Capítulo IV

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CAPÍTULO QUATRO

Bella estava acomodada no assento largo de couro na primeira classe do avião, mal podendo acreditar no que estava acontecendo.

"O que estou fazendo, pelo amor de Deus?", continuava a se questionar.

As palavras circulavam lentamente em seu cérebro. Era difícil raciocinar com coerência. Na verdade, não queria pensar em absoluto. Queria simplesmente... aceitar. Aceitar que alguma coisa que nunca tinha acontecido em sua vida, e que jamais aconteceria novamente, estava ocorrendo. Havia passado a noite mais incrível e mais maravilhosa de sua vida com um homem que fora um estranho, 24 horas atrás. E agora, ainda mais inacreditável, estava voando para Nova York em sua companhia!

Era como algum tipo de fantasia... o tipo que você sonha quando está muito triste e precisando pensar em alguma coisa maravilhosa.

Ela virou a cabeça para ver o homem mais fantástico do mundo sentado ao seu lado. Estudou-lhe o perfil magnífico. A atenção de Edward estava focada no laptop em seu colo, sobre a mesa aberta diante do assento do avião, as pernas longas estendidas.

Bella suspirou silenciosamente. Deus, ele era uma visão fenomenal. Ela poderia admirá-lo como uma tola para sempre. Tudo sobre Edward era incrível... desde a nuca forte, aos cabelos escuros sedosos e bem-cortados, até a linha forte do maxilar, os cílios longos ao redor daqueles olhos que poderiam fazê-la derreter inteira apenas por fitá-la...

Uma onda de pura excitação a percorreu.

"Eu estou com ele! Edward está me levando para Nova York, e poderei continuar com ele durante todo esse tempo!", repetiu para si mesma.

Era nisso que Bella queria continuar pensando... continuar sentindo... como champanhe em suas veias, intoxicando-a. Mas o outro pensamento... o que tentava penetrar-lhe a mente devagar... também estava presente.

"O que estou fazendo aqui?"

A única resposta que podia dar era que o encantamento da situação a intoxicava. Só havia esta resposta.

"Estou aqui porque não seria capaz de fazer diferente. Eu não podia recusar tal chance... não podia dizer não", ponderou.

Em menos de 24 horas, sua vida tinha virado de ponta-cabeça. E ela havia sido totalmente impotente para fazer qualquer coisa, exceto deixar acontecer.

Um suspiro profundo de sincera alegria escapou de sua garganta.

Ao seu lado, Edward estava muito consciente do lindo corpo delgado próximo ao seu, e, ouvindo o suspiro, virou a cabeça para olhá-la. Satisfação brilhou em seus olhos antes que voltasse ao trabalho.

Sim, definitivamente havia tomado uma boa decisão. A boa decisão de seguir o impulso inesperado que o estimulara a ordenar que seu motorista parasse o carro quando a vira na rua, e a boa decisão de aconchegar aquele corpo maravilhoso em seus braços e torná-la sua. Tinha sido uma noite incrível. Extraordinária, não apenas pela novidade disso, mas pelo fato misterioso de que possuí-la lhe causara uma satisfação profunda. Tão profunda que quisera repetir a experiência por algum tempo, e para tal fim, fora preciso tomar uma decisão naquela manhã: levar Bella consigo. Sim, era uma atitude impulsiva. Não, geralmente não levava mulheres em suas viagens. Mas e daí? Estava levando Bella, porque ela era, naquele momento, exatamente o que ele queria.

Considerou os motivos para se sentir assim. Ela era linda obviamente... caso contrário, Edward não a teria olhado uma segunda vez. Porém, a beleza de Bella, com aqueles olhos grandes, cabelos loiros e boca macia... o atraía de uma maneira única, uma maneira que nunca ninguém o atraíra antes. O corpo era tudo que podia querer... seios suaves, cintura fina, quadris arredondados, pernas longas e uma pele sedosíssima.

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