CAPÍTULO 2: O destino ao meu favor

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Aqui é a segunda parte.

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Acordei algumas horas depois, ainda insatisfeito, com dores e com sono mas ouvir pelo alto falante que já estávamos em Seul foi a minha primeira vitória do dia e por esse motivo ganhei forças para sair do aconchego em que estava.

— Com licença, poderia me informar está endereço? — questionei assim que coloquei os pés fora do vagão a uma pessoa qualquer que passava a minha frente.

Máscarei o sorriso mais gentil que eu era capaz de dar e seguidamente, ouvindo a voz docemente gentil da moça, sobre seus olhos amêndoados e lábios carnudos e roxos pelo frio a ouvi dizer;

— Ah, é a mansão Kim, não fica a mais de cinco quadras daqui, não tem erro é a maior casa da vizinhança. — e eu sequer imaginava que pessoas assim gostaria de viver em vizinhanças.

Pensei que pessoas com níveis tão alto de riqueza moravam sobre pedestais para que as pessoas podessem venera-los ou em locais isolados e nem chegavam a pisavam no chão. Mostrei os dentes em uma tentativa de sorriso muito estranha que estranhamente pareceu convencer — ou ela só estava fingindo, para a moça bonita de sorriso radiantemente pérolado.

— Muito obrigado. — e girei os calcanhares em sentido contrário sem antes receber um aceno de despedida muito meigo.

O resto do dia foi eu caminhando vários quarteirões procurando o número da casa, mas eu sequer precisava desse papel besta, uma vez que a... "Casa" era terminantemente inconfundível, sabia que ricos gostavam de exibir a riqueza, seja explicitamente ou não, mesmo que grande maioria preferisse explicitamente, mais especificamente físico.

Mas em anos da minha, — talvez nem tanto, monótona vivência, cheguei ao bel prazer de visualizar de perto o conjunto de esbanjamento, suntuosidade e concupiscência de grandezas bilionárias, sequer sabia que poderiam existir estruturas tão ginormicas quanto aquela e mesmo de perto, mal conseguia imaginar o quão grande poderia ser do lado de dentro. Deixei a minha admiração para depois e cuidei e procurar um jeito para entrar primeiramente dos portões.

Era uma organização bem ornamentada considerando oque eu podia ver além do portões, a mansão estava muito bem afastada, imaginei como poderia pular por aquelas lanças enormes de ferro e mesmo assim, com sangue nos olhos e já sentindo os ombros doloridos passei a escalar as lanças apoiando minhas mãos suadas em cada lado apertando-as com força e jogando meu peso contra a gravidade e quando finalmente consegui me esgueirar entre as plantas sabendo que poderia ser visto por funcionários e entrei meu queixo caíu.

Por dentro parecia ainda maior, assustadoramente larga e exageradamente espaçosa com escadas de longas extensões e separada em duas do qual se encontravam no meio do segundo andar, corrimão de madeira polida brilhando no reflexo dos lustres, o chão refletia meu rosto embasbacado com a quantidade de entradas que aquela única sala tinha, as janelas prismadas incidindo o arco de cores sobre os azulejos de cerâmica claro, era tudo um exagero luxuoso e extremamente caro.

Definitivamente o lugar mais rico que eu já coloquei os pés.

Engoli o espanto novamente, pela falta de experiências neste ramo, — eu não podia ser o mais habilidoso, mas era o mais esperto —, soltei o ar com força retirando a mochila das costas e quando eu estava prestes a abri-la e retirar de lá um pé de cabra mas antes que fizesse qualquer movimento um cheiro vindo de uma voz me assustou e sequer tive tempo de arrancar o pé de cabra.

Virei rápido, as pernas bambas demais.

— Nossa, finalmente em casa. — foi oque disse quando entrou, de costas para mim pousando sacolas de compras sobre o sofá caro. — Essa viagem não deveria ter acontecido, se eu soubesse que seria tão cruel comigo, teria cancelado desde antes, sabe oque aconteceu? Depois de visitar Hyunjo em Porteville, acabei voltando para a República Dominicana depois de um acidente com o cabelo de Tia Jobim e o fogo da churrasqueira, quem fica tomando chá tão perto de um negócio pegando fogo? — soltou um ruído de raiva e deboche. — Passei uma semana na casa de Emma e depois voltei para Califórnia, e a vida ainda não muito satisfeita com as minhas desgraças de viagem, tive que aguentar o humor ácido do meu filho durante esse tempo todo, foi um... Caos. — e finalmente me olhou percebendo que estava desabafando com um estranho. — Quem é você?

The Perfect Plan | TaekookOnde histórias criam vida. Descubra agora