O Príncipe do Leste

6.

Um mês se passou, um mês longe de casa, não posso negar que os empregados daqui são uns amores comigo e que Mai se tornou minha amiga mais próxima, em uma dessas vídeos chamadas Mai estava junto comigo e conversou bastante com Dulce e logo se tornaram amigas, percebi que Ucker mudava sua postura relaxada, só na presença do príncipe. Teve uma vez que a família real teve um evento em outro lugar, entendi que seria no castelo da Lady Lindsay, essa por sinal, demonstra que não gosta de mim, sempre tentando me diminuir.

Então resolvemos sair, Ucker queria me mostrar a cidade, então fomos eu, ele, Mai e Petter, um senhorzinho muito legal e engraçado, ele cuidava de todos os empregados, poiis Ucker ficava só com os assuntos reais e de tutoria. Me levaram para um passeio por toda a cidade, era linda durante a noite, fiquei deslumbrada com a galeria de artes, que estava tendo uma exposição de Picasso

Já a Princesa Larissa, é um amor de menina, sempre alegre, muito inteligente, certo dia estávamos brincando de piratas e ela chamou seu pai para brincar, ele por sua vez lançou-lhe um olhar fulminante para ele, senti muito dó da pequena, que pai faz uma coisa dessas, com a própria filha? Mas, minha relação com ela se tornou forte, para tudo ela fala comigo, temos um elo forte por assim dizer.

- Any! – Gritou a menina assim que me viu na porta de entrada a aguardando e abraçou minhas pernas. – Estou cansada de tanta fotos. – O compromisso de hoje era estudar e ir com seu pai para um evento de construção do novo hospital pediátrico.

- Ahh é? E tirou bastante fotos? – Indaguei-a, ela fez uma careta, mas assentiu positivamente.

- Fiz, minhas bochechas estão doendo. – Falou colocando as suas pequenas mãos na região que mencionara.

- Eu imagino. – Sorri amorosamente para ela.

- Larissa! – A voz de um homem me fez gelar, não era o mesmo gelo que o príncipe me causava, era um arrepio de medo? Sim era de medo. – Seu pai está lhe chamando pequena.

Quando me virei dei de cara com olhos escuros, os mesmo que me atormentava quando era pequena, mas como se nunca tinha visto na vida? Percebi que ele também paralisou ao meu ver, estava com um olhar surpreso? De ódio?

Mas, o que está acontecendo aqui? – Perguntei-me mentalmente

- Titio Collin! – Disse uma mulher que logo decifrei ser Lady Lindsay, logo nossos olhares se desviaram e voltei a olhar a princesa que até agora estava agarrada atrás da minha perna.. – Por que não me avisou que viria, eu tinha te esperado. – O homem abraçou-a e esboçou um sorriso. – Vejo que conheçeu a nova tutora da princesa?

- Owww, mil perdões senhorita... – Fez um gento para que eu dissece meu nome.

- Portillo, Anahí Puente Portillo. – Ele esboçou um sorriso frio.

- Prazer, meu nome é Collin McFlaien, Duque de Andorra. – Fiz uma pequena reverência para o homem a minha frente. – Vejo que conhece o protocolo, muito bem.

- Querida. – Se virou para a sua sobrinha. – Podemos conversar? – Olhou para mim e para a princesa. – Em particular.

- Peço licença senhores. – Fiz mais uma reverência e sai de mão dadas com a princesa que estava saltitando pelo hall de entrada.

Chegando ao quarto de Larissa ela se soltou da minha mão e foi correndo se jogar em sua cama.

- Aquele homem me dá medo, Any. – Falou a pequena.

- Ahh é, por que? – Perguntei, tentando ir mais afundo no assunto.

- Não sei, ele me dá medo. – Deu de ombros. – Vamos brincar? – Mudou completamente o foco da conversa.

- Vamos, mas antes iremos trocar esse lindo vestido. Tudo bem? – Ela assentiu com um enorme sorriso no rosto. – Do que você quer brincar? – Indaguei-a enquanto pegava uma roupa mais confortável e quente, pois estávmos entrando no inverno.

