Guerra fria

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Eu amo theory of Love, muito. Mas puta merda! Essa cena (da foto acima) me deixou num ódio, que quase entrei na tela para socar o Kai.

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Seu coração batia rápido. Seus olhos arregalados e sua respiração presa em seu peito dificultava a procura de ar. Mesmo que tentasse obrigar seus pulmões a voltarem a funcionar, seu cérebro parecia ter parado e não obedecia mais suas ordens.  Seus braços sobre a cabeça tremiam e suas pernas pareciam estar moles. Suas costas contra a parede começava a ficar  dolorida com a pressão que o outro exercia ao o pressionar contra a parede gélida. Um arrepio subia por seu corpo quando seus lábios foram sugados. Gun estava estagnado, sem saber o que fazer.

Off estava colado em seu corpo o pressionado contra a parede enquanto seus braços elevavam e prediam os braços de Gun acima de sua cabeça. E seus lábios estavam conectados com o de Gun.

Off estava o beijando. E Gun não sabia o que fazer.

Por um instante, tentará se lembrar como os acontecimentos anteriores resultaram aquele momento.

Após saírem daquele bar, começaram a procurar outros lugares para estenderem a noite. Como Gun não bebia, apenas se deixou se levar pela animação de seus amigos e os seguiu para outros bares. A bebida e a música alta os faziam se sentirem leves e cada vez mais animadas pela noite. Quando finalmente o cansaço tomou conta de seus corpos resolveram irem para casa. Como o único sóbrio, Gun que teve que cuidar de seus dois amigos bêbados. Após um caminho de tropeços e risadas altas, conseguiram chegar até o carro.

"Me dê a chave, Krist" Pediu.

Krist estapeou o corpo a procura das chave de seu carro. Sua mão ia e vinha para cima e para abaixo sobre suas calças, e uma careta surgia em seu rosto após alguns segundos de procura. Gun notando o comportamento estranho do outro, se aproximou e com suas próprias mãos, as enfiou nos bolsos traseiros da calça de Krist.

Jogado na calçada, Off tentava se levantar e impedir que aquilo continuasse, mas devido a bebida, elevar seu tronco era muito mais complicado do que normalmente. Apontando os dedos exasperado e com a voz lenta, gritava para que Krist se afastasse de Gun.

Revirando os olhos, Gun finalmente encontrou as chaves nos bolsos de Krist, se afastando para abrir o carro.

O sol iluminava as faces bêbadas e cansadas daqueles rapazes. Algumas pessoas olhavam aquela cena com desgosto e outros com interesse.

Uma algazarra ocorria naquele local com vozes altas e risadas escandalosas. Gun pensava seriamente em abandona-los naquele momento. Já estava cansado e começava a ficar irritado com a infantilidade dos dois homens bêbados, ao que os dois lutavam para não entrarem no carro. Quando Gun estava preste a dar partida no carro e deixar seus amigos para trás, foi aí que entraram no carro. O caminho foi tranquilo e pode finalmente respirar aliviado ao ver a casa de Krist logo a frente.

Após deixá-lo em casa, dirigiu indo em direção ao seu próprio bairro. Assim que avistou a casa de seu segundo amigo, estacionou o carro em frente à porta do mesmo. O chamou várias vezes para que o outro descesse mais de nada adiantou. Somente quando suas mãos estapearam a face do homem adormecido, que seu amigo acordou.

"Desça." Disse Gun abrindo a porta lateral do carro.

Off se mantia confuso e uma careta estranha aparecia em seu rosto como se o outro comesse algo azedo. "Não, não quero"

"Off, por favor. Estou cansado. Só desce e vai pra casa"

"Não."

Um suspiro alto saiu de seus lábios.

"Ok. Quer ir para minha casa, então?"

Um sorriso infantil surgiu em seus lábios enquanto concordava com a cabeça repetidas vezes. "Sim."

Gun não sabia como conseguiu subir as escadas de sua casa com um coala grudado em seu corpo. Muito menos como não o jogou das escadas quando aquele ser bêbado começou a cantar músicas aleatórias em seu ouvido- Mesmo após pedi-lo incontáveis vezes para que se mantivesse em silêncio.

O jogou sobre a cama com descaso. Seu corpo já estava dolorido e sua mente só o pedia para que pudesse ter o aconchego de uma cama macia e quente. Suas mãos foram em direção a bainha de sua blusa, as tirando de seu corpo. Iria em direção ao próprio armário a procura de peças de roupas para seu amigo, quando seu corpo fora violentamente empurrado. Os acontecimentos ocorreram em um piscar de olhos, e sem que pudesse tomar o fôlego e notar o que ocorria em seu quarto para analisar a situação, suas mãos foram aprendidas acima de sua cabeça e seu corpo era pressionado por um outro homem de troncos largos.

"Mas o que...?" Perguntou após o susto.

"Você não pode!" Exclamou off.

"O que...?"

"Não pode deixar que outras pessoas te toquem. Você não pode!" Murmurou.

Por um momento, Gun pensou que a embriaguez de Off havia ido embora. Mas ao olhar em seus olhos e os notar menores e um brilho diferente os reluzir, descartou aquele pensamento.

"Você está proibido." Continuou Off.

Gun engoliu em seco ao que Off juntou suas testas. A proximidade de seus corpos era tamanha, que os sentia estarem colados um no outro. Com seu tronco de fora, aquele toque sobre seu corpo o fez se arrepiar e seu coração tremer. Um gemido, que mais parecia um rugido, saiu de sua garganta quando Gun tentou o afastar. Seus braços foram segurados com força contra parede e Off o pressionou mais com seu corpo, como se tentasse os fundir em um só.

"Não me afaste." Disse olhando em seus olhos. "Não me afaste de novo, Gun. Me deixe mostrar para você; me deixe ser mais..."

"Eu não entendo, Off." Disse Gun ao que o outro o olhava intensamente.

Off suspirou. "Você nunca entende ou você não quer entender?" Perguntou.

Gun o olhava confuso. Seu coração estava descontrolado dentro do seu peito, e seu corpo arrepiava a cada palavra dita por seu amigo.

Quando Gun resolveu o questionar, Off o  pressionou novamente e o aperto contra seus braços aumentaram, o impedindo de se mexer.

"Eu gosto de você." Disse lentamente. "Eu te amo. Eu realmente te amo. Mais que um amigo, mais que um irmão, mais que qualquer coisa. Eu quero poder te beijar. Quero poder ir em encontros com você. Eu quero namorar com você. Eu te amo, Gun!"

Com olhos arregalados e com a respiração presa, Gun se manteve estático. Não sabia o que dizer. Seu corpo entrou em combustão de sentimentos e seu corpo congelou. Um som baixo saiu de seus lábios como um suspiro.

"Off.."

"Eu te amo, Gun. A muito tempo, muito tempo mesmo. Só que, só agora tive coragem para te dizer." Confessou.

Silêncio. Apenas o som de seus corações podiam serem ouvidas naquele momento. Um silêncio angustiante, tenebroso e medonho preenchia seus ouvidos.

A troca de olhares era intensa e sufocante. A intensidade era tamanha que Gun não aguentou e desviou o olhar por um instante, e depois voltou para  aquela guerra de olhares. Mas diferente de uma guerra fria, Off tomou a iniciativa e cruzou a linha, iniciando a batalha ao juntar seus lábios.

O Último Adeus ◇OffGun◇Onde histórias criam vida. Descubra agora