8: SINDRIA - A discussão

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PONTO DE VISTA DE DAIRA LIRAPIA
Sentada ao lado de meu irmão, olhei no fundo dos olhos do meu pai o imperador, o anão Bayon se encontrava em pé a frente da porta de carvalho, como se estivesse impedindo a saida de alguém, meu pai então cortou o silêncio e me perguntou:
"O quanto de nossa conversa você ouviu?"
"O suficiente" respondi "Você não pode me deixar no castelo nessa viagem também, eu já sou uma adulta, você não tem direito de me deixar presa aqui a vida toda! eu exijo que me deixe ir, até meu irmão vai, porque eu não posso ir?" disse sabendo qual seria sua resposta, seria alo como: você ainda não pode, ou, ainda não é a hora. odiava todas aquelas palavras que eu havia escutado a minha vida toda.
meu pai então me fitou com os olhos e disse finalmente:
"é óbvio que você vai, nós precisamos de voc..."
"Eu sabia!" gritei "Você vai me deix... espera, o que?"
"eu estava dizendo que você vai conosco dessa vez, é o aniversário do seu futuro cunhado, obviamente você deveria aparecer para demonstrar respeito ao futuro rei do império de Valgram."
"Você vai mesmo me levar pai?!" senti meu rosto corando e minha empolgação subindo
"Sim... já está na hora de você conhecer o seu futuro marido não é mesmo?"
O meu futuro marido... o príncipe Ashua, segundo príncipe na linhagem do trono, como Será que ele é? alto? forte? um homem bonito? eu nunca o vi, mas mesmo assim estou prometida a ele, dês da minha infância eu me agarrei ao sonho de me casar e ser livre desse maldito palácio que me prendeu a vida toda, eu não quero passar minha vida inteira aqui, e no meu caso, casamento significa liberdade, eu irei me tornar livre finalmente.
"meu irmão Tercio vai conosco?"
Tércio, meu irmão que no momento usava uma armadura branca que todos os paladinos usavam, juntamente com uma capa azul petróleo pendendo de seus ombros me olhou, olhos fundos com olheiras visíveis, mas com um sorriso acolhedor, meu irmão é a pessoa mais gentil que eu já conheci, nós passávamos horas brincando juntos na minha infância, mas quando ele se tornou um paladino não tivemos mais tempo pra conversas ou brincadeiras, ele simplesmente some em missão e volta depois de meses com olhos fundos de quem não dorme a semanas, tem tanto tempo que não conversamos que hoje eu nem sei se o conheço mais.
"obviamente irmã, eu sou um dos principais guerreiros dese reino, devo estar junto de meu imperador onde quer que seja"
meu pai então levantou uma mão e disse:
"dito isso, você pode voltar ao seu quarto Daria" Quando tentei me levantar para sair, ele levantou a mão novamente "Bayon, conduza a princesa até seus aposentos para que ela não desvie de seu caminho"
Bayon, um anão robusto com queixo largo e cabelos curtos, seus olhos eram castanhos e seus cabelos levemente grisalhos com entradas gigantescas na parte superior da testa, além da barba que lhe davam um ar sábio. o anão tinha por volta de 147 cm de altura, o que era surpreendentemente alto para um anão, ele usava um peitoral de armadura branco como todos os paladinos, um sinturão na sintura e uma espada pendendo na lateral do quadril, a capa azul petróleo pendurada em seus ombros arrastava no chão enquanto ele andava em minha direção, seus braços largos a mostra se estenderam até mim, eu senti sua mão larga tocar meu ombro e sua voz rouca me dizer:
"está pronta pequenina?"
antes que eu pudesse responder senti o espaço se distorcer a minha volta, meu estômago se embrulhou e eu senti uma forte ânsia de vômito, meus olhos se arregalaram, foi como se cada célula do meu corpo se desprendesse e contorcesse em centenas de direções diferentes e impossíveis, até que eu consegui abrir os meus olhos, ao abrir me vi novamente em meu quarto, como se em um segundo eu tivesse atravessando o espaço e saido do salão de reuniões e chegado no meu velho quarto.
Bayon ainda se encontrava do meu lado e me olhava com um leve sorriso, ele me disse:
"você está bem pequenina?"
"Estou sim Bayon, obrigada pela carona, mas da próxima vez prefiro ir andando"
Bayon abriu um sorriso e gargalhou
"HAHAHAHA! você é fraca minha jovem"
"Como cacete você consegue usar esse maldito teletransporte e não vomitar toda vez que usa, seu velho maldito?"
"olhe essa boca princesinha! se seu pai ouvir isso é masmorra na certa! HAHAAHA!"
"Bayon seu grande idiota, é bom que você tenha me trago algo dessa vez"
"oh, você não acha que está um pouco mimada pequenina?acha que eu devo trazer algo em toda expedição que faço?"
"Obviamente! você deve obedecer sua princesa!" que audácia" disse com sarcasmo e colocando a mão no peito enquanto dava uma leve risadinha.
"você não ouviu? nem mesmo o imperador pode me dar ordens, quem é você para me dizer algo criança?"
nós dois nos olhamos e caimos na gargalhada juntos, Bayon era um ótimo amigo, sempre esteve comigo.
"bom princesa, creio que chegou minha hora e devo ir, você sabe, o homem que está concorrendo ao título de Décimo Primeiro Depois De Merlin é bem ocupado, você sabe, um dos homens mais poderosos da história e blá blá blá"disse ele se gabando de seu poder imenso
"há, esse título não é só por causa do Khaos? ou sei lá qual é o nome..."
Bayon levou a mão sobre minha boca e disse seriamente:
"já lhe disse para não mencionar esse nome em lugar algum, isso é um segredo milenar criança, ninguém pode saber!"
"ok ok, não irei repetir isso novamente, agora dê o fora projeto de ser humano"
"durma bem, projeto de princesa"
Bayon fechou a porta do meu quarto e saiu, olhando pela janela vi a lua resplandecente no céu, sem perceber caí no sono profundo.

CENTRAL KHAOS - Espiritos bestiais {Livro - 1}Onde histórias criam vida. Descubra agora