💕 Cap 01 💕

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Meu amor Saralima35 hoje o dia é todinho seu e mais uma vez quero te desejar um mundo de realizações... um dia cheio de felicidades e muitas surpresas... te amo minha panela... minha Cristina Yang... minha pessoa... esse presente é todo seu, feito com todo o meu amor ❤️❤️❤️

Mais um dia estava começando e como em todos os outros eu deveria ter levantado, feito a ronda da fazenda e agora, estaria em meu escritório, na empresa. Mas ao contrário, descidi tomar um remédio e passar todo aquele dia apagado. Isso mesmo que você leu, descidi dormir durante todo aquele dia. Era véspera de natal e tudo seria a mesma loucura de sempre. Compra de presentes... os nossos filhos ali... alguns netos... a nossa nora... a ceia de natal e o meu sogro. Eu estava de saco cheio, todo ano era a mesma coisa e desde que minha mãe foi embora para outro país, não tive ânimo para mais nada. Em realidade estava fracassando e não apenas como marido, mas como ser humano em geral. Eu e Inês não estávamos indo muito bem e não sabia mais o que fazer.

Estava tão cansada do dia anterior. Os nossos filhos haviam chegado com os pequenos e o meu pai. Foi aquela farra durante a noite, viemos nos deitar era bastante tarde. Quando acordei pensei que não encontraria o meu marido ali, mas me enganei. Ele estava dormindo, o que era estranho. Quando olhei para o lado, vi o vidro de remédio ali. Passei a mão em seu rosto e suspirei triste. Pelo visto teríamos um natal sem ele, sem o chefe da família. Tentei lhe acordar, mas foi em vão. Me levantei, fiz minha higiene e sai dali. Quando cheguei a mesa, já estavam todos lá.

Inês: Bom dia meus amores... bom dia pai - beijei o seu rosto e me sentei a mesa.

Emiliano: Bom dia mãe - sorri lhe olhando.

Gabriel: Bom dia minha filha - beijei o seu rosto.

Kassandra: Bom dia mãe - lhe olhei - o papai vai demorar para voltar?

Inês: Receio que sim - a olhei - na verdade, hoje seremos só nós sete... seu pai tomou alguns remédios e apagou... só irá acordar amanhã - suspirei servindo o meu café.

Emiliano: Quê? Como assim? Logo hoje que estamos todos aqui? - a olhava incrédulo.

Gabriel: Meu filho o seu pai deve está cansado, sei que todos queríamos ele aqui... mas ele precisou desse momento de repouso - lhe sorri calmamente - amanhã almoçamos todos juntos... vamos permanecer aqui - o olhei e olhei a minha filha - vamos organizar tudo meu amor, não se preocupe dona Inês - sorri.

Inês: Obrigada papai - lhe sorri - preciso da ajuda de todos... só assim terminamos mais cedo... amanhã Victor acorda e sei que estará bem descansado para aproveitar os netos e os filhos.

Emiliano: Claro! - olhei minha mãe e logo Kassandra, que forçou um sorriso.

Inês: Ótimo, agora vamos terminar esse café e dividir as tarefas.

Concordei com a minha mãe e pouco tempo depois estávamos na cidade, comprando o que faltava. Ela ficou com o vovô em casa e eu sai com o Emi. Fizemos todas as compras e aproveitamos aquele momento para matarmos as saudades. Nos encontrávamos a cada ano, estávamos em uma rotina pesada e já não tínhamos tanto tempo para estarmos na fazenda com os nossos pais. Todo ano nos reuniamos para passar as festas e algumas semanas de janeiro. Era sempre o momento mais aguardado por todos. Esse ano a Conny não pode estar ali, estava começando um trabalho em outro país e isso não permitiu que ela pudesse voltar.

Estava mais tranquila por tudo está em ordem. Os meninos haviam se responsabilizado pelas compras, Estrela ficou com as crianças, meu pai cuidando das coisas na fazenda e eu com a ceia. Foi aquela correria de todos os anos, mas que no fim valeu à pena. Tudo saiu perfeito, exceto pelo fato do Victor não estar conosco. Mas o meu pai estava certo, ele necessitava desse descanso e assim o fez. As coisas não iam muito bem entre nós dois e já não sabia mais o que fazer. Desde que os nossos filhos saíram tudo virou uma cansada e corriqueira rotina. Não fazíamos mais nada diferente, era sempre o mesmo. Aos poucos tudo foi apagando e o meu medo era um divórcio. Sabia que Victoriano era um homem bastante fogoso e já não me procurava mais para fazer amor. Temia que estivesse tendo fora, o que já não tínhamos em casa. No momento em que os meus filhos chegaram ali, descidi deixar tudo guardado e fingir que estávamos bem. O que não sabia, era até quando levaria essa farsa. Naquela noite nos reunimos na sala, trocamos presentes, palavras de carinho e como todas as famílias, nos reunimos na mesa para aquele lindo banquete.

