Poistetaan (Concluída)

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Eevy

Depois que Tristan saiu eu fui trabalhar, o hospital estava estranhamente calmo mas fico feliz, encontrei com Ruy no refeitório e pedi dois dias de folga para poder ver meu irmão e matar a saudades, Ruy quase pulou de felicidade por eu querer folga, não faço isso normalmente, gosto de trabalhar, até quando é até a exaustão, Ruy se preocupa muito e ficou animado por eu ficar dois dias fora descansando, o resto do dia foi normal, é um hospital diariamente é uma correria que só.

A tarde ainda não tinha nenhuma noticia de Tristan, já estava subindo pelas paredes de preocupação, será que alguém se machucou? E se voltaram a machucar crianças? Só quero saber se todos estão bem, eles tem que estar bem.

Decidi mandar uma mensagem.

Eu
Como estão as coisas por aí?
Estão todos bem?
16:48

Tristan
Sim, todos estão bem apenas alguns
homens se feriram protegendo suas famílias, mas nada grave,
não se preocupe.
16:50

Eu
Fico feliz que ninguém tenha
se ferido gravemente, fiquei
muito preocupada.
16:51

Tristan
Não queria que se preocupasse,
devia ter te trazido comigo,
assim não ficaria preocupada.
16:52

Eu
Espero que não tenha uma
próxima, mas se tiver, vou com você.
16:52

Tristan
Combinado, tenho que ir em
uma reunião com os alfas agora,
te repasso tudo que for discutido.
16:54

Eu
Ok, até mais e toma cuidado.
16:54

Não gosto dessa sensação, essa coisa apertando meu peito, esse sinal constante de alerta, não gosto desse medo, eu quero que Tristan fique seguro, porque mais do que nunca eu tenho medo de algo acontecer a ele, não quero perde-lo, não quero que ele se machuque, isso é horrível, é horrível ficar se sentindo tão impotente.

Voltei ao trabalho e atendi um casal com intoxicação alimentar, os dois comeram um bolo de chocolate que com certeza estava velho, chocolate é muito gostoso, mas tambem pode ser bem tóxico se for comido quando estragado, deixei os dois em observação e fui ver outros pacientes, já anoiteceu e hoje vou fazer plantão até as oito da manhã.

Vou até a cafeteria e peço um expresso, vou precisar muito de café essa noite.

Meu celular toca e atendo mesmo sendo um número desconhecido.

- Eevy você precisa me ajudar. - conheço essa voz, é o beta de Tristan.

- O que aconteceu Luke? - pergunto preocupada com a gravidez de Belle.

- A Belle quer me matar! - ele grita.

Tá de sacanagem?.

- E o que eu tenho haver com isso? Problema seu e como conseguiu meu número?. - fala serio eu não sou paga para isso.

- Tristan me deu, mas por favor me ajuda, ela vai me matar, tô falando serio. - quanto drama.

- Luke, a Belle é uma loba e está grávida, é óbvio que ela vai querer matar você, ela deve estar enjoada, estressada e cheia de fome o tempo todo, fora os hormônios completamente loucos borbulhando dentro dela, você colocou um filhote dentro dela então trate de fazer ela se sentir confortável e um pouco mais relaxada, faça uma massagem, dê beijos carinhos ou sei la o que faz ela ficar feliz. Se vira. - termino e desligo.

É cada uma que me aparece, pelo amor da Deusa, essa gente acha que eu resolvo tudo, eu não faço magia não porra.

Bebo meu expresso, saio da cafeteria e volto ao trabalho.

A noite passou se arrastando, teve dois acidentes de carro e um de moto, fora uma garota que foi esfaqueada ao resistir a um assalto, que noite minha Deusa, felizmente ninguém desses acidentados morreu, encontrei com Ruy no corredor umas três vezes e sempre estávamos atarefados, essa é a vida de médicos meus amigos, nunca temos tempo para nada, e olha que Ruy é meu chefe, ele devia trabalhar um pouco menos no meu ponto de vista, mas olha só já estamos trocando os papeis, agora sou eu que quero que ele trabalhe menos, acho que isso pega.

