Capítulo 14

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Alyssa Seaborn.

Apesar de ser verão, o dia amanheceu frio e chuvoso, eu odiava dias assim. Nada melhor que o brilho do Sol iluminando os meus dias sombrios. Coloquei uma roupa adequada para o presente clima e desci. 

Despedi-me dos gêmeos de manhã cedo antes de sair para o Laboratório Star e desejei boa viagem. Sophia e James foram para o Texas para o aniversário da mãe deles, Jensen por alguma razão desconhecida não havia ido junto. Talvez fosse mais tarde, já que os mais novos foram com alguns dias de antecedência.

James e Sophia me torraram a paciência para que eu fosse junto também, e embora eles dissessem que eu era da família, eu ainda assim me sentia uma intrusa nas festas da família Ackles. E eu não poderia ir, estava ocupada  com alguns relatórios da minha pesquisa.

Saí de casa depois dos gêmeos partirem para o aeroporto e não vi nenhum sinal de Jensen, o que eu particularmente achava o máximo, considerando os fatos do dia anterior em que quase nos beijamos, mais uma vez.

No começo, eu entrei no jogo de Jensen e deixei que ele fizesse o que quisesse, as provocações na quadra de basquete eram apenas flertes bobos que não nos levariam a nada. Eu estava me divertindo, e aposto que ele também estava, mas quando entramos em casa, o que era apenas brincadeira passou dos limites e quase resultou em algo que nós poderíamos nos arrepender.

Quer dizer, eu estava me divertindo com Jensen, e ele estava fazendo o mesmo comigo, não era sério.

Jensen amava a ex noiva e eu ainda gostava um pouco de Luke. Um homem como Jensen jamais me notaria em meio a tantas outras mulheres perfeitas no meio em que ele vivia, ricas, famosas e que não tivesse nascido quando ele já estava entrando na puberdade.

Eu não iria negar que se James não tivesse tomado iniciativa, eu deixaria Jensen continuar o que iria fazer, mas por quê, Deus? Por que diabos ele iria fazer isso? Jensen só podia ter perdido a noção. Eu não via outra razão a não ser essa.

Decidi ignorar o acontecido e focar no que realmente importava, aquilo com certeza não foi nada para Jensen e também não deveria ser para mim. Eu não diria absolutamente nada, mas também não o ignoraria novamente, eu não queria  mais que Jensen me visse como uma pirralha imatura que fugia dos problemas. Se é que o que aconteceu era um problema.

[...]

O horário do almoço chegou e eu deveria ir para casa, a chuva parecia ter triplicado desde o momento que eu havia entrado no prédio do Laboratório, saí do prédio, mas não consegui chamar nenhum táxi, este era mais um dos motivos para que eu odiasse tempos chuvosos. Fiquei na portaria enquanto pensava em uma maneira de chegar em casa.

Eu já podia sentir a pontinha do meu nariz esfriar, provavelmente estaria vermelho. Ótimo, não poderia ficar pior, cruzei os braços sentindo uma lufada do vento gelado me atingir, meus dedos estavam gelados e pálidos.

Pensei em pedir para Jensen me buscar, mas desisti da ideia ao lembrar do quê quase fizemos ontem.
Bufei irritada com meus pensamentos ridículos, eu não iria ignorá-lo mais uma vez. Com uma falsa coragem, respirei fundo e disquei o número dele, que atendeu rapidamente.

- Oi, Alyssa. Algum problema? – ele atendeu com a voz suave.

Demorei alguns segundos para responder, em êxtase.

- Aly? Você está aí? – a voz dele mudou bruscamente, cheia de preocuração.

Senti-me uma idiota por estar fazendo aquilo.

- O-oi, Jensen... Estou bem... – respondi quase atropelando as palavras. – Me desculpe ligar assim do nada, é que eu estou no Laboratório Star e está chovendo muito, não consigo pegar um táxi. Você poderia me buscar aqui?

A amiga da minha irmã Onde histórias criam vida. Descubra agora