What Lies Beneath by Sil Fraser

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NOTAS INICIAIS:

Me sinto tão feliz e privilegiada por dividir ideias e esse espaço com pessoas e escritoras tão maravilhosas!!! Nunca imaginei que eu estaria AQUI dois anos depois de escrever as minhas primeiras linhas! Trocar ideias com vocês foi sensacional, meninas! Gratidão! 🙏💜

Preciso agradecer aos momentos de troca com a minha mana Lay para construir essa oneshot, aos surtos divertidíssimos da Duda e à prestatividade da Paula, sem vocês essa estória não teria saído! PS.: Duda, você sabe sim ser uma excelente beta, pode acreditar! 💜💜💜💜💜

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Olá leitorxs!

Que emoção poder finalmente entregar pra vocês essa Oneshot! Não escrevo nada Sam e Cait há milênios (pelo menos é o que parece!) porque eu PASSO RAIVA com eles diariamente, só que os pedidos sempre foram muito insistentes e eu resolvi ceder... MAS vou fazer vocês sofrerem, desculpa... Pelo menos um pouco HAHAHA!!! 😅👀😜

Eu estou completamente apaixonada pelos personagens que escrevi (lembrem-se, são só personagens!), e espero que vocês gostem do que eu criei para esse Natal ligeiramente agridoce... 💔💔💖💖 Quis aprimorar minha escrita para o lado mais dramático (acho que poderia ter ficado mais, mas...), então depois me digam o que acharam por favor!

Como sempre, preparem os lenços para as lágrimas e o copo de água para o calor porque, mesmo no inverno, esses dois vão PEGAR FOGO! 🥺😭🤧💔🔥🥵🙌💘

Espero que gostem e gratidão por estarem aqui!

Boa leitura!

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24 de dezembro, 8 dias atrás.

"Quando você ama alguém, isso nunca acaba. Você segue em frente porque precisa, mas você os leva consigo em seu coração".

Elizabeth Chandler

Ninguém deveria viver pela metade. Se emocionar pela metade. Amar pela metade. Aprendi isso da maneira mais difícil e naquele instante estava completamente sozinha enquanto tomava a segunda garrafa de vinho do dia antes das 11 da manhã.

Aquela era uma quarta-feira de inverno tipicamente nova-iorquina e eu estava sentada no parapeito da grande janela da minha sala de estar, encolhida em uma coberta de lã grossa ao mesmo tempo que observava sem muito interesse a neve escassa cair lenta do lado de fora. Um pequeno milagre de Natal já que dezembro não é um mês propício para nevar em New York.

Bem, meu corpo estava fisicamente naquela cidade, mas a minha cabeça estava muito distante dali. Mais de cinco mil quilômetros distante, para ser mais precisa.

O crepitar da chama lenta que vinha das poucas madeiras que ainda resistiam ao fogo da lareira ressonava pelo ar enquanto eu observava o ir e vir das pessoas pelas calçadas do lado de fora. Na tentativa de se aquecerem, elas usavam seus enormes casacos, toucas quentes sobre suas cabeças e mantas ao redor dos seus pescoços mas, mesmo que eu tivesse certeza de que elas estavam passando muito mais frio lá fora do que eu, o frio que eu sentia correr pelas minhas veias há mais de 100 dias parecia ter congelado tudo dentro de mim. Me sentia anestesiada de certa forma, incapaz de sentir algo, tanto que tenho só uma vaga ideia do que fiz naqueles três meses.

New York sempre foi o meu lugar no mundo e o meu refúgio quando as coisas não estavam bem, exatamente como naquele instante. Só que "aquele instante" já durava mais de três meses e hoje, observando a minha situação sob uma nova perspectiva, eu não faço ideia de como o meu equilíbrio emocional não colapsou junto com a minha vida profissional. Eu estava tão confusa com o que seria da minha vida dali pra frente, que rumos seguir, quais escolhas fazer... e ter a lembrança dele gravada em cada canto daquele apartamento não me ajudava em nada a decidir o que era melhor para mim.

Projeto de NatalOnde histórias criam vida. Descubra agora