Perto das seis da manhã eu tava morrendo de sono e fome, me sentei em uma cadeira e coxilei por um cinco minutos, mas fui acordada pela sirene de uma ambulância, corri e atendi o paciente, caramba o tempo aqui não passa.

Quando finalmente chegou oito horas eu quase gritei de felicidade, me troquei e sai do hospital, fui direto para casa e quando cheguei, tomei um banho bem quentinho e pulei na cama dormindo imediatamente.

Acordei horas depois com meu celular tocando, maldito.

- Alo?. - digo sonolenta.

- Porque você ainda não está aqui? Você desistiu de vir?. - meu irmão pergunta.

- Leo, vou chegar a tarde, agora eu preciso dormir tá legal? - pergunto de mal humor.

- São meio dia Eevy, não é mais hora de dormir. - ele diz isso porque não fez plantão a noite toda.

- Beleza Leo, daqui a pouco tô aí. - digo e desligo.

Saio da cama e arrumo uma bolsa de viagem com tudo que vou precisar para ficar esses dois dias na casa do meu pai.

Me arrumo e coloco a bolsa no carro.

Meu celular começa a tocar e vejo o nome Tristan na tela.

- Oi Tristan. - digo ao atender.

- Oi Eevy, tive um imprevisto então vou me atrasar para a festa do seu irmão, voce pode ir na frente que eu te encontro lá mais tarde. - Tristan está estranho, depois descubro o que aconteceu.

- Tá bom, te vejo mais tarde então. - digo e entro no carro.

- Me desculpe, queria ir com você, mas tenho coisas para resolver ainda, te conto tudo mais tarde, beijo. - e entao ele desliga.

Beleza, vou pro aeroporto, a viagem até minha antiga alcateia demora sete horas de carro, mas apenas um pouco mais de uma hora de avião, entao vou no mais rapido.

Cheguei no aeroporto e esperei meu voo ser chamado, depois de toda a burocracia finalmente me acomodei no avião.

Li durante todo o voo e quando cheguei na cidade vizinha a alcateia do meu pai, chamei um uber e fui até perto da entrada da alcateia, o resto fui andando a pé, cheguei na fronteira e fui autorizada a entrar mesmo com os guardas me olhando estranho, mas isso não é novidade, todos nessa alcateia me olham do mesmo jeito.

Fui até a casa do meu pai e bati na porta.

- Eevy! - Leo grita assim que abre a porta. - Achei que não vinha e só estava me enganado.

- Eu nunca faria isso, se eu não fosse vir eu te diria. - digo e o abraço. - Parabéns pelo filhote meu irmão.

- Obrigado Eevy, estamos muito felizes. - Meu irmao me aperta mais em seus braços. - Onde está o Supremo? Ele não devia estar com voce? - Leo pergunta me soltando.

- Ele teve um problema, vai chegar mais tarde. - digo encerrando o assunto. - Onde está Olivia e papai? - não os vi ainda.

- Eles estão se arrumando, vamos, temos que nos preparar também. - Leo me puxa escada a cima e me deixa na frente da porta do meu quarto. - Saimos em trinta minutos. - ele diz e sai.

Entro no meu quarto que estava destrancado e troco de roupa, coloco um vestido vermelho bonito e um par de saltos, arrumo os cabelos e coloco uma maquiagem leve, já pronto desço e me sento no sofá para esperar os outros, meu pai é o primeiro a descer e ele vem logo me dando um abraço apertado.

- Voce não atendeu nenhuma das minhas ligações mocinha. - ele diz bravo.

- Voce sabe que eu precisava de um tempo pai. - digo ainda abraçando ele.

- desculpe, eu sei. - ele diz e me solta.

Olivia e Leo descem em seguida, Olivia vem até mim e me abraça, parabenizo ela pela gravidez e todos saimos em direção ao centro de convenções onde vai ser a festa, fomos os primeiros a chegar já que Leo e Olivia são os anfitriões, tudo estava arrumado e tinha flores por todos os lados, está tudo muito bonito, espero que seja uma festa bem calma.