8. Tulipas Brancas

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Izuku percebeu que estava todo molhado e todos olhavam para ele, todos viam horrorizados as cicatrizes que traziam as horríveis lembranças de Izuku. Todos aqueles olhares fizeram lágrimas correrem pelo rosto de Midoriya, que saiu correndo para bem longe, sem olhar pra trás. Ele correu tanto que chegou a uma caverna quase do outro lado da floresta,ele se sentou abraçando os joelhos e chorando muito. Os olhos dele ardiam e ele praticamente soluçava, ele não queria nunca mais voltar pra lá, e pra piorar, quando ele saiu correndo a blusa dele se prendeu e se rasgou, ele chorava e encarava aquelas cicatrizes e marcas horríveis.

*Bakugo on*

Meu Deus, o que eu fiz? Eu sou um babaca, eu não sabia que ele tinha cicatrizes, muito menos aquele tanto de cicatrizes. Ele ainda saiu chorando, eu não  acredito que sou tão ridículo. Eu tenho que achar ele pra pedir desculpa.

— Todo mundo saia da água e ajudem a procurar o Midoriya. Quando acharem voltem pra cá!! E se virem alguma coisa me avisem!!— O professor disse, e eu sai, fingindo não me importar.

— Eu não sabia que o Midoriya tinha aquelas cicatrizes!!— Ele escutou Kaminari dizer.

— Deve ser por isso que ele sempre usa camisas que cobrem os braços!!

Eu só me senti pior. O garoto tinha medo de mostrar as cicatrizes, por isso ele saiu chorando, e eu fiz ele mostrar. Eu só quero dar um soco na minha cara agora.

*Bakugo off*

Enquanto todos procuravam Izuku, Todoroki se sentiu mal por ser grosso com o esverdeado, e decidiu achar ele e confortá-lo. Todoroki tinha boa memória, logo ele seguiu na direção que Izuku tinha corrido, e depois de andar muito, ele percebeu uma caverna escondida pelas arvores e várias tulipas brancas que pareciam flocos de neve. Todoroki entrou lá e encontrou o menino encolhido, chorando e com a camisa rasgada, deixando as cicatrizes todas exposta.

Assustado, Izuku percebeu que Todoroki estava lá e escondeu o torso.

— O-O que você está fazendo aqui?— ele disse entre as lágrimas.

— Eu estava procurando você.— Todoroki se aproximou do menino, que recuou.

— V-Veio rir da minha cara? Do meu corpo?

— Não, ninguém vai rir de você, não  precisa me contar como ficou assim, mas não fique sozinho. Olhe, eu tenho uma marca também.— Todoroki mostrou a cicatriz no olho, se sentou ao lado de Izuku e acariciou os cabelos verdes dele.

Izuku pareceu se sentir mais confortável e aceitou o carinho, enquanto chorava baixinho pensando na dor das marcas. Izuku parou de chorar depois de um tempo e apoiou a cabeça no ombro do bicolor.

— E-Eu te conto sobre as minhas cicatrizes se me contar sobre a sua.— Todoroki percebeu que iria confortar o menor se contasse a história a ele.

— Bem, quem fez essa cicatriz foi meu pai, o general Enji Todoroki.— Izuku pareceu surpreso.— Quando eu era menor, ele me treinava incansavelmente para eu superar ele, ele não me deixava sair do castelo ou falar com outras crianças. Mas um dia, eu fuji de casa e fui visitar o vilarejo escondido, só que meu pai me achou, e queimou meu olho esquerdo pra eu nunca mais fugir. — Ele contou, enquanto encarava os olhos verdes do menino.

— As minhas tem uma história maior. Eu era um escravo desde que eu me lembro — Todoroki arregalou os olhos.— e eu sempre fui desastrado e curioso. Um dia, quando eu tinha 5 anos, eu fugi das minhas tarefas e fui explorar a mansão do homem para quem eu trabalhava.— Izuku se recusava a dizer que ele era o mestre dele.— Mas acidentalmente eu entrei no quarto da filha dele e quebrei o brinquedo preferido da filha, tentando guardar ele. Quando ele descobriu, a filha dele fingiu chorar e ficou falando que fui eu e que eu também tinha roubado joias dela, mas eu nunca roubei nada. Ele ficou com muita raiva e me trancou em um quarto, e me deixou sem comer por dias, depois ele amarrou meus braços e pernas e c-c-chicoteou meu corpo todo...—Izuku se encolheu, como estivesse se protegendo e continuou.— até sangrar e depois e-ele pegou uma faca e cortou as minhas costas e meus pulsos...— Izuku voltou a chorar so de ter que se lembrar de tudo de novo.

