadeira e fiquei olhando ele cozinhar.

Tristan cozinhando é o paraíso, que homem gostoso Deusa, quase babo vendo ele de costas para mim com aquela bunda redonda praticamente sendo esfregada na minha cara, assim não dá.

- Acho que você deveria parar de olhar para mim desse jeito. - ele diz me assustando, como ele sabe o jeito como estou olhando para ele se ele está de costas?. - Estou sentindo seu excitação daqui e isso está me deixando excitado também. - ele diz como se lê-se meus pensamentos.

O que eu posso fazer? Um puta gostoso desse bem na minha frente e eu sei que posso te-lo todo para mim, merda, isso me deixa excitada, o que eu posso fazer para evitar, companheiros são atraídos um para o outro.

- Eu estou falando serio Eevy. - Tristan diz serio e se vira me deixando ver seus olhos ficando levemente avermelhados e voltando ao normal. - Eu estou tentando me controlar, mas se você continuar exalando cada vez mais excitação, eu vou foder você nessa bancada e não estou nem aí se seu pai ou seu irmão vão ver e ouvir você gritando meu nome. - Porra, esse aviso me deixou ainda mais excitada, coloco a mão no colo, sinto que estou toda molhada e casete, como está quente.

Os olhos de Tristan ficam completamente vermelhos e ele sorri, cafajeste.

- Vou tomar banho. - digo me levantando rápido e saindo da cozinha. - de novo...

Escuto Tristan gargalhar, filho da puta, tomo um banho gelado tentando aliviar a tensão, mas mesmo assim não funciona e acabo me tocando pensando no corpo de Tristan nu e em como transamos ontem naquela pousada, depois de gozar sinto que finalmente posso tomar meu café da manhã, saio do chuveiro e me visto, desço e encontro minha família tomando café, vejo o jeito que Tristan me olha, de um jeito como se ele soubesse o que eu fiz pensando nele.

Me sento e como em silêncio.

Depois de terminarmos de comer, meu pai saiu para comprar algo para o almoço e meu irmão e Olivia foram buscar os outros presentes do bebe que ficaram no centro, Tristan se aproximou e começou a me ajudar com a louça.

- Se tocou pensando em mim, não foi?. - ele pergunta bem proximo a minha orelha me fazendo arrepiar.

- Não, por que eu faria isso?. - minto voltando a lavar a louça.

- Porque eu deixei você excitada, você sabe que quando se mente para seu companheiro seus olhos de lobo aparecem ne?. - porra.

Arregalo os olhos, eu não sei quase nada das relações de companheiro, eu não fazia ideia disso, mas ele não pode ver meus olhos, abaixo a cabeça e finjo que nada aconteceu.

- Me deixe ver seus olhos Eevy. - ele pede de forma carinhosa.

Não dá pra esconder por muito tempo mesmo... me viro para ele e levanto a cabeça.

- Olhos amarelos? Combina com você. - ele diz acariciando meu rosto. - Eu adoraria ver sua loba. - melhor não.

Balanço a cabeça afastando lembranças dolorosas, me viro de costas para ele sem responder e volto a arrumar a cozinha.

- Voce está me escondendo algo. - ele diz tocando meu ombro. - O que é? - solto o ar dos pulmões de um vez só.

Eu escolhi ficar com ele, acho que todos os meus segredos terão que ser compartilhados de agora para frente.

- Dois anos depois de fazer quinze anos e não encontrar você, minha loba tomou o controle pela primeira vez, ela estava possessa e eu não conseguia controla-la, ela saiu noite a fora e foi até uma cidade vizinha, o lugar era pequeno e não tinha muitos moradores, a maioria já eram mais velhos, os jovens tinham ido para cidades maiores, ela matou metade dos moradores naquela noite, depois disso tentei mante-la mais presa, mas depois de alguns meses ela se libertou de novo, com duas vezes mais raiva que antes e ela voltou naquela cidade e matou todos que tinham sobrado lá, depois daquilo eu fiquei com medo do que ela podia fazer, ela podia atacar papai ou Leo, pensei em deixar ela adormecida, mas não tive coragem. - conto ainda de costas para Tristan. - A cada seis meses eu tiro três dias de folga e vou para o meio do nada, um lugar a kilometros de distancia de qualquer outro ser humano ou lupino e a liberto, ela sempre faz a mesma coisa, ela corre e mata qualquer coisa que se mexa perto dela, não sobra um único animal, então acho que você não vai poder ver ela, ela poderia atacar você, ela é selvagem. - digo me virando para Tristan e me escorrando na pia.

- Ela foi sempre assim? - ele pergunta se sentando em um banco de frente para bancada.

- Na verdade não, ela era incrível, estava sempre animada e conversávamos muito, mas com o tempo passando e nenhuma pista sua ela foi mudando, cada uma reagiu de uma forma, eu afastei as pessoas, nunca deixando chegarem perto de mais e ela reagiu odiando tudo, ela se rebelou contra o mundo. - me aproximo de Tristan e sento no lado dele. - Mas ela não é assim, acho que é uma máscara, eu criei a minha, uma máscara de indiferença e ela criou essa máscara de ódio, mas talvez no fundo ela ainda esteja lá. - Gostaria que ela voltasse a ser o que era.

- Como você sabe? E se isso é o que ela se tornou? - não sei, só tenho esperança.

- A dois meses atrás eu a libertei, ela estava furiosa, como nunca vi antes, ela rosnava alto assuntando todos os animais e gritava na minha cabeça, ela me culpava por não ter insistindo em te procurar e quando ela terminou ela disse "Eu te odeio" e se deitou no chão, ela passou os outros dois dias ali, talvez ela tenha cansado de descontar a raiva dela em todas as coisas, talvez agora que você está aqui ela possa finalmente voltar a ser o que era antes. - Só quero minha melhor amiga de volta. - Sabe, foi ela que me falou tudo que eu sei sobre companheiros, ela sempre foi louca para encontrar o nosso, ela sempre falava disso, espero que ela volte a falar comigo, o silêncio dela é cruel. - me lembro de passar a noite toda acordada conversando com ela quando eu era mais nova, sinto falta.

- Vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance. - Tristan diz segurando minha mão. - Vocês não estão mais sozinhas.

Poistetaan (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora