Capítulo 1

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Quando olho para toda essa riqueza me sinto aflita ,certa de que não era a neta que o meu avô desejava,  ele não escondeu a surpresa ao saber que eu era negra,  tinha uns oito anos e nunca esqueci daquele dia ,das palavras dele ,do jeito que me ol...

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Quando olho para toda essa riqueza me sinto aflita ,certa de que não era a neta que o meu avô desejava, ele não escondeu a surpresa ao saber que eu era negra, tinha uns oito anos e nunca esqueci daquele dia ,das palavras dele ,do jeito que me olhou , da forma como me senti, mas não tinha ninguém para cuidar de mim em Moçambique em Quelimane, tive que vir com ele para a sua mansão e viver em um lugar com um batalhão de empregados, fui sim muito mimada por todos eles,mas não pelo meu avô, dele nunca recebi um gesto de carinho que fosse apesar de sempre me esforçar para corresponder às expectativas dele sendo uma anfitriã perfeita em suas festas, mas tudo o fiz não o fez me olhar com outros olhos, para ele serei sempre a garotinha negra, a escurinha que o filho teve com a pobretona moçambicana - pensei disfarçando todos meus sentimentos mais íntimos e profundos e colocando um sorriso em meu rosto para receber os convidados do meu avô naquela noite de reveillon.
Meu coração bateu forte ao ve-lo chegar mais uma vez ele me olhou com desprezo e indiferença acho que ele nunca vai me olhar de outra maneira.
Ele caminhou em direção a entrada de casa onde eu estava ao lado do meu avô ,senti a boca seca meu coração batendo forte e para piorar tudo ainda tinha aquele cheiro do perfume másculo dele me enebriando .
-Boa noite Otávio! -ele falou a ignorando .
-Seja bem vindo Alessandro , aproveite a festa, minha neta vai lhe fazer companhia, pelo que vejo veio sozinho -o velho empresário falou já tinha percebido os olhares lânguidos da neta para o homem que era um parceiro nos negócios e para ele seria interessante se ele e sua neta formassem um casal.
Mas tinha percebido que o homem era preconceituoso racista, então teria que agir para fazer esse casal acontecer -ele pensou de afastou e se misturando com outros convidados.
Sozinha com ele peguei uma taça de champanhe e a levei aos lábios e bebi tensa .
-Nem pense que vou passar a noite toda do seu lado, mulheres como você não me atraem -ele falou com crueldade e frieza.
-Mulheres como eu, o que quer dizer? -perguntei sem ainda acreditar que ele estava fazendo um comentário racista de maneira aberta sem se preocupar em nem se quer disfarçar.
-Você entendeu muito bem o que eu quis dizer Rebeca -ele falou bebendo sua bebida.
-Porque você me odeia desse jeito? -foi a pergunta que não consegui calar dentro do meu coração.
-Porque acho patético os olhares apaixonados que você me dá, a forma como suspira quando me vê , chega a ser constrangedor -ele falou com escárnio e frieza.
Assustada e em choque por ver que o amor platônico que sempre acalentado por ele não era assim tão secreto quanto imaginava, ele recebeu, quem mais pode ter percebido ,o que sinto -Pensei sentindo uma vontade louca de chorar, mas me segurei, não iria ter a humilhação de chorar diante dele, erguendo a minha cabeça disse.
-O senhor ter uma imaginação muito fértil.
-E você é muito transparente, não consegue esconder o que senti -ele falou todo arrogante se afastando.
Respirei fundo e bebi toda a champanhe que estava em minha taça, indignada por um dia ter acalentado sentimentos tolos por um homem feito aquele que não passava de um racista sem coração, um poço de preconceito -Pensei fingindo um sorriso que estava longe de querer dar, o resto da noite foi um pesadelo, a contagem regressiva para o nosso ano que iria começar me fez jurar para mim mesma que iria esquece-lo nesse novo ano que vai nascer, uma certeza que se tornou ainda mais viva dentro de mim quando o vi beijando aquela loira que conheceu na festa.
A meia noite começaram os cumprimentos pelo ano novo, sabia que só precisava dar feliz ano novo ao meu avô e desaparecer daquela festa j,a tinha suportado provações demais por uma noite.
-Feliz ano novo vovô -falei dando um beijo em sua face.
-Espero que seja mesmo -o velho respondeu com sua costumeira frieza.
Já estava habituada ao modo de ser do avô sempre foi frio e distante com ela.
Em seu quarto tratou de tirar a maquiagem e o vestido ,ainda ouvindo o som da festa, vestiu sua camisola e olhou pela janela viu ele entrando no carro acompanhado p ela mulher e soube que iriam ficar juntos até o amanhecer de um novo dia em um novo ano.
Furiosa comigo mesma por me importar com ele ,sai da janela e se deita em minha cama na esperança do sono chega,r só que ficava se torturando pensado nele com aquela mulher desejando ser ela a mulher nos braços dele.
Aquilo não era amor nem podetia ser, era doentio amar tanto alguém que sempre lhe desprezou por sua da cor da sua pele, não se lembrava de uma ocasião social em que ele tivesse tido carinhoso com ela, sabia que ele apenas a tolerada por causa do avô eles tinham negócios em comum.
Droga não quero pensar em Alessandto Moretti nunca mais -pensou colocando o travesseiro sobre a sua cabeça.
No dia seguinte ela estava tomando o café da manhã quando Barbara que era a governanta do avô apareceu e lhe disse.
-Feliz ano Novo menina.
-Para você também Barbara -ela respondeu tomando seu iogurte de morango.
-Aconteceu alguma coisa menina, parece triste? -ela indagou sentando-se na cadeira em frente a ela.
-Não, está tudo bem, a festa do meu avô foi um sucesso -ela falou querendo mudar de assunto.
-Tem a ver com aquele emproado do senhor Alessandto ? -Barbara insistia.

-Não sei do que está falando -disse tentando desconversar.
-Menina não negue ,ja percebi que gosta do sujeito apesar dele não merecer é tão doce merece ser feliz ,por isto lhe peço para que o esqueça de vez..............

Queridos leitores história nova espero que gostem comentem e deixem votos beijosssssssssssssssssssss

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