Estão me arrastando pelo corredor dos quartos. Quando passo pelo quarto dos meninos meu coração fica apertado, penso em Tobias e Josh, se estavam vivos.
Ainda posso escutar gritos vindos do andar de baixo e fico cada vez mais confusa.
Subirmos mais um andar de escadas e o cheiro de mofo me faz espirrar constantemente, mas eu reparei em algo. Uma faísca saindo de uma caixa, parecida com a central de energia. Tinha um homem tentando consertar os fios soltos.—E aí, 23? Ainda não conseguiu arrumar isso?- perguntou um dos meus carcereiros para o homem eletricista.
Ele apenas negou com a cabeça e continuou trabalhando.
No final do corredor havia uma porta com uma placa escrito: Somente funcionários.
Eles a abriram e me jogaram dentro de uma sala, parecida com um escritório.
—O que vão fazer comigo? - eu pergunto, mas eles apenas fecharam a porta na minha cara. Tentei abri-la, mas estava trancada.- Ahgr! Que droga...que merda vou fazer agora?
Estou com a testa encostada na porta, tentando clarear meus pensamentos. Não tinha nenhuma resposta, apenas mais empecilhos todo o tempo.
Depois de um tempo eu olhei em volta. Havia uma mesa de escritório, com alguns papéis. Uma estante de livros e poltronas em volta.
Uma grande janela atrás da mesa. Corri até ela, mas também estava trancada. Bufei de frustração. Além disso, era muito alto pra mim.Dou uma olhada nos papéis, apenas finanças sobre o hotel. Parecia não ter nada relevante. Me perguntava se aquele era um cativeiro ou um covil. Se fosse um covil, fomos atraídos como ratinhos idiotas para essa armadilha.
Vou observar os livros da estante, passo os dedos por eles, tentando achar pistas. Até que um se destaca entre os grossos livros. Um caderno de couro preto.
Retiro ele dentre os outros e havia inicias escritas na sua capa.
Minha espinha arrepia.C.A.L
Imediatamente meu instinto é segurar meu colar.
—Adam.
***Semanas antes
A campainha toca.
Meus olhos finalmente ganham uma nova atenção. Já fazia horas que tentava desenhar um projeto novo.
Eu espero meu pai atender a porta, mas logo em seguida a campainha toca novamente.—Querida! Você pode atender?! Eu tô ocupado! - meu pai grita do andar de baixo e eu revirei os olhos.
Sai correndo do meu quarto e desci as escadas.
Mais uma vez ela toca.—Ja vai! Tô indo! - eu abro a porta.- Calm...- eu congelo ao ver Adam na minha frente.
Ele sorri pra mim, vestia uma calça jeans escura e uma camisa azul marinho de mangas compridas. Segurava um buque de flores, mais precisamente lírios.
Estava lindo.—Gostei da roupa.- ele sorri e eu fico vermelha ao notar o que estou vestindo.
Usava uma camiseta grande, que deveria ter um ou dois furos. Meias de diferentes pares e uma cara amassada.
—Adam, o que faz aqui? Como me achou? - perguntei
— Não vai me convidar pra entrar? Tá meio frio aqui fora.
—Ah, claro! Entra.- eu dou espaço pra ele entrar e tento ajeitar meu cabelo.
—Ah, você pode esperar um pouco? Deixa eu vestir pelo menos uma calça. - eu corro pelas escadas, tentando não ficar mais envergonhada.
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Vou Até Você - (Concluído)
Misterio / SuspensoLIVRO 2 Qual preço que tenho que pagar para essa dor sumir? Após os acontecimentos horrendos em Bosque Livre, Madeleine se vê sozinha tendo que lidar com os seus maiores pesadelos. As coisas que viu nunca sairão da sua mente. Porém, ela precisa apre...