9: SINDRIA - Águia

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PONTO DE VISTA DE DARIA
Os raios de Sol cortaram pela minha janela e atingiram meu rosto, deixando minha face quente, foi uma otima sensação acordar com os raios de sol em um dia de outono.
Me sentei na cama colocando uma perna sobre a outra, E de repente a empolgação surgiu dentro de mim, lembrei da conversa com meu pai e os paladinos ontem, meu coração palpitou e eu sorri olhando para o céu azul lá fora.
Lembrei de Listra, minha águia de batalha na torre inversa do castelo, pensei em ir lá vê-la e contar a notícia de que iríamos viajar pela primeira vez em anos, me senti empolgada e me levantei, meu corpo arrepiou quando meus pés tocaram o chão gelado do meu quarto, andei na ponta dos dedos até meu armário, abri e peguei o primeiro vestido azul e branco que encontrei, joguei por cima da roupa de dormir e me dirigi até a porta do meu quarto, calcei minhas sandálias e abri a porta, corri pelo corredor e desci as escadas giratórias, me encontrando no salão imperial, me dirigi até a porta lateral e corri por mais um corredor, outro lance de escadas giratórias me conduziram até a torre inversa do palácio, me vi no salão das Águias, um grande salão onde as bestas de batalha da família real se encontravam, a primeira que vi foi Sylver, a Águia gigantesca de meu irmão, ela tinha quase dez metros e era magnífica, uma besta poderosa em qualquer cenário, capaz de executar varios feitiços de seu dono, então mais a frente estava Bestion, a águia dourada de meu pai, a maior de todas as três, uma explendida besta voadora dourada, mas Bestion já estava velha e cansada, e logo a frente, lá estava ela. Listra, minha águia de batalha prateada, ela era a mais linda entre as três águias da família real, uma águia de sete metros, braca com um brilho prateado em suas penas, seus olhos eram verdes como os meus, nós tínhamos um pacto de vida, ela é uma besta que deve me proteger a vida toda.
me aproximei de Listra e toquei seu bico grande, haviam dois guardas ao seu lado, listra levantou a cabeça e me encarou, eu me aproximei mais e disse em um sussurro:
"nós vamos viajar amiga"
Minha águia se levantou e se pós em posição de voo, eu dei o sinal para que os guardas a soltassem, e eles assim fizeram. me lancei para a parte superior das costas de Listra, ela bateu asas ferozmente e pulou da saida do castelo, eu me agarrei as suas penas passando meus braços em volta de seu pescoço, o vento da queda bateu forte contra meu rosto, então ela bateu asas novamente e sobrevoou a superfície do grande rio negro caindo abaixo de nós, ela bateu asas novamente e subiu durante um tempo até se encontrar sobre o castelo, suas asas se estabilizaram e ela plainou sobre o teto do palácio, a visão dali era incrivel, dava pra ver todo o castelo, as montanhas ao sul, dava pra ver o bosque cercado do castelo, o rio fluindo abaixo do castelo, as pontes que ligavam o castelo as duas margens da cachoeira, o grande arco que se estendia em volta da parte central do palácio, além do grande salão com teto de cristal formando uma redoma exagonal, tudo aquilo era magnífico, mas eu estava cansado daquilo tudo, eu queria ir embora para muito longe, eu queria explorar as ilhotas, adentrar na Floresta Absal, queria conhecer a cerra de montanhas do norte, lar dos Wyverns, criaturas semelhantes a dragões, repteis gigantescos com um par de patas traseiras e asas gigantescas na parte frontal do corpo, queria conhecer o reino de Bellanir, o reino de Valgram, o reino de Orelór, até mesmo conhecer o reino de Sindria com suas centenas de vilarejos prosperos.
O mundo é tão grande para se ver, e tem tantas coisas que eu ainda não conheço, eu irei ser livre e ver tudo isso um dia.
Listra desceu e paiorou sobre o bosque do castelo, uma pequena ilhota no centro da cachoeira que é preenchida com centenas de arvores das mais raras espécies, folhas vermelhas, rosas, amarelas, até azuis preenchiam o espaço do bosque real, uma centena de aromas diferentes surgiram no ar, Listra pousou sobre uma clareira no centro do bosque, pulei de suas costas e me permiti tirar as sandálias apertadas, o chão era úmido e gelado, com musgo e pequenas gramas nascendo em todo lugar, além de cogumelos gigantescos, Listra se deitou atrás de mim, mas eu continuei a caminhar, alguns passos a frente cheguei em um lugar, uma ruina que sempre me intrigou, as plantas a volta tinham uma luminescência azul leve, e iluminavam o lugar das ruinas, era um grande arco de pedras com quase três metros de altura, ele tinha centenas de runas mágicas escritas nele, runas tão complexas que nem mesmo Bayon conseguia ler, Bayon na minha infância havia me contado que aquelas runas magicas eram runas elficas, as runas mais poderosas já criadas na história, e que infelizmente se perderam no tempo graças a quase extinção da raça elfica. Hoje se acredita que não existam mais elfos de puro sangue, Varias famílias aristocratas de diversos reinos tinham a pessima mania de capturar elfos e cruzarem com seus filhos para conseguirem uma geração de magos mais poderosos, alguns até achavam que consiguiriam achar o Khaos elfico em alguns desses, mas provavelmente o Khaos elfico sumiu a milhares de anos junto com o grande exterminio na guerra.
O khaos, uma magia única e milenar. Uma magia capaz de unir todo o conhecimento e poder de uma raça em um unico ser. Dizem que apenas um ser de cada raça possui a magia do Khaos, e que ela é passada de forma hereditária dês dá época de merlin, Hoje em dia temos apenas conhecimento de Bayon, o usuário do Khaos dos anões, mas nem mesmo ele foi capaz de utilizar tamanho poder por completo, ele diz que não é capaz de usar nem 50 porcento do poder total, e que isso era um segredo que eu nunca devia mencionar.
ainda olhando para o belíssimo arco a minha frente, lembrei de sua história, me disseram que ele era um portal para o plano astral, uma dimensão invisível que ocupa o mesmo espaço que a nossa, mas que humanos normais não podem ver, sentir, ouvir, nem nada do tipo, os únicos que conseguem tal façanha são os magos, que conseguem sentir os resquícios desse mundo, a magia.
passei meus dedos sobre a superfície desgastada e faltando pedaços do grande arco, meus olhos seguiram as magníficas runas precisamente desenhadas sobre a superfície da pedra.

As horas se passaram rapidamente, quando percebi o sol já estava acima de mim, me toquei o tempo que eu havia perdido aqui, e me dirigi de volta a Listra, ela ainda se encontrava deitada no mesmo lugar descansando, montei em suas costas e lhe dei duas batidas sobre a cabeça, listra se ergueu e bateu asas de volta ao palácio.

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⏰ Última atualização: Dec 15, 2020 ⏰

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CENTRAL KHAOS - Espiritos bestiais {Livro - 1}Onde histórias criam vida. Descubra agora