Uma Corte de Estrelas Cadentes

A garota tinha seus olhos fechados, deitada na toalha estendida sob a grama, sua cabeça apoiava-se no travesseiro. Ela não só contemplava o céu que ser erguia sobre ela como ouvia com muita atenção todas as faixas de sua querida playlist: eram belas e tristes canções, compostas por alguém sem nome.

A contagem dos minutos era contínua. A ouvinte não precisava buscar por informação, ela sabia já no primeiro toque a música da vez. Todas elas eram parte dela, uma companhia conhecida. Ela precisava daquela seleção, não podia viver sem ela.

Aquela extensão profunda acima dela era uma visão linda, mas não era o que ela procurava, o que tanto ansiava. Para seu pesar, a garota só podia ver aquele céu em seus sonhos, não era o ideal, mas tinha que ser o suficiente. Perto da hora de dormir, a ansiedade a tomava. No outro dia de manhã, quando a claridade invadia seu quarto, Alina se arrependia de ter acordado.

O tempo que a davam era curto demais, Ali estava fadada a despertar com seu coração pesado de saudade, sua sina seria viver esperando a hora que ela veria de novo aquele céu. Algum dia talvez ela se acostumaria a isso.