- Quero brincar de piratas! – Exclamou ela.

- Piratas? – Ela concordou. – Essa é nova, mas adorei a ideia, podemos confeccionar nossas espadas, o que acha? – Ela alargou mais o seu sorriso.

- Meu papai não vai brigar? – Indagou preocupada.

- Claro que não, se ele brigar eu te defendo do temível capitão Herrera. – Engrossei a voz para parecer mais temível o que fez ela gargalhar.

- Sabe Any? – Perguntou ela e soltei um hmm, enquanto estava vestindo-a. – Queria que você fosse minha nova mamãe e não a Lady Lindsay.

- Hey! Não diga isso, a Lady Lindsay ela é muito bonita e gosta do seu pai e vejo que gosta de você também. – Agachei-me e a encarei. – Seu pai ficaria muito triste ao ouvir isso de você. – Ela assentiu tristonha. – Mas venha, vamos brincar de piratas.

Estávamos nos divertindo a beça no jardim do castelo, quando senti uma presença atrás de nós, quando virei-me dei de cara com ele.

- Vossa Alteza. – Parei imediatamente de brincar e fiquei de pé. – Desculpe-me não vi o senhor chegar.

- Eu ouvi risadas altas do meu escritório. – Apontou para a grande janela no canto do castelo. – Só vim ver o que a princesa estava aprontando, espero que não esteja te dando tanto trabalho.

- Que isso Alteza, ela é um amor de menina. – Terminei de falar e fomos interrompidos por uma pirata princesa.

- Papai! – Gritou ela. – Eu e a Any, estamos brincando piratas, venha brincar com a gente. – Percebi que seus olhinhos vibraram.

- Aww minha querida. – Pela primeira vez em um mês vi ele demontrar afeto pela pequena. – Eu não posso agora, tenho uma reunião muito importante. – O brilho dos olhos dela sumiram em um instante. – Mas pensando bem, os conselheiros podem esperar um pouco, né? – Um largo sorriso se formou no rosto de Larissa.

- Eba! – Deu pulinhos e bateu palminhas. – Você será o capitão Herrera que prendeu a princesa Any no seu navio e eu vou salva-la. – Ela pensou um pouco e logo falou. – Não! Já sei! Papai, você vai salvar a Any e eu vou ser o pirata do mal.

Quando ela falou aquilo, nós dois ficamos sem graça, mas ago inesperado aconteceu, ele concordou com a ideia.

- Tudo bem! Vamos brincar.

Larrisa pegou minhas mãos e saiu correndo pelo bosque e depois de um tempo me "amarrou" com um corda invisível e foi correndo duelar com seu pai, com as espadas de isopor que haviamos confeccionado, foi uma disputa árdua, até que o príncipe venceu.

- Papai, você tem que soltar a Any do tronco. – Disse ela, que o fez assim que terminou de falar, fiz um gesto de agradecimento para o meu salvador, estávamos nos encarando com um sorriso no rosto, quando a menina nos interrompeu. – Sabe, quando um cavalheiro salva uma dama em apuros, ela dá um beijo em seu salvador. Como nas histórias que você me conta Any. – Disse ela dando de ombros.

- Oww minha querida, eu não posso. – Falei a ela. – Vamos brincar de outra coisa? – O rostinho que estava triste logo se alegrou.

- Vamos! – Exclamou a princesa. – Vamos brincar de pega-pega e meu papai pega. – Saiu correndo e o olhei.

- Se você não correr vai ser molesa te pegar. – Ele falou com um lindo sorriso no rosto e nossa que sorriso maravilhoso ele tinha, nunca tinha visto sorrir como hoje.

Começei a correr feito uma louca pelo lugar, o príncipe estava quase me alcançando quando tropecei em meus próprios pés e fui ao chão, fazendo assim ele cair por cima de mim, estavamos tão colados um ao outro, nossas respirações se misturando, meu coração por alguma razão começou a acelerar, ele foi aproximando nossas bocas, quando escutamos uma voz.

- Mas que diabos está acontecendo aqui?