Quando terminamos organizei tudo com a ajuda da minha filha e da minha nora. Os meninos tratam de cansar o bisavô que logo foi para a cama, seguido deles. Um a um todos foram se recolhendo em seus quartos. Ao entrar no meu tomei banho, me ajeitei e deitei ao lado dele. Fiquei ali a lhe observar, como sempre gostava de fazer. Senti algumas lágrimas me dominarem e logo as sequei. Não poderia me dar por vencida, iria lutar para que nada fosse ralo a baixo. Fiquei ali por um bom tempo e como não conseguia dormir, descidi ir ao quarto de minha filha. Vesti meu hobby e fui. Bati na porta e entrei.

Inês: Atrapalho? - sorri lhe olhando.

Kassandra: Claro que não - sorri e lhe chamei com a mão - também não conseguiu dormir? Como o papai está?

Inês: Não! - suspirei - você tão pouco... aconteceu alguma coisa? Seu pai está dormindo, não se preocupe - me sentei ao seu lado na cama.

Kassandra: Pelo menos alguém conseguiu, fora o vovô - ri - mãe... tem uma coisa que eu quero falar para a Sra, só não sei bem como - suspirei.

Inês: Deixa o seu avô - ri - ele sempre foi assim minha filha... piscou dormiu...- segurei sua mão - Kas sabe que pode me contar qualquer coisa... sou a sua mãe, mas também sou a sua amiga e assim seguirei sendo... não importa o que passe, eu e o seu pai sempre estaremos aqui... não tem que temer nos contar nada.

A olhei e suspirei triste.

Kassandra: Estou brincando... amo o vovô e sei o quão dorminhoco ele é - ri - mãe... eu vim para ficar... não voltarei mais - a olhei esperando sua reação.

Inês: Seu avô é dorminhoco sim e o seu sobrinho está no mesmo caminho... ele te ama abelhinha - ri passando o dedo na ponta de seu nariz - filha... tem certeza disso? Não quer mais voltar? O que aconteceu? Eu sei que ama a cidade e aqui não tem muito lugar que possa trabalhar... não estou dizendo isso pelo dinheiro, sabe que eu e seu pai podemos bancar tudo... mas digo pelo que ama fazer - falei calma.

Kassandra: Eu sempre amei esse apelido que ele me deu - sorri nostálgica - eu sei mãe e não sabe o quanto agradeço por todas as oportunidades que me deram... onde me ajudaram a chegar e pode ter certeza de que eu amo tudo isso... mas... além de sentir saudades de vocês e de casa... aconteceu uma coisa - mordi o meu lábio inferior.

Inês: Não tem o que agradecer meu amor... você, assim como os seus irmãos, são tudo de mais precioso e valoroso... fazemos tudo para que sejam felizes e realizados... eu sei que não é fácil morar sozinha, principalmente estando tão longe de casa... se quer voltar estamos aqui... sua casa está aqui, de portas abertas para te receber - lhe sorri - o que mais aconteceu? Fala meu amor, estou aqui para te ajudar.

Kassandra: Vocês são os melhores pais que alguém poderia ter - sussurrei sentindo meus olhos lacrimejarem - eu sei que fui irresponsável e que provavelmente irei lhes decepcionar com a verdade - abaixei o meu rosto - eu... estou grávida mamãe - falei sem lhe olhar.

Segurei em seu rosto e fiz ela me olhar. Passei a mão em uma carícia e  lhe sorri.

Inês: Minha filha... você não é irresponsável e não me decepcionou... aconteceu... está esperando um filho e não seria isso uma decepção e sim uma bênção - lhe sorri - e o pai do bebê? Ele já sabe?

Kassandra: Sim, eu sou mãe - sussurrei com os olhos cheios de lágrimas - ele não quer o bebê... ele é casado - falei de uma vez... o meu pior erro foi esse... me apaixonar por um homem impossível... me perdoe mãe - chorei lhe olhando - me perdoe por ser essa vergonha.

A puxei para os meus braços e lhe apertei. Ver um dos meus filhos sofrendo era devastador. Ser mãe é ter o coração quebrado a cada lágrima derramada pelos filhos. É querer fazer algo, tomar a dor e não poder.

Inês: Minha filha - fechei os meus olhos respirando fundo - o que fez meu amor? O quê? Você não é uma vergonha, não pense nisso... errou por se envolver com um homem casado... já aconteceu e agora tem que se cuidar e cuidar desse bebê... amanhã vou marcar o médico, precisa começar o acompanhamento... temos que conversar com o seu pai, ele precisa saber de tudo.

Kassandra: Eu me apaixonei mamãe... Não sabia que ele era casado... mas quando descobri já era tarde demais - solucei chorando - eu não quero mais ver esse homem... não quero ter que voltar... quando o papai souber vai me expulsar de casa... não posso fazer isso... não posso...

Continua...

¿Quién Diría? - Inês y Victoriano (Concluído)Onde histórias criam vida. Descubra agora