Continuação...
Lorenzo foi até a praça mais vazia e perigosa perto de sua casa, segundo ele que sabia todos os lugares possíveis dela estar, ela poderia estar ali fazendo suas atividades. Mas não estava. Foi até o campo do antigo frigorífico abandonado da cidade, encontrou apenas um pessoal jogando bola. Ele não aguentava correr, foi até o bosque municipal, um pedaço da mata atlântica tinha lá, era calmo e nos tirava do barulho do centro logo ali perto e da avenida. Entrou pelo caminho de pedras, foi até o lago e nada da menina, seguiu até a área da estufa e nada. Um lugar onde ela poderia estar seria no meio das trilhas no pequeno pedaço de mata, houve uma vez que ele foi até lá com Jade para ir até a pista de skate que havia ali perto, ao entrar no local onde ficava a maior e mais velha árvore do bosque encontrou Flora e sua amiga japonesa, mas faz muito tempo.
— Me solta! Eu disse que não! Eu não vou me meter nessa de novo! Cara! - Lorenzo ouviu a voz de Flora alterada, seu coração disparou. Entre as folhagens secas e úmidas, Lôlo viu uma imagem que não queria ter visto. Flora estava sendo segurada pelos pulsos por um jovem mais velho que ela, ele estava com a feição preocupada. Enquanto Flora séria tentava se soltar das mãos horríveis que a fez cometer coisas que nunca imaginou fazer, ela foi enganada, não sabia que ele iria usar aquilo para revender como arquivos a bandidos. Lorenzo percebeu que ela estava diferente, normalmente Flora não usava roupas chamativas e esportivas, ela ficava linda naquele estilo novo.
— Deméter, só mais uma ajuda. - ele soltou as mãos dos pulsos dela. Lorenzo não estava entendendo aquilo. Quem era Deméter? Poderia dizer que era apenas um apelido. Quem era aquele cara? Era tudo que se passava na cabeça de Lorenzo.Não sabia se interferia ou esperava para ouvir mais sobre aquilo. Ele teria que entender antes de tomar uma decisão levemente perigosa.
— Você me enganou, cai certinho na sua. Sorte que saí antes. Cara, você só deve ter problema. - ele segurou a mão dela de novo e a mesma o empurrou para afastar ele. — Se não quer ter problemas com a polícia, para! Eu não me meti nisso. Eu achava que era só...
— Se você abrir a boca, te levo junto.- Flora sabia que era arriscado, mas o trabalho dela era formatar alguns arquivos e não sabia que aquilo era parte do plano sujo dele.
— Isso pode até acontecer, mas eu fiz 1% do seu jogo imundo. Você disse que era só... Não quero mais ver você! Saí! - Flora se afastou e o mesmo segurou desta vez o braço dela forte. Lorenzo não aguentou, o único que podia fazer ameaças bobas era ele, mas aquela era séria e envolvia uma galera. Antônio sentiu um forte soco invadindo aquele espaço, era de mão cheia. Flora se assustou e arregalou os olhos enquanto via Antônio caído no chão e Lorenzo segurando a barra da blusa dele — Lorenzo! - exclamou alto a menina, ela só pensava em fugir dali.
Depois daquela situação Flora e Lorenzo saíram correndo passando por árvores, tronco e galhos até o caminho mais próximo, Flora no meio da ação cortou rapidamente a pele delicada de seu braço direito, conseguindo tapar com a manga da blusa rosa. Antônio não estava se controlando, Lorenzo acertou em cheio, a boca dele sangrou muito, foi assim que Antônio percebeu que é capaz de fazer qualquer coisa para livrar ele e sua irmã daquele plano. Passando despercebidos ao lado do guarda, Flora solta um suspiro de alívio alto, mas Lorenzo não iria deixar ela ir sem explicações. A menina arruma a touca na sua cabeça e fitou o menino sério. Ele não aguentava aquilo, como se não permitisse a ela ver como ele é gentil assim. Embora fizesse isso escondido da menina, como a vez que brigou com um de seus colegas, apenas por ele ter dirigido a palavra sobre ela com malícia. E sim, ele estava certo daquilo. Ele a protegia, por alguma razão. Talvez ele tivesse ela como uma irmã, para substituir aquela.
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Entre o Arco-Íris
RandomNão estariam apenas procurando por algo irrelevante, para salvar seus amigos e colegas era preciso abrir uma exceção, talvez um grupo para ajudar uns aos outros. Cheios de diferenças e crenças de suas próprias culturas, um grupo de onze adolescentes...