Eram quase 10 da manhã quando Carol despertou, ela se espreguiçou na enorme cama do enorme quarto em que havia se "hospedado". Imagens da noite anterior dela com Henry na cozinha surgiram a mente dela, e um sorriso bobo brincou nos lábios dela. Ela estava apaixonada e não tinha como negar aquilo.
Se levantou, tomou um banho um pouco mais demorado e relaxante, vestiu uma calça jeans e uma blusa um pouco mais confortáveis e antes de descer para encontrar Henry ou, quem sabe, poder preparar um café de surpresa para ele, resolveu ligar para Marie. Ela não tinha feito isso na noite passada, pois queria guardar um pouco daquele momento só para ela, mas, naquele momento, ela precisava compartilhar aquilo com a amiga, do contrário, explodiria.
A amiga demorou quase 5 toques para atender ao telefone e, quando o fez, parecia meio cansada e um tanto irritada.
- Oi. – ela disse meio seca.
- Parece que alguém não teve uma noite muito boa. – Carol brincou.
- Não mesmo e, para ajudar, estou de ressaca.
- O que você esteve fazendo enquanto eu estive fora?
- Socializando e criando contatos.
- Essa é a versão bonita para "badalando"?
- Exato. – Marie deu uma risada meio engasgada. – E então, como foi a SUA noite? – ela disse de maneira maliciosa.
- Foi ÓTIMA! – Carol disse alegre demais.
- Quer dizer que você transou com o Henry?
- MARIE! – ela disse alto demais.
- Ai, por favor, não existe uma maneira bonita de perguntar isso, até tem, eu podia dizer "vocês fizeram amor?" Mas achei meio piegas.
- As vezes me pergunto como a gente consegue ser tão amiga.
- Porque uma completa a outra, bobinha. – ela deu uma risadinha. – E então, rolou ou não?
- Não exatamente.
- Como assim?
- Ele meio que fez algo, completamente inesperado...na cozinha! – ela parecia meio surpresa e envergonhada.
- Uau, começamos assim então? E depois?
- E depois que nada. Depois fomos ver tv. Ele disse que queria deixar para depois, fazer as coisas de forma especial.
- Que fofo... – Marie disse meio irônica. - ...e romântico.
- Ele é romântico...muito! – Carol suspirou, completamente apaixonada.
- Ou ele é um pervertido, tipo o cara lá daqueles livros alguma coisa lá azul.
- Acho que você trocou as cores. – Carol deu risada. – Mas não, ele não é.
- Tem razão, ele não tem cara de quem seja. Ele deve só ser romântico mesmo. E você, pelo que entendi, parece estar apaixonada por ele.
- Como você descobriu?
- O suspiro foi de grande ajuda.
- Será que estou errada em estar sentindo isso? Será que é muito cedo? – Carol disse meio apreensiva.
- A gente não manda nessas coisas do coração. Não existe tempo certo ou errado para as coisas acontecerem. Henry não parece alguém que vai te machucar ou algo assim.
- Você acha que eu devo me declarar?
- Isso quem tem que saber é você, se você acha que está certo revelar o que está sentindo, só digo para ir em frente, mas se existe alguma pontinha de dúvida, melhor esperar mais um pouco.
- Tem razão.
- E o que você vai fazer, então?
- De verdade, não sei. Estou um pouco confusa com tudo que está acontecendo e na velocidade em que está acontecendo e alguma coisa está me dizendo para esperar um pouco mais.
- Talvez você deva fazer isso então. Aproveite esse tempo com ele, curta um pouco e faça as coisas em pensar nas consequências, quando você voltar para cá, ai sim, você pensa nisso.
- Farei isso. – Carol respirou fundo. – Agora eu vou descer e tomar um belo café da manhã e, quem sabe, aproveitar outras coisas também.
- É assim que se fala. Bom café da manhã, Carol, e vê se não se engasga com o leite! – Marie disse de forma maliciosa e, antes que Carol pudesse xingá-la, ela desligou a ligação.
Carol sentiu as bochechas corarem, o estomago embrulhar e uma leve pressão entre as pernas e, de repente, uma ideia louca veio a mente e ela resolveu descer e executá-la antes que perdesse a coragem.
Quando estava entrando na cozinha, ela ouviu Henry em uma ligação de vídeo chamada, ela não queria parecer bisbilhoteira nem nada do tipo, mas recusou entrar e ficou no cantinho da porta escutando a conversa.
- Eu já conversei com você, Dania... – Henry parecia meio sem paciência.
- Por que você não vem pra cá e a gente conversa direito? Eu sei que você está sentindo a minha falta da mesma forma que eu estou sentindo a sua. A menos que você esteja com alguém ai.
- Não estou com ninguém aqui. – ele mentiu e a boca de Carol, que estava ouvindo tudo, abriu espantada.
- Então por que não posso ir ai? – a voz da mulher atingiu um tom extremamente sensual e um barulho parecido com o de uma escova de dentes elétrica começou. – Você não imagina o quanto que eu tive que me divertir sozinha imaginando você, pensando que eram seus braços me apertando... – o barulho da "escova" pareceu ficar meio abafado.
- Dania, por favor. – Henry foi meio duro e o barulho simplesmente sessou.
- Eu acho que a gente...
-...outra hora, por favor. – ele a interrompeu. – Eu preciso desligar, estou meio ocupado.
- Me avisa quando você voltar.
- Ta. Tchau! – ele desligou a vídeo chamada.
Carol não conseguia ver a cara dele ou qualquer reação que ele estava tendo, o que era uma cara bem de desagrado que queria matar Dania. Mas Carol sentiu o coração quebrar de pouquinho em pouquinho, ela sabia que não tinha nada sério com ele, mas tinha deixado claro várias vezes que não queria ser apenas uma distração e brincadeira para Henry. Ela achava que ele seria diferente, que tudo aquilo que ele dizia e demonstrava era verdade e que, assim como ela, ele estava se apaixonando, mas aquela ligação só mostrava que ele era um covarde que estava brincando com ela e com a outra mulher. Ela respirou fundo, segurou a vontade de chorar e entrou na cozinha.
- Hey, bom dia Carol. – ela abriu um sorriso lindo quando ela entrou, e Carol só conseguiu pensar em como ele era um ótimo ator.
- Oi, bom dia. – ela abriu um sorriso bem forçado. – Marie me ligou, ela não está passando bem, vou precisar ir embora.
- É alguma coisa séria? – ele arregalou os olhos espantado.
- Não sei. – ela deu de ombros. – Por isso, preciso ir. – era uma mentira, mas a amiga iria entende-la.
- Eu te levo, consegui... – ele já estava tirando o avental, quando ela balançou a cabeça em negativa.
- Não precisa, já pedi um carro.
- Cancela, eu levo...
-...já disse que não, Henry. – ela disse nervosa e ele percebeu que algo estava errado. – Vou pegar minhas coisas e ir. Minha amiga precisa de mim.
Ela não esperou por uma resposta, apenas falou um obrigada e tchau bem secos, subiu para o quarto, chamou o carro de aplicativo, jogou tudo na mala e saiu rapidamente, quase como o Flash e entrou no carro, indo embora em seguida. Carol ainda foi forte e conseguiu segurar as lágrimas até entrar no próprio quarto, trancar a porta e se jogar na cama.
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Basic || Henry Cavill
Fanfiction"- Eu ia dizer algo do tipo: "estava por perto e resolvi visitar o lugar", mas é mentira. - ele esticou um buquê enorme de copo de leite cor de rosa, Carol não havia se dado conta de que ele estava segurando aquilo até o momento. - O que é isso? - É...