Amanheceu. Meus dedos cansados seguram a caneta que uso para escrever estes versos. Meus olhos sonolentos encaram o papel de carta e em meu pensamento passam-se inúmeras coisas, dentre elas o fato de que eu deveria estar dormindo. Mas o que posso fazer se todas as vezes que me deito na cama fria e fecho meus olhos, o que me vem é nada de sono e tudo de você? E eu preciso versar você. Preciso escrever sobre o seu sorriso, sobre seus cabelos que eu insistia em bagunçar ou sobre seus olhos castanhos que eu jamais pude decifrar. Preciso transcrever o que há dentro do meu coração para as folhas, para ver se arranco um terço de você de dentro de mim. Portanto, meu amor, deixo em forma de cartas tudo aquilo que sei e que sinto ao seu respeito. Deixo aqui todo o meu amor em forma de versos, versos estes que você jamais vai ler. Tudo isso porque eu sinto uma saudade sua, uma saudade tão grande que não cabe em mim e transborda. Uma saudade que só você não vê. Uma saudade sua.
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