— E-Eu sinto muito.— Todoroki estava chocado com tudo aquilo, e nem perguntou como um escravo estava na academia.— Não vou deixar ninguém mais fazer nada com você.— Todoroki abraçou Izuku, ele queria proteger aquele serzinho de todo mundo.

Depois de algum tempo eles saíram da caverna e Izuku passou alguns minutos observando as belas tulipas brancas. Depois voltaram para o ponto de encontro, onde Bakugo puxou Midoriya para falar com ele.

— Midoriya, me desculpa, eu não sabia... eu fui um babaca...— Bakugo parecia realmente arrependido

— Tudo bem!!— Izuku perdoou Bakugo facilmente com um sorriso, ele já se sentia melhor com as cicatrizes, mas mesmo assim ele usava o casaco de Shoto para cobri-las.

— Posso te chamar de Deku??

— Só se eu te chamar de humm... Kacchan!!— O loiro assentiu com a cabeça, e mostrou pela primeira vez um sorriso sincero e feliz.

Aiwaza mandou Izuku para a curandeira da Academia, uma feiticeira chamada Recovery Girl, para tentar curar as cicatrizes. Ela tinha várias poções de cura, e era famosa por curar quase tudo. Izuku foi até lá e se animou muito com a ideia de acabar de vez com aquelas marcas horrendas. Quando chegou lá, foi recebido por uma velhinha baixinha que possuía um cajado.

— Oh olá, em que posso ajudar você menino?

— Ah, o Sr. Aizawa pediu pra eu vir aqui pra ver se você consegue curar.— Izuku tira a blusa.— isso!!

— Oh meu deus, como ganhou essas marcas?! Pobrezinho... — Ela disse, sem nem esperar resposta, enquanto pegava poções e cremes.

Depois de algum tempo, Izuku ficou repousando na enfermaria até o efeito das poções terminasse e ele não tivesse mais cicatrizes, porém, infelizmente, a curandeira não conseguiu curar todas as cicatrizes, por serem antigas, ela só conseguiu retirar as cicatrizes do ataque do lobo de ontem. Enquanto colocava uma blusa para voltar para o dormitório, já que a aula já havia acabado, ele escutou alguém entrar na enfermaria, Todoroki.

— Ela conseguiu tirar as cicatrizes?— ele perguntou esperançoso, mas ele também já havia tentado tirar sua própria cicatriz, mas recebeu a mesma notícia que Izuku.

— Eram antigas demais, ela só conseguiu curar as mais recentes, de ontem.

— Ontem??

— Uh... Longa história!!

Depois eles foram juntos para os dormitórios e Izuku se jogou na cama assim que ele se deitou, já tinha tomado banho e trocado de roupa, escutou alguém bater na porta, e não era ninguém mais ninguém menos que Bakugo Katsuki.

— Kacchan!! O que você está  fazendo aqui tão tarde?

— Tsc, como eu fui um babaca mais cedo, eu queria te levar a um lugar legal pra recompensar o que eu fiz com você...— Ele evitava olhar aos olhos verde esmeralda de Izuku, mas não consegui não perceber um sorriso e um brilho nos olhos do menor.

— Vem!!

OIIII, só umas coisas importantes,
eu vou botar umas flores pra cada momento dos ships
que vão  representar esse casal ok?
Tododeku: Tulipas Brancas
Bakudeku: Dentes de Leão
No próximo cap vai ter os Dentes de Leão, meus Bakudeku shippers
Esse cap foi mais longo que o normal,
Mas quando chegar no cap 10 vou fazer um bem maior.
Tchau!!

Qual o time de vcs #TulipasBrancas ou #DentedeLeão??

11248 palavras
Essa fic foi inspirada parcialmente pela fic
"Jovem Guerreiro" de shotosolitario

O Guerreiro do Dragão  ( bakudeku )(tododeku)Onde histórias criam vida. Descubra agora