Sans, o esqueleto estranho.

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Acordei, no dia seguinte com a mamãe ainda ao meu lado. Tentei levantar devagar sem querer acorda-la, pisei no chão gelado que me causou um bom arrepio, virei para Toril que lentamente escorria da parede e deitou-se na cama de lado. Talvez ela estivesse  muito cansada, essas noites mamãe estava dormindo  tarde, não sei o por quê, não perguntei nada, ela iria me dizer quando for a hora, não gostaria de apresa-lá em contar as coisas, e também era que mamãe tem alguns segredos, também tenho, então não poderia julga-lá.

   Com esse pensamento vou até o banheiro lentamente, fecho a porta e em seguida ligo o chuveiro em quando retiro minha camisola azul, me olho no espelho, e encaro meu corpo.  Ainda com um aspecto infantil e fragil, acho ele muito bonito! Não, não sou uma garota magra como as modelos com grandes seios e várias curvas pelo corpo. Sou até que bem cheinha, com uma barriga dupla e com grandes coxas. Quando entro no bóquis do banheiro, sinto o vapor quente me acolher, sinto uma sensação nostálgica.

   Lembro-mé  bem. Na noite em que resolvi fugir, estava cansada e com fome. Mas logo subo perto do monte Ebott e vejo escondido em meios as grandes árvores, fontes de águas termais, o calor que veio delas me fez sentir acolida. Olhei para ter certeza que não hávia ninguém por perto, quando senti que não haveria perigo me-despi rapidamente e me joguei nelas deixando o frio que sentia para trás.

   Depois do banho, vou até o quarto, enrolada na toalha, e Toriel  havia sumido. Será que ela já ja foi preparar o café da manha? - Mãe, a Senhora sempre tão carinhosa- Pensei enquanto me arrumava, desde o momento em que cheguei nunca pensei em ir embora, mas agora não tinha mais jeito, aquele sonho foi diferente, foi tão real! ver mamãe no chão, no com medo... Hunf, só de lembrar minha barriga já fica embrulho.

   Coloquei meu suéter favorito, uma meia calça preta, junto com um shorts meio azulado. Arrumei minha bolsa, e pronto estava na hora de ir.

   Fui até a sala, devagar e mamãe estava lendo um livro em sua poltrona - Como vou sentir saudades Toriel, do seu amor e de seus carinhos, como pode alguém querer fazer mal a você?- Seguro um pouco o ar, fecho minhas mãos e abaixo a cabeça.

- Mãe, como faço para sair das ruinas- Levanto a cabeça devagar, ao mesmo tempo, que ela faz um olhar surpreso.

- Q-que? Como assim querida? Ir embora? N-não, não. Por que isso agora? Não me ama mais filha?

   Sua última fala quebra meu coração, Toril se levanta e fica na minha frente.

- Escute mamãe, eu te amo e nunca vou deixar de te amar... S-só- Respiro fundo pensando no que dizer- Só, está na hora de ir. Q-quero ver o que tem além das ruínas, quero conhecer o mundo e-e e ver coisas novas. Eu venho vizitar, eu vou voltar para a casa.

      Minto pela primeira vez para Toriel, não ligo para o que tem além das ruínas e muito menos para a superfície. Só queria ficar com mamãe, ela é minha casa, ela é minha familia, não quero mais ninguém a não ser ela. Mais agora é tarde - Sinto muito mamãe Toriel, mais agora é minha vez de te proteger- Penso determinada, ao fazer o que acho certo.
   Mamãe Toriel respira fundo e anda até a escadaria, onde ela me proibiu de ir.

- Venham criança, vou te levar parar a liberdade- Toriel diz meio melancolia, logo desce a escadaria, e vou até ela
  O lugar que estavamos era famíliar, andamos e andamos, sem dizer ao menos uma palavra, o que começou a me incomodar.

- O que tem do outro lado?- Digo meio receiosa, ela respira fundo mais uma vez. Finalmente diz algo, no mesmo momento em que chegamos a um lugar, com uma porta igual a dos meus sonhos, o que me deixa preucupada.

- Frisk, antes de você ir, me prove, prove que pode se virar lá fora!- Logo tudo fica escuro, e quando olho para ela, as mesma lembranças do sonho voltam átona. Mate, mate, mate ela Frisk, mate ela... Eu ouço, eu ouço aquela voz mais perto de mim, estou acorda e não quero matar, não quero ouvir, só queria que tudo volta-se ao normal, sem aquele maldito sonho!

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