Sentimentos confusos

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Essa cena é tão fofa no especial de theory of Love.  😍 se ainda não assistiu, assista! Tá uma fofura

    Durante dois dias seguidos, Off não se levantou da cama.
Não tinha forças, não sentia seu próprio corpo. Chorava incessantemente ao acordar e ao dormir. Seus olhos ardiam e sua boca estava seca, porém não se importou. Suas necessidades era menor das preocupações naquele momento.

Seu coração doia.

Havia se desligado do mundo. Não notava a tempestade que ocorria do lado de fora, nem mesmo sua mãe entrando em seu quarto para checar como ele estava. Estava alheio a tudo em sua volta. Havia entrado numa bolha e parecia que não queria sair.

Não sabia o que pensar, só lembrava do momento da despedida com seu melhor amigo.

Se eu soubesse que era a última vez, eu teria dito que te amo.

  Acredita que se estivesse com Gun naquele momento, ele ainda estaria vivo. Em sua cabeça criava momentos daquele fatídico dia, onde evitava que, de alguma maneira, aquele homem invadisse o local. Mas sempre chorava no final, pois no fim de tudo, ele não estáva lá, não pode evitar que aquilo acontecesse, não poderia mudar as coisas, não poderia trazer seu pequeno garoto de novo. Gun não voltaria.

A mãe de Off estava preocupada, já havia se passado 2 semanas e seu filho se manteve no quarto durante todo esse tempo. Tentava conversar com o garoto mas o mesmo respondia vez ou outra. Além de que seu filho não estáva se alimentando direito. Comia muito pouco ou as vezes não comia nada.

Estava tão preocupada com a saúde do filho, que o forçou a ir no hospital.

Seu filho estava fraco, podia se ver como estava mais magro e abatido.
Tinha medo que seu filho estivesse severamente doente, mas os resultados deixaram a mãe aliviada. Seu filho estava bem, apenas um pouco desidratado, mas nada que fosse alarmante. Entretanto, o estado mental preocupava o médico, via que o problema era algo  psicológico e não físico.

Em uma conversava com a mãe do paciente a indicou procurar ajuda psicológica para o filho. Não adiantava dar lhe remédios sendo que sua saúde mental era o problema.

Preocupada, assim que ambos saíram do hospital a mãe logo tratou de contatar um amigo,  para ajudá-la com Off.

Queria que o filho melhorasse rápido, não aguentava mais vê-lo daquela maneira. Sentia se insuficiente e fraca. Não tinha nenhum apoio, não tinha ninguém para conversar seus problemas. E com o trabalho ocupando um grande espaço de sua vida, não sabia como o ajudar.
Deitada em seu travesseiro, aquela mãe chorou, chorou por tudo que estáva passando, chorou pelo cansaço, pela solidão, por Gun e chorou pelo medo de perder seu próprio filho.

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                   2 meses depois

Nas últimas semanas, Off chegava tarde e bêbado em casa. A mãe do rapaz estava preocupada com as ações do filho. No começo pensou que era melhor assim do que vê-lo em seu quarto o dia inteiro, mas não agora. Seu filho parecia ter mudado. Muito.

Não sabia o que dizer ou fazer para se aproximar do rapaz. E quando tentava, acabava em discussões sem sentido. Até mesmo o acompanhou em suas seções com o psicólogo, tentando encontrar respostas para aquelas atitudes, mas nada adiantou.

Off se manteve distante, ele se trancou em seu próprio mundo e parecia não querer sair mais.

Respondia as questões do homem superficialmente, nunca dizia algo profundo, não dizia nada do que realmente sentia.
Parecia odiar os momentos que estavam no consultório; se mantinha com cara fechada e falava pouco e aos fins das seções corria daquele lugar e só o via novamente a noite. A mulher não sabia mais o que poderia fazer para ter seu filho de volta.

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No início da madrugada, a rua silenciosa era preenchida com gargalhadas altas. Numa pequena praça pública, 3 homens se divertiam enquanto bebiam.

Os três estavam naquele local para verem de perto a recente "obra " colocada. Entre risadas e piadas, os amigos se viam completamente entretidos sobre aquele peça.

"Escreveram o nome dele errado, olha "

"Não..." O outro notando que realmente faltava uma letra, riu " oh merda realmente "

O terceiro  ria enquanto bebia. Achava engraçado a forma como o assunto se repercutiu tanto, mas gerou apenas uma mísera placa com erros ortográficos.

Os três amigos, Ash, Off e Nate riam da placa de homenagem que dedicaram a Gun.

"Está placa é dedicada a Gun Atapahan, um homem ao qual sacrificou sua vida em pró das vidas inocentes de nossas crianças." Off riu enquanto lia "Uau, que bravura não?" Zombou.

Nate riu "Eu estou chorando "

"Emocionante, bravo " batiam palmas.

Ficaram horas no mesmo local, entre risadas altas, e conversas sem sentido, não notando o dia clarear. Já era quase 5 AM.

Cansados e bêbados, os três se dirigiram para as próprias casas.

Mesmo sendo tão tarde, Off não queria ir para casa. Sabia o que aconteceria se sua mãe o visse daquela maneira e chegando tão tarde. Estava cansado, andava lentamente pelas ruas. O céu estava mais claro e a rua mais movimentada. Ora ou outra alguém o cumprimentava, a qual o mesmo respondia apenas com um aceno de cabeça.
Parecia que estáva andando a horas quando finalmente chegou a própria casa.

Silenciosamente, adentrou a casa com passos leves até seu quarto. Entrou no mesmo e se jogou sobre a cama. Estava muito cansado do dia que teve.

"Ah, como senti sua falta" abraçou o travesseiro contra o rosto, enquanto com os pés tirava os sapatos. Não se importando em trocar de roupas, Off se aconchegou nas cobertas e em poucos minutos, dormiu.




Notas:

Vocês já tiveram uma ideia incrível mas ao bota lá em prática não gostou do resultado? Então, sou eu com essa história.
Ela já estava finalizada quando comecei a postar mais aí a burra aqui apagou a história toda e tive que começar do zero 😑
Tentarei dar o meu melhor para finaliza-la, então os cap irão demorar para serem postados. No começo teria em torno de uns 25/30 caps mas acho que será mais curta.
Espero que estejam gostando dela...🤗
E obrigado por lerem.♥️

O Último Adeus ◇OffGun◇Onde histórias criam vida. Descubra agora