ANDREW

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    Depois de cinco rodadas de um sexo muito louco com Sabrina, estamos deitados na cama de casal do hotel. Ela está de bruços com a cabeça em meu peito virada para a tv, onde está passando um filme de comédia. Passo a mão pela pele macia de suas costas, sua respiração fazendo cócegas no meu peito nu.

- como você tá, linda? - Pergunto devagar. Nunca a tinha visto brava daquele jeito, ela quase rachou o gelo de tão duro que saiu pisando da arena.

- Depois disso - sua mão desce até minha virilha e estremeço - estou sim

- Que bom... quer comer alguma coisa? - Ela apoia o rosto na mão e se vira para me olhar. Seus olhos profundos me fazem perceber que estou muito fodido.

- São duas da manhã Andrew - ela ergue uma sobrancelha e passa a língua pelos lábios

- E daí? - Estamos num hotel linda - digo me esticando para pegar o telefone na mesa de cabeceira.

   

 Eu e Sabrina não conseguimos voltar juntos porque, afinal, ela não sabia que eu viria então seria quase impossível comprar passagens no mesmo voo que ela. Mas vamos juntos até o aeroporto, e percebo que ela voltou a ficar mal-humorada.

- Linda, você não sabe perder, não é? - Pergunto acariciando seu rosto e ela se vira para me encarar.

- Eu sei, só não gosto - ela cruza os braços - ta, talvez eu odeie perder

- Ninguém gosta, mas você não pode deixar isso te consumir. Nem eu fico assim depois de perder um jogo.

- Já ouvi dizer que patinadores são um pouquinho mais competitivos que jogadores de hockey - ela resmunga e a envolvo num abraço apertado, tirando-a do chão - ai meu deus!! Andrew! Estamos parecendo um casalzinho meloso - ela reclama mas beija meu rosto

- Como se você achasse isso ruim- a solto e ela sorri - consegui o que eu queria - o alto falante chama os passageiros do voo de Sabrina - ta na hora de você ir Brina.

- Não vá morrer de saudades - ela pisca e me beija demoradamente, fazendo minha nuca arrepiar. A observo entrar na fila e depois desaparecer no corredor de embarque. Não demora muito o meu voo é chamado e duas horas depois já estou em casa. Envio uma mensagem para Sabrina para saber se ela chegou bem.

Chegou direitinho?

Sim, dei um chute na minha porta, acho que logo volto ao normal

Rio alto da raiva gigante dela

Tenho formas mais interessantes de usar sua raiva

Você gosta de apanhar né, pode admitir

Você sabe que sim amor

    Assim que envio a mensagem me arrependo. Nunca chamei ela assim. Para piorar ela não manda mais nada. Respiro fundo e deixo para lá, vou até a varanda fumar um cigarro para relaxar.


- Sabe se eu não te conhecesse diria que está apaixonado por ela - Nate diz apoiando o corpo na porta do meu carro.

- Não tô, só estamos nos divertindo - digo sem saber se acredito no que digo - vamos entrar - digo apontando para a arena - chega de falar disso.

- Só acho que você podia ser que nem eu irmão - ele aponta para si mesmo e sorri - um cara aberto, que diz o que ta rolando, as gatas adoram

- Falou o cara que só queria saber de transar com todas as garotas da faculdade. Essa é a primeira vez que você sossega. E eu te conheço há anos Nate - franzo a testa e ele dá de ombros

Frosty HeartsOnde histórias criam vida. Descubra agora