Isso dói

12 2 0
                                    

Bill On 

Meus olhos abriram e eu sentia meu corpo um pouco mais descansado, e eu estava bem mais calmo. Vi minha pequena dormir bem mais tranquila. Quem diria, eu que nunca gostei de brigas, simplesmente espancar um cara em defesa da minha princesa. Espero agora que ele não chegue nem perto dela, porque senão, eu mato ele, e possível que seja em seu sentido literal.  Não posso imaginar no quanto ela esteve triste e em como que ela lidou com aquilo. 

Fico olhando pro teto por 20 minutos, pensando em como tudo aconteceu, do momento que ela me contou, até os socos fortes que dei naquele cara. Vejo meus braços bem arranhados, e até mesmo um pouco feridos, mas isso não tira a minha imaginação. Ainda me sinto no mundo da lua, até certo momento. Sinto Lia rolar pela cama, é sem querer ela acaba se deitando em cima da minha mão direita. Sinto uma dor intensa em minha mão, e sem aguentar, acabo gritando alto:

- AIII, MINHA PEQUENA! - Vejo ela acordar assustada.

- O que houve, meu amor? O que aconteceu? Você tá bem? - ela abre os olhos e pula da cama, muito assustada.

- Minha mão. - digo isso começando a chorar. - Você deitou na minha mão. Tá doendo muito.

- Ah, meu amor, sinto muito, não foi de propósito. - diz ela, chorando de desespero. Sinto ela tremendo de tanto medo e me abraça bem forte, e choro em seu colo. - Por favor, deixa eu te ajudar. Por favor.

- Deixo. Só para de chorar, meu amor, por favor. Você não fez de propósito. Vai ficar tudo bem. - digo isso, secando as suas lágrimas. 

- T-tudo bem. Vou fazer uma massagem em sua mão. - diz ela, ainda com uma voz chorosa.

Ela beija meu nariz bem carinhosa, e pega uma caixa de primeiros socorros atrás da porta do quarto. Quando abre, ela pega um gel muito bem refrescante. Ela coloca em sua mão e diz:

- Olha, eu vou passar bem devagar. Se doer, você me avisa, que vou bem devagar. Tá bom?

- Sim, minha pequena.

Estendo minha mão, e ela pega bem devagar. Começa a passar suas duas mãos por cima e por baixo da minha mão direita. A dor é grande. Sinto minhas lágrimas rolarem de meus olhos, e ela seca. Ela me beija calmamente e cola nossas testas. Com isso, eu aceno a cabeça, para que ela possa continuar com a massagem. Quando ela passa suas mãos novamente, o gel começa a fazer efeito, ee minha mão fica bem gelada. Não sentia tanta dor assim. 

Quando ela acabou, ela lavou as mãos e disse que tinha algo pra me dar. Fiquei curioso, e quando ela trouxe, era um relógio vintage, do jeito que eu gosto. Coloquei ela pra bem pertinho de mim, onde eu poderia beijá-la sem nenhum problema. Ficamos um bom tempo nos beijando. Até que uma garota entrou no quarto e disse:

- ooonwt, que momento mais romântico - diz ela, fazendo um coração com as mãos.

- Greta! - disse Lia.

- Calma, vim só pegar um livro e já, já me mando daqui. - ela pegou o livro, e assim que ia saindo, ela disse: 

- Parabéns, cara! Aquele idiota já era pra ter levado aquela surra faz tempo. 

- Aaaanh... valeu, eu acho... - disse eu, com uma cara de duvidoso.

Vejo Greta sair, e Lia tocar os seus lábios em minha bochecha. Ela não parava de me olhar, e quando perguntei o que tinha acontecido, ela falou:

- Você é meu príncipe! Meu herói... 

- É o mínimo que posso fazer por você, meu amor. 

- Bill, tô com medo.

- O que houve? 

- O que vai acontecer com você agora quando for pra fazer as gravações? 

- Vai ficar tudo bem, minha pequena. Dou um improviso e vai ficar tudo bem.

Ela ficou calada, e me abraçou, e encostou sua cabeça no meu peito. Logo percebi o que também a preocupava.

- Você está com medo daquele cara voltar a te incomodar, não é? 

Ela só acenou a cabeça, concordando.

- Calma. Eu vou estar com você agora. Vou dar um jeito de vir te ver, e vou conversar com seus amigos pra não te deixar sozinha, tá bom? 

- Sim. Muito obrigada, minha vida!

Ela me beija e nós nos entregamos com nossos lábios se tocando. Era demais. Até que percebi que já estava de noite. Infelizmente, foi a minha hora de ir embora pra descansar. Andei com ela pelos corredores e encontrei os amigos dela. Pedi a ela pra pegar um refrigerante na máquina ao lado, e puxei os três. Contei tudo o que aconteceu mais cedo, e Hans e Khristina ficaram chocados. Greta estava sorrindo com aquilo. Eu falei pra eles:

- Gente, vocês sabem o quanto eu amo a Li... quer dizer, Star. E quero muito que não aconteça nada com ela. Por favor, posso pedir pra não deixarem ela sozinha, por favor? Ela ainda tá assustada. Prometo que assim que possível, eu venho aqui, visito, e tudo mais. Se puderem fazer isso por mim, fico muito mais do que grato. 

- Pode deixar, cara! A gente ama ela, a gente cuida dela.

Vi os três baterem as mãos, e eu sorria, pois sabia que ia deixar com pessoas de confiança. Quando Lia chegou, agradeci por ela ter pegado e aberto o refrigerante. Andamos até a fachada do prédio do campus e ficamos abraçados, e conversando. Infelizmente, deu a hora e o carro chegou pra me levar ao hotel. 

- Promete que quando chegar no hotel, você vai ligar pra mim? 

- Mas é claro, meu anjo! - disse, beijando sua testa. - Então, é isso, meu amor. Até mais ver! Eu te amo, de todo meu coração, minha pequena.

- Eu te amo mais que tudo no mundo. Boa noite, minha vida. Até mais!

Abracei ela, e dei um beijo bem gostoso nela. Entrei no carro, e saí, vendo a minha pequena acenar pra mim, em despedida, e me mandando beijos. 

2000Onde histórias criam vida. Descubra agora