(...) Se você pudesse perguntar uma única coisa a alguém que, inevitavelmente, você terá que criticar, o oque perguntaria? O que sua mente poderia bolar que viesse a valer por toda uma crítica necessariamente desenvolvida?
Digo, se uma única pergunta fosse a responsável por definir determinado assunto, pessoa, objeto ou situação, oque você perguntaria?
A maioria de nós pensaria por horas em algo descente e acabaria chegando a um lugar com uma tantos outros milhões, mas não ela. Não aquela garota estabanada e fora de qualquer orbita imposta pelas leis da física. Não ela!
Óculos de grau pousados desajeitadamente sobre a ponta do nariz, cabelos presos e levemente desgrenhados pela inesperada corrida para chegar ao local marcado, caderno de anotações pousado nas pernas cruzadas e uma caneta esferográfica rabiscando rapidamente as folhas amarelas.
— Só temos tempo pra mais uma pergunta. - o homem com uma pequena prancheta em seus braços e óculos fundos na lateral da sala avisou para a mulher sentada diante aos inúmeros jornalistas.
— Obrigada. - agradeceu e virou-se de frente para o rapaz, acenando com a cabeça e voltando sua atenção para os 30 ou 40 jornalistas. — Vocês ouviram pessoal, última pergunta. - metade dos presentes ergueram seus braços, pedindo uma palavra. Os olhos verdes correram por cada um analisando seus rostos. Alguns já haviam feito diversas perguntas naquela tarde, assim como outros não haviam tido nem sequer a necessidade de erguer suas mãos em busca da jovem CEO. — Voc...
— Eu compreendo! - uma voz feminina exclamou no fundo da sala, atraindo a atenção de todos os olhares para a moça que acabara de ficar em pé, ajeitando seus óculos perfeitamente alinhados em seu rosto e encarando fixamente seu caderno. Os belos olhos azuis se ergueram e sua cabeça girou quantos graus fossem possíveis pela anatomia corporal, constatando que, inacreditavelmente, tornara-se o centro das atenções. — Desculpe-me ... - pediu tão baixinho quanto pode, acreditando que a jovem CEO pudesse escuta-la. Sentou-se em seu lugar novamente, abaixando o rosto e encarando suas anotações.
— Como você se chama? - a voz rouca e suave cortou o silêncio constrangedor instaurado na ampla sala iluminada. — Você, a garota loira, como se chama? - prosseguiu ao não obter resposta ou atenção do alvo de suas palavras.
— Kara. - tornou a falar tão baixo quanto podia.
— Era minha vez de perguntar e ...
— Com licença. - pediu a CEO, ficando de pé e fazendo um gesto com a mão para que Kara se aproximasse.
Com muito custo e rubor em suas bochechas, Kara foi capaz de se aproximar duas fileiras de Lena, encarando-a com expectativa.
— Você disse que compreende. - começou. — Oque você compreende? - o interesse na atitude atrevida e espontânea de Kara estava evidente, ela gostaria de saber oque aquela garota poderia compreender o que todos os outros presentes não tiveram a feito explicar ainda.
— Eu compreendo você. - simples e direta. Burburinhos se iniciaram tão rápido quanto cessaram.
— Compreende a mim? - arqueou uma de suas sobrancelhas, sugerindo a possível baboseira a ponto de escapar dos lábios da jornalista.
— Sim. - assentiu com a cabeça, reforçando sua fala.
— E como você fez isso? - apoiou as mãos embaixo do queixo e esperou por uma resposta bem elaborada.
— Eu li muito sobre você. - deu de ombros e algumas risadas puderam ser ouvidas.
— Leu como todos os outros? - a jornalista negou com a cabeça rapidamente, ajeitando os óculos.
— Não, não como eles. - suspirou e encarou seu bloco de anotações. — Eles lêem oque você já fez, eu leio oque você demonstra.
PS: Um capitulo por semana pois ainda estou escrevendo e com pouco tempo!!!
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My girl who understands. Supercorp - By Forsythefg
Fiksi PenggemarMy girl who understands, é uma história que está me inspirando a cada capítulo. Espero que vocês gostem, tanto quanto eu estou gostando em escrever.