Momo estava mais entediada que nunca. Os dias eram monótonos atrás daquele balcão cheio de delícias — que infelizmente ela não podia provar.
Além disso, quem vai a sorveteria às 9 da manhã em um dia de sexta feira? Infelizmente para ela, reclamar sobre a falta de movimento e sua completa inutilidade naquele horário só garantiria uma carta de demissão e mais reclamações ao pé do seu ouvido.
Alguns dos seus poucos colegas de trabalho estavam na cozinha, se preparando para o final de tarde, o horário de mais movimentado do estabelecimento.
Bem, todos com exceção de Jeongin, o garoto que a recepcionou no dia que esteve na sorveteria pela primeira vez. A pouca idade do garoto ficava clara pelo seu rosto imaturo e o aparelho nos dentes; claramente aquele era seu primeiro emprego.
Ele estava alí, limpando as mesas, mesmo que elas já estivessem impecáveis. As vezes ele era tão esforçado, que ela suspeitava que, secretamente, o garoto planejava conquistar algumas promoções e tomar o lugar da gerente.
E falando do demônio, ela também estava lá, sentada em uma mesa ao lado da porta de entrada enquanto ouvia música nos seus fones de ouvidos e lixava as unhas.
Mesmo sem ter ideia do porquê, Momo não ia com a cara de Nayeon.
Assim que se encontrou pela primeira vez com a mulher, ela sabia que tinha algo de diferente no modo que ela a olhava. Era como se enquanto Nayeon a encarava ela pudesse ver toda sua alma. E Momo não se sentia nada confortável com isso.
A japonesa também não fazia ideia de como foi aceita no emprego, pois realmente não demonstrou nenhum interesse na sua "entrevista", além do fato da gerente ter feito pouquíssimas perguntas.
Ela supôs que apenas parecia confiável.
A porta do estabelecimento foi aberta, a despertando dos seus pensamentos. Momo endireitou sua postura e colocou o sorriso falso no rosto para atender a cliente, mas a mulher nem fez questão de se aproximar do balcão.
A moça alta e loira se sentou ao lado de Nayeon e tirou os fones de ouvido da gerente para chamar sua atenção. Nayeon arregalou os olhos ao vê-la e se pôs de pé quase que imediatamente.
— Senhorita Son. Que visita inesperada! — A risada nervosa da mais velha deixava claro seu pânico.
Jeongin se aproximou do balcão, observando a interação das duas ao lado de Momo.
— Essa daí é a dona da sorveteria. — Ele sussurrou, explicando o contexto para a japonesa que entendeu o pânico da gerente.
— Eu já disse que você pode me chamar de Jeongyeon. — A mulher respondeu, rindo do nervosismo de Nayeon. — Eu estava indo para o restaurante e decidi passar aqui para ver como estão as coisas.
— Aqui está tudo ótimo! O movimento não é tão grande a essa hora, mas daqui a algumas horas isso aqui estará lotado.
— Fico feliz em saber disso e também que você esteja cuidando bem da sorveteria. — A tal Jeongyeon respondeu, ainda rindo da rigidez da gerente. — Enfim, eu também queria te perguntar uma coisa.
— O quê?
— Por acaso a Chaeyoung anda vindo por aqui e levando sorvete de graça para casa? — De braços cruzados e expressão séria, a pergunta de Jeongyeon intimidou a mais velha.
— Sim… E-Eu pensei que por ela ser sua irmã ela poderia fazer isso… — Nayeon respondeu, mesmo hesitante. A dona do estabelecimento apenas suspirou irritada.
— Por isso ela tem um estoque de sorvete no freezer. — Jeongyeon resmungou. — Enfim, não deixe mais ela fazer isso, okay? Se aquela folgada quiser sorvete ela que pague. A mesma coisa vale para a Tzuyu.
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Ballet Teacher [Michaeng]
FanfictionChaeyoung é a mãe solteira da pequena Seola, uma garotinha de cinco anos que ama brincar com cachorrinhos e dançar balé. Por conta do amor da filha pela dança, Chaeyoung acaba conhecendo Myoui Mina.