Capítulo 28

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Alyssa Seaborn.

Depois de uma eternidade dentro do táxi, cheguei até a mansão por volta das três da tarde e entrei pela sala de estar, não vi nenhum sinal de Sarah ou dos gêmeos, também não vi Jensen, provavelmente ele estaria no estúdio aquele horário.

Eu ainda estava furiosa com Jensen, mas estava cansada demais para formular teorias do porquê de ele havia me deixado plantada no aeroporto por duas horas, eu tinha um relatório sobre a viagem para fazer e também planejava desfazer a mala, as minhas ocupações não me deixavam sofrer por motivos estúpidos.

Subi para o meu quarto e larguei a mala em qualquer canto, despi-me e tomei um longo banho quente na banheira, eu estava exausta, cada membro do meu corpo parecia implorar por descanso.

Vesti uma roupa confortável e fui em busca de algo para comer, desci até a cozinha e abri a geladeira a procura de algo fácil e rápido, juntei alguns itens e quando fui me virar para coloca-los em cima da bancada, fui surpreendida por um corpo forte da minha frente, mordi os lábios reprimindo um grito.

- Quer me matar do coração, Jensen? – perguntei com um misto de irritação e surpresa.

O susto trouxe a tona em minha memória o maldito beijo que Simon havia me dado, senti um frio percorrer em toda a minha espinha.

- Oi pra você também, Alyssa. – ele disse um tanto sarcástico.

Semicerrei os olhos e fechei a porta da geladeira com certa agressividade, digo isso porque ouvi alguns produtos de vidro fazerem barulho no seu interior. Jensen me olhou com os olhos terrivelmente verdes, arregalados e se esquivou involuntariamente.

Merda.

- Oi pra você também? – cuspi a pergunta com um ar colérico. – Eu te esperei naquela porcaria de aeroporto por duas horas e você não atendeu o celular. Onde raios você estava, Jensen?

Jensen levou a mão na cabeça, como se estivesse lembrando naquele exato momento do que havíamos combinado.

- Ai meu Deus, Aly! – ele exclamou, extasiado. – Me desculpe, eu esqueci completamente que deveria ir busca-la no aeroporto, não fiz por mal, me desculpe.

- E onde você estava que não atendeu nenhuma das minhas ligações? – perguntei, ainda curiosa.

- No estúdio, oras. Onde mais eu estaria? – ele disse simplesmente e deu de ombros.

Apertei os olhos, fitando Jensen em um olhar demorado.

- Me diga você.

- Para, Aly. Como eu iria te atender se estava gravando? – ele soltou com a voz calma, embora estivesse na defensiva.

- Tudo bem, Jen. Não quero brigar, estou cansada. – soprei, encarando o chão.

Jensen não disse nada, simplesmente se aproximou e me envolveu em seus braços, num abraço calorosamente demorado.

- Eu senti saudades, mocinha. – ele sussurrou próximo ao meu pescoço, fazendo com que eu ficasse arrepiada.

Encarei os olhos intensos de Jensen e aquela boca vermelhinha, logo a ataquei, beijei os lábios de Jensen como se minha vida dependesse daquilo, eu estava tão preocupada com o que acontecera no dia anterior que nem havia me dado conta que estava morrendo de saudades daquele idiota de trinta e dois anos.

Jensen puxou os meus quadris na intenção de nos aproximar, e enfiou uma de suas mãos em meus cabelos, estávamos tão próximos que eu pude sentir a sua ereção rígida como uma pedra, um beijo foi suficiente para animá-lo.

A amiga da minha irmã Onde histórias criam vida. Descubra agora