não consigo cuspir as palavras, então as enrolo e encaderno.
e as guardo no fundo da minha gaveta.
onde não podem ser atingidas pelas goteiras do quarto e nem recheadas pela camada grossa de poeira que insiste em se formar nas estantes mais altas.
protejo elas a todo custo, para que ninguém olhe.
para que ninguém sinta a amargura e culpa que está descrita nas folhas amareladas, amassadas, molhadas com as lágrimas daquela que as apanhou.
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Bilhetes Esquecidos
Poesiabilhetes que escrevi nas minhas noites acordada, destinados a ninguém em especial