PONTO DE VISTA DE DAIRA LIRÁPIA
Meus olhos se prenderam a vastidão imensa daquele rio fluindo abaixo do nosso castelo, meu quarto se encontrava no alto da grande torre a direita do palácio das harpias, eu nunca havia deixado os terrenos daquele castelo, dês do meu nascimento, aquelas paredes me cercaram e me prenderam, meu pai o imperador me criou e me deu o devido amor de um pai, mas não foi o suficiente, eu já tinha quase dezenove anos e nunca tinha saído desse maldito castelo, eu me vi pensando na minha águia de batalha que foi me dada no dia do meu aniversario de dois anos, ela hoje já estava imensa, com quase 7 metros de altura, ela era a maior criatura que eu já tinha visto em toda a minha vida, pensei em descer para vela, mas a essas horas os guardas não deixariam, além de ter dois paladinos vagando pelo castelo em vigilância, me levantei de minha poltrona e me dirigi até a sala do imperador, meus olhos fitaram a parede do corredor a minha volta preenchida por quadros, em um deles estava eu, meu pai e meu irmão, meu pai um homem alto careca de olhos castanhos, e sua barba loira mal feita, ele possuía rugas em volta dos olhos pela idade, sua armadura negra e vermelha, digna de um imperador, usando uma cota de malha negra com placas de metal coloridas com esmalte vermelho brilhante quase cor de vinho. Ao seu lado na imagem meu irmão mais velho, o paladino mais novo da historia do reino, um jovem alto de vinte e três anos, com cabelos castanho claro pendendo até os ombros, amarrados em cima da cabeça com um elástico, seus olhos eram finos, seu rosto afiado lhe dava uma aparência que qualquer mulher do reino se apaixonaria. Então eu, uma garota de 168 cm, com os cabelos longos presos em uma trança, cabelos castanho escuro, olhos cor de esmeralda verde brilhantes, as maçãs do rosto rosadas de maquiagem, eu tinha meus olhos finos, meu queixo era arredondado e meus ombros curtos e seios pequenos me faziam parecer uma criança.
Olhando a frente, vi outro quadro, meu pai um pouco mais jovem com uma roupa de aristocrata, com um sorriso estampado no rosto, ele ainda possuía cabelo na imagem, seus olhos irradiavam alegria, seu maxilar contraído em um sorriso radiante, e em seu colo meu irmão, bem mais jovem, com por volta de quatro anos ou menos. Ao seu lado direito, uma mulher, uma linda mulher de olhos verdes e cabelos negros, seus olhos irradiando alegria, parece que aqueles olhos olhavam diretamente para minha alma, diziam que eu havia puxado todas as características dela, menos o cabelo é claro, mas eu não acreditava, seu corpo naquela foto era magnifico, cheio de curvas, ela exalava imponência e elegância, além de uma sabedoria profunda, ela era magnifica, aquela mulher era minha mãe, que havia falecido no meu parto. Nem a magia e os mais elaborados feitiços de cura dos mais poderosos paladinos foram capazes de salva-la da morte. Pelo menos era a historia que me contavam.
Eu caminhei mais alguns metros e desci a escada giratória, me encontrando logo a frente da porta da sala de reuniões do imperador, eu consegui ouvir vozes por de trás da porta de madeira maciça, eu esperei alguns segundos para ver se conseguia ouvir algo, então escutei
"bom, você sabe imperador, na próxima semana irá haver o torneio do vigésimo quinto aniversário do príncipe Baron, que irá eleger o melhor cavaleiro do reino de Valgram para ser a mão direita do príncipe quando se tornar rei, assim se tornando o homem mais poderoso depois do rei em tal reino, você pretende mandar alguns de seus paladinos disfarçados de Valgrinos ao torneio não é?"
" é obvio Tercio, e você será um deles meu filho, você é o segundo paladino mais poderoso do nosso reino depois de Bayon o anão, e nenhum reino sabe da sua existência como meu filho pois eu a escondi dês de seu nascimento. quanto a Bayon, o que me diz? O que pretende fazer durante nossa estadia em Valgram?"
Uma voz rouca e grave soou alto, era a voz do anão paladino Bayon, o guerreiro mais poderoso de nosso reino "mas é obvio que irei contigo meu imperador, eu como seu fiel serviçal irei te seguir onde for"
"eu já disse que você não é mais meu escravo Bayon, você é um anão livre da escravidão, além de que você é infinitas vezes mais poderoso que eu. Eu não teria nem o direito de te dar ordens."
"o senhor é o meu imperador, e o meu libertador, eu serei eternamente grato e fiel ao senhor" o anão deu uma pausa "eh... então, iremos chamar nossa pequena intrusa a se juntar a nós?"
Nesse momento eu tremi, um frio subiu pela minha espinha e eu tentei subir as escadas rapidamente na ponta dos pés, mas não fui rápido o suficiente, em um segundo vi o espaço se distorcer na minha frente e o anão Bayon sair da fenda espacial se dirigindo na minha direção com um leve sorriso "olá pequenina"
"atrás de mim meu irmão Tercio abria a porta do salão e disse calmamente:
"entre irmã, temos muito a conversar."
NOTA DO AUTOR: olá leitores, infelizmente esse capitulo atrasou pela produção do book character da obra, que irá descrever todas as características de cada personagem, juntamente com uma ilustração do mesmo, vai demorar um pouco mas vocês vão amar.
Em compensação eu fiz esse incrível capitulo sobre a daira no reino de sindria, ela como já perceberam é uma das protagonistas da obra e vai ter extrema relevância nessa historia, esperem grandes coisas no próximo capitulo, e preparem os ships de personagens
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CENTRAL KHAOS - Espiritos bestiais {Livro - 1}
FantasyFracis e Henry são dois aspirantes a cavaleiros em viagem pelo mundo com seu mestre Sor Gustav de Aramor. Em uma de suas viagens o mestre morre de velhice, deixando os dois aspirantes recem nomeados cavaleiros sozinhos em um mundo perigoso cheio de...