Capítulo III

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CAPÍTULO TRÊS

O Lugar "mais tranquilo" que Edward prometera era realmente bem tranquilo. Era a sala de jantar da suíte dele, com vistas para os jardins do Embankment abaixo, e para o rio Tâmisa adiante. Bella tinha arregalado os olhos com a vista, mas não protestara ou dissera nada, simplesmente mirara o rio e a margem adiante.

— O Festival Hall, o National Theatre, a Hayward Gallery... toda a área de South Bank — disse Edward, aproximando-se por trás. Uma das mãos grandes descansou casualmente sobre o ombro de Bella, enquanto apontava com a outra os pontos citados. Ele sentiu calor sob o toque, através do tecido fino da blusa. Era como uma gazela, facilmente assustada, então ele manteve o contato breve.

Edward deu um passo atrás, um sorriso curvando a boca e olhos brilhando enquanto admirava o traseiro dela. Bella chamara o uniforme de ridículo. Ele tinha uma outra palavra para isso. Mas não a pronunciaria em voz alta. Em vez disso, meramente... apreciou.

Assim como, procedeu apreciando a companhia de Bella durante o jantar. Determinou-se a deixá-la à vontade, dissuadindo-lhe as dúvidas sobre o que estava fazendo lá com ele. Falou sobre diversos assuntos, sobre a vida cultural de Londres, mas ela respondeu, parecendo sem graça, que não ia ao teatro e não entendia muito de arte. Imediatamente, a lembrança de Tanya e sua prepotência em relação ao mundo artístico surgiram na mente de Edward, e percebeu que estava aliviado em não precisar discutir tais assuntos. Apesar de estarem conversando sobre tópicos menos intelectuais, sabia que não se sentia entediado. E sabia que queria deixá-la à vontade.

E acima de tudo, receptiva a ele.

Mas lembrou-se de que dissera que nada que Bella não quisesse aconteceria.

Durante os tópicos de conversa, escolhidos para o benefício dela... atrações turísticas de Londres era um deles... ele a estudou com objetividade. Bella devia ter aproximadamente 25 anos, e embora fosse reservada, essa era uma qualidade que Edward apreciava. Ela não o teria atraído, caso contrário. Não que, àquela idade, era provável que fosse virgem. Caso Bella fosse virgem, ele se sentiria muito mal sobre o que estava fazendo. Mas...

"Ela está aqui por livre e espontânea vontade, e deixei bem claro que a levo para casa no momento que quiser! Não pretendo machucá-la de maneira alguma! Apenas uma noite que ambos apreciaremos...", refletiu.

Decidido, Edward fechou a mente para a questão. Estava ali para apreciar a noite. E queria ser capaz de fazê-la se divertir também.

Satisfeito com sua consciência, serviu mais champanhe para ambos.

Quando a refeição deliciosa terminou, Edward dispensou os garçons e conduziu-a até o sofá para um café, certificando-se de sentar no canto oposto. Não queria deixá-la nervosa naquele estágio.

Olhou-a preguiçosamente.

Ele a queria. Era muito simples. Bella era uma linda mulher... completamente oposta às mulheres sofisticadas e seguras com quem estava acostumado a se envolver. E estava intrigado com a perspectiva de como seria experimentá-la.

Já se sentia divertido pela abordagem diferente que usava com Bella. Tinha de ser cuidadoso e não dar a impressão que a tratava com condescendência. Ela obviamente não possuía experiência naquele tipo de vida sofisticada, e Edward queria que aproveitasse a ocasião. Era como se quisesse... mimá-la.

Aquele era um pensamento estranho. Em geral não mimava as mulheres que escolhia para sua cama... caso contrário, elas tentariam tirar vantagem da situação. Mas aquela garota? Instintivamente, sabia que Bella não faria isso.

Moorings of PassionOnde histórias criam vida. Descubra agora