(5) Correndo Nu ✿

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#LembrançasOfTK

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3 meses depois | Presente |

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3 meses depois 
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De três meses para cá nada mudou. Taehyung continua sem se recordar de quem eu sou e de quem somos. Jimin insiste em prosseguir com os cuidados,  mesmo eu dizendo que não precisa, que eu estava bem. Ele não acreditava nas minhas palavras, nem eu mesmo consenti com elas. Eram como facas atravessando meu peito todas as vezes em que Taehyung estava na nossa casa sem eu poder fazer nada, ele não iria lá para me ver, ele apenas iria ver a Jimin,  seu melhor amigo.  Era uma tortura escutar a melodia da risada do meu marido e não poder correr para abraça-lo. O doutor me assegurou que seria mais eficiente que Taehyung continuasse frequentando nossa casa para que as suas memórias fossem refeitas e recuperadas, porém, já se passavam malditos e tortuosos três meses.

Encarei o relógio de parede do consultório da psicóloga, era um pêndulo cinza que balançava de um lado para o outro. Por um momento imaginei a agulha do relógio velho flutuando no ar em minha direção e com rapidez atravessando o meu peito.  Foi ideia de Jimin marcar uma consulta na clínica psicológica mesmo depois de eu quase ajoelhar aos seus pais implorando para que tirasse a ideia da cabeça. Eu não precisava de psicólogo algum, apenas o abraço do meu marido era o essencial para que minha mente voltasse à sanidade. 

— No que está pensando, Jungkook? — A doutora vestia um jaleco branco e enfadonho com o típico odor do hospital. Ela era de meia idade julgando pela forma que o negro dos olhos dela estava esbranquiçado. 

— Em nada.

— O que seria esse nada? 

Suspirei fundo. Queria sair dali. Os ponteiros do relógio da parede marcavam exatas três e quarenta e cinco da tarde, Taehyung estava na nossa casa, este era sempre o horário que ele passava por lá. 

— Nada. 

Ela anotou algo em seu caderno e voltou a olhar para mim. 

— Me diga, o que está fazendo aqui? 

— Meu amigo que marcou. 

— O que fez ele pensar que você estaria precisando de uma ajuda psicológica, Jungkook?

— Pergunta pra ele. 

A psicóloga suspirou e  novamente voltou a anotar algo na caderneta verde. Revirei meus olhos e passei as mãos repetidas vezes no tecido da calça de moletom. Me sentia desconfortável dentro daquele ambiente decorado com estofados brancos. Tudo branco, branco pra lá e para cá, me deixava tonto. Fechei os olhos, suspirei fundo e soltei o ar devagar. Minhas mãos começaram a tremer. 

Antes do Amanhecer ✿ Taekook Onde histórias criam vida. Descubra agora