Capítulo 15

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A caminho do meu quarto, me encontro com Arthur que estava do lado de fora da recepção um tanto distraído, eu estava me perguntando o por quer de ele estar ido em direção a um lugar tão isolado até que vi o mesmo tirar uma cartela de cigarro do bolso...

Mas previ que o mesmo não conseguiria, aceder o isqueiro e me prontifiquei a ajudar

--- Arthur... --- o chamo

--- Ah, oi, Carol! --- diz ele

--- Você quer ajuda? --- pergunto apontando pro isqueiro em sua mão

--- Você fuma? --- Arthur pergunta

--- Não, mais pelo visto vejo que você e Cezar, sim --- digo

Arthur dá uma leve risada

--- Eu não preciso de ajuda, olha! --- diz ele, pegando um cigarro com a boca, colocando a cartela no bolso da calça, pegando o isqueiro com a mesma mão e o jogando para cima para tirar onda, o pegando de novo e acendendo o cigarro

--- Oh... --- digo, me sentido uma idiota por achar que não conseguia acender o isqueiro

Nesse momento um balão de gás hélio no formato do homem aranha passa por nós e um menino desesperado de idade entre 5-6 anos também, sem pensar muito Arthur atira o cigarro no mar (R.I.P. meio ambiente) e começa a correr na frente do menino provavelmente na tentativa de agarra o balão.

Eu corro em direção a criança para para-la, me coloco da frente da mesma e me agacho para ficarmos da mesma altura que a mesma

--- Ei! Calma...

--- Meu balão! --- exclama a criança

--- Não, se preocupa ok, meu amigo vai pegar seu balão... --- digo --- Mas cadê seus pais?

O menino olha para trás depois que digo isso, como se percebesse só agora que a sua corrida atrás do balão o tenha afastado dos seus progenitores

--- Eu não sei... --- ele vira para mim, seu rosto ficando um pouco rosado e sua boca um tanto tremula dando a impressão de logo iria começar a chorar

--- Aqui! --- Arthur aparece magicamente do meu lado

Eu pego a criança no colo para que ela pegue o balão das mãos de Arthur

--- Obrigado, moço... --- diz o menino, que de primeira pareceu se assustar com a aparência de Arthur, mas logo que Arthur deu um grande sorriso por ter devolvido o balão pra criança, a mesma sorriu também perdendo um pouco do medo

--- Lucas, Lucas! --- logo um casal entre na recepção, gritando o nome do menino e ele aponta pros mesmos e diz

--- Mamãe, papai!

Eles correm na nossa direção, e entrego o menino nos braços da mãe

--- Muito obrigada moça! --- diz a mulher

--- Não precisa agradecer... Afinal foi ele consegui-o pegar o balão... --- digo, colocando a mão no ombro de Arthur

--- Muito obrigado... --- diz o pai de criança, indo agradecer a Arthur, mas acho que assim que se virou para o mesmo levou um susto e nem teve a decência de disfarça, assim como sua mulher

--- De nada... Crianças são desse jeito... --- fala Arthur, fingindo não ter percebido isso e nem reparado país se afastando do mesmo enquanto falava

--- É sim, quando menos reparamos elas somem... Vamos querida? --- diz ele, já longe se referindo a sua mulher

--- Vamos... --- diz a mesma olhando com um olhar assustado para Arthur

O Único Elo   -   OSNFOnde histórias criam vida. Descubra agora