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Por Meryl

A primeira vez que vi Anahí, senti algo diferente, de imediato não consegui explicar, ela era muito parecida com minha filha, os mesmos traços do rosto, o estilo do cabelo, a cor dos olhos e o que mais me deixou surpresa foi os traços de pintura.

A cada dia que passava, eu me senti mais próxima dela, então quando eu voltei para Dinamarca, resolvi investigar a sua vida.

- Encontrou alguma coisa? – Estava ao telefone com o investigador real. – ótimo, te espero aqui as 16:00. – Assim desliguei o telefone.

Durante o tempo que fiquei do telefonema até o horário da visita de Jorge, resolvi pintar e fiz um lindo jardim.

- Alteza, o Senhor Webster chegou. – Avisou-me Marta, uma das minhas fieis empregadas.

- Obrigada Marta, acomode-o na sala do chá, e prepare um para nós, ok? – Ela assentiu e fez uma pequena reverência e saiu.

- Jorge, que bom revê-lo. – Disse a ele com um enorme sorriso nos lábios. – Sente-se por favor. – Mostrei o sofá a minha frente. – E então o que descobriu?

- Então vossa alteza, descobri que ela foi adotado por um casal estadunidense, e que foi deixada na porta de um orfanato, porém não se sabe quem a deixou lá?

- Infelizmente não duquesa, porém tive acesso a câmeras aos arredores do orfanato, como o bairro é bem violento, alguns pontos comerciais resolveram aderir ao sistema de câmeras e alarmes. – Concordei com a cabeça. – Consegui fazer uma cópia aproximada da gravação no momento exato em que a bebê foi deixada na porta e no momento em que as freiras a pegaram.

Assim ele me mostrou, as imagens, uma com o zoom reduzido e outra com o zoom no rosto da criança, quando olhei meu coração gelou, era exatamente a feição da minha netinha. Um misto de ângustia e felicidade se instauraram em mim, não sei explicar.

- Alteza? – Chamou-me Jorge. – Qual o próximo passo?

- Eu não sei, acho que o teste de DNA seria o mais viável. – Ele assentiu.

- Certo, vou providenciar as amostras.

- Não! – O cortei. – Deixe isso comigo. – Concordou comigo.

- Como desejar alteza. – Esboçou um sorriso.

- Vamos tomar nosso chá? – O convidei que aceitou prontamente.

Estávamos nos deliciando com quitutes quando Marta entrou na sala e disse que era uma ligação de Andorra, meu coração deu uma batida errada

- Alô? – Falei de um lado da linha.

- Duquesa, boa tarde. Aqui é o Christopher Von Uckermman, da casa de Andorra, como vossa senhoria está? – Senti uma voz preocupada.

- Oh, querido! Estou bem, obrigada por perguntar. – Respondi. – E com você?

- Estou bem, mas não trago notícias boas, senhora. – Falou pesadamente.

- O que aconteceu? Larissa está bem?

- Sim, ela está duquesa. Mas Anahí não. – Estava perto de uma mesa, quando ele pronunciou o nome dela tive que me segurar na mesa do telefone.

- O que aconteceu com ela? – Perguntei, que prontamente me contou o que ocorreu. – Certo, chegarei aí o mais breve possível, obrigada por me avisar e diga ao príncipe que farei o teste de compatibilidade.

- Ok, duquesa. Desculpe-me tomar seu tempo. – Disse ele.

- Não tem problema, obrigada por me avisar. – Desliguei o telefone.

O Príncipe do LesteOnde histórias criam vida. Descubra agora