L-Lia?

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Bill On

Cheguei em Gävle, e comecei a lembrar da minha baixinha, e o quanto tava tão perto de ver ela. Já tinha se passado uma semana, e eu tava morto de saudades dela. Daquele jeitinho carinhoso dela, dos seus beijos, dos seus abraços... só pensava nela. Enquanto eu ia para o Hotel, recebi a ligação do diretor do filme, que dizia que as gravações iriam começar a tarde. Como já era quase 12:00 P.M, já percebi que ia demorar a ver minha pequena. Chegando no hotel, faço o check-in, e a moça me entrega a chave do quarto. Percebo que lá fora já tinha umas garotas gritando muito o meu nome. Fiquei com um pouco de medo de invadirem o Hotel, e eu ficar sem saber o que fazer. Por sorte nem sequer entraram. Peguei o elevador, e cheguei ao meu quarto. Coloquei minhas malas no chão, e assim fui ao banheiro tomar um banho. Me lembrei de Lia encostando sua cabeça em meu peito, enquanto eu passava minhas mãos por seu corpo, e fazia ela ficar relaxada. Me lembro do seus toques tão suaves em minha pele, que só de pensar me deixavam excitado. Mas aquele momento não serviria para me aliviar, pois eu precisava estar às 13:00 P.M no estúdio para começar a filmar. Então, depressa vesti minha roupa e fui para lá gravar.

Lia On 

Depois de uma semana, eu ainda estava esperando Bill, e nada. E esses dias que passaram foram de grande utilidade para mim: acabei doando todos os meus vestidos fofos de "princesa" para quem mais precisava e adotei um visual mais atual, e até mesmo vintage dos anos 70/80. Na Universidade, todos tinham um estilo bem legal de roupas, e eu, por andar tanto com o Hans, Khristina e Greta, acabei adotando esse estilo de roupas aos poucos. Comecei a pegar um pouco de paixão por algumas roupas pretas, algumas brancas, vestidos colados e que marcavam bem o corpo. Não era problema para papai e mamãe, pois eles me deixavam ser livre para escolher algumas coisas que eu poderia levar para o resto da vida. Era demais. 

As vezes, eu parecia uma menina hippie, outras vezes parecia uma francesa, enfim. Eu absorvia tudo da moda dos universitários. Meu cabelo estava mais comprido, e mais escuro. E todos adotaram o apelido que Khristina e Greta me deram: Star. Sempre que precisavam de mim, me chamavam assim. E me acostumei com isso. Até os professores me chamavam assim, mesmo sabendo o meu nome. 

A cada dia que passava, eu me dedicava mais os estudos do meu curso, e ganhava destaque nas aulas. Aquilo me fazia destrair a saudade que eu sentia do Bill. Fazia dias que ele me ligou para saber o que estava acontecendo. Sentia falta da voz dele, do seu olhar, do seu sorriso. Ele é um verdadeiro príncipe. Por falar em Príncipe, ouvi o latido dele de alegria da última vez que falei com meus pais. Todos eles estavam com muita saudade. E eu mais ainda, claro. Eu dormia, estudava, ajudava meus amigos, comia e ia assistir as últimas aulas, esperava para jantar e ir dormir. A última coisa que eu olhava todos os dias, era uma foto de Bill, pedindo para ver ele logo.

Bill On

Como as gravações estavam ficando intensas, significava que também iam acabar rápido. Minha rotina de segunda a sexta era: acordar, tomar café, ir pro estúdio, voltar do estúdio, tomar banho, jantar, e ir dormir. Só. 

Eu me sinto culpado demais por não ter ligado para Lia todo esse tempo. Então, como era sexta, pensei que no dia seguinte, iria fazer uma surpresa para ela. Assim que gravei tudo, passei em uma joalheria, comprar um colar para ela bem delicado com uma pedrinha de diamante. Comprei e levei para o Hotel. Jantei, demorei um pouco, pois estava terminando de ler o roteiro de filmagens e fui tomar banho. Dormi tranquilo pensando na minha princesa. 

Quando a manhã de sábado chegou, me arrumei todo, me perfumei a ponto de deixar meu cheiro nela, desci para tomar um café, peguei um táxi, pedindo para me deixar na Universidade de Gävle. No caminho, passei em uma floricultura, e comprei um grande buquê de margaridas, e uma caixa de chocolates suíço: tudo o que ela mais adorava. Quando cheguei na Universidade de Gävle, tudo era muito bonito: tinha canteiros de flores, chafariz de escultura, vários caminhos que chegavam à fachada do prédio. Fui pelo central, que era só seguir reto. Depois disso, entrei no prédio e eu estava sem saber para onde ir. Até que vi duas moças e um carinha passeando pelos corredores. Parei eles e perguntei:

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