[ REPOSTANDO ]
Jungkook e Taehyung são casados há dois anos. Viviam uma vida normal e satisfatória como qualquer outro casal.
O que de mais valiosos tinham o casal eram seus momentos românticos de união juntos e a promessa de sempre serem um do out...
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#LembrançasOfTK
| Presente |
Segunda-feira. Treze horas e quarenta e cinco minutos da tarde. Três semanas.
Três semanas se sucederam da pior forma possível que alguém possa suportar. Cabelos descuidados, roupas desleixadas, horas de sonos desrespeitadas, alimentação desregulada e uma alma fora de órbita. Mesmo que Jimin estivesse se entregando com suor para me manter bem durante a recuperação, nada seria o suficiente para suprir a dor que insiste em martelar meu peito todos os dias, todas as noites. Olhando para o teto do quarto vazio, me questiono se um dia poderei sorrir novamente. Mas não sorrir sozinho, sorrir com ele, meu marido.
Três malditas e tortuosas semanas sem ele, sem o calor do seu abraço, sem o seu toque prazeroso em meus quadris. Eu poderia inalar os lençóis em busca do seu aroma adocicado como mel misturado com o cheiro sádico do seu suor, mas não tê-lo ali. Apenas meras alucinações que me amedrontavam em uma tortuosa lembrança dos nossos corpos colados.
Eu não aceito, não conseguiria aceitar viver com apenas notícias por parte de Jennie. Jimin as recebia e me contava depois.
Ele parecia alegre, indiferente da tragédia que nos circulava. Suas lembranças com a família permaneceram intactas e com isso ele convivia em bom estado e feliz.
E como eu o amava tanto, me sentia aliviado em saber tal coisa. Mas e quanto a mim?
— Jungkook?
Jimin move o trinco da porta apenas exibindo a cabeleira loura.
— O almoço está na mesa, quer comer um pouco?
Neguei, fraco e devagar. Ele não pareceu se satisfazer com a resposta e adentrou o quarto de uma vez se aproximando da cama e sentando-se do meu lado.
— Você precisa se alimentar, Jun. Não posso deixar que fique doente, Tata jamais me perdoaria.
Nada disse. Apenas continue com a faceta morta, sem ponto fixo para olhar.
As cores azul marinho e laranja do quarto antes significativas e tão reluzentes tão encantadoras se tornaram chatas e monótonas.
— Por favor… Eu fiz sua comida favorita — Jimin circulou suas mãos no meu braço me impulsionando a ficar sentado no colchão — Carne com batata, sei que você adora.
Fiz bico. Meu estado poderia ser facilmente comparado ao de um corpo sem vida apenas esperando pelo sepultamento. Não sentia mais o calor circulando por minhas veias, já não fazia mais diferença se meu coração batia ou não.
