KARMA | taekook |

Capítulo Doze: Mudança

Acharam que eu não ia atualizar mais esse ano, né? Pois bem, eu também achei.

Muitas coisas aconteceram comigo desde a última att, eu reprovei no concurso que eu queria, entrei num emprego fdp, fiz várias coisas ruins também. Além disso nas vezes que tentei atualizar o Spirit deu ruim e é aquela coisa, né? Não consigo postar em um site só.

Por um milagre consegui estar aqui hoje, por isso peço que leiam com carinho. O capítulo tem 8k, mas pelo menos veremos o Zao hoje... ai que saudade desse lobo.

Hoje o capítulo não tem arte, nem músicas específicas, mas fiquem a vontade se quiserem dar play aqui embaixo. Desculpa a melancolia, eu não estou em um bom mood hoje.

Obrigada pelas mensagens no privado e pelos comentários, isso me motiva demais!

Ah, e vcs já sabem, ignorem os erros!

• Alfa •

🍊

Dez dias, não tenho notícias há dez longos dias. Nada.

Eu não fazia mais questão de procurar saber o que estava acontecendo fora da propriedade dos líderes, me distanciei de qualquer coisa que me lembrasse de sentir culpa. A preocupação ainda existia, o problema nunca foi embora, mas eu precisava me controlar.

Pensar com calma e prudência era a solução. Eu prometi isso.

Há dez dias minha família estava morando na propriedade líder, todos nós juntos como nos velhos tempos, pois nossa união ajudava no tratamento do meu pai ômega. Um dos quartos de hóspedes foi equipado para que ele pudesse ter mais conforto, transformado em uma ala hospitalar.

O bip infernal do aparelho era horrível, mas não pior que o som do oxigênio comprimindo e expandindo na bomba, ajudando meu pai a respirar. Além do mais, toda a decoração foi mudada, o laranja dominava para onde quer que eu olhasse, nas paredes, roupas de cama e objetos, era a cor de seu lobo e isso podia ajudar a dar um pouco mais de tranquilidade.

O céu nublado iluminava sua pele ao entrar pela pequena sacada e deixava o rosto cansado ainda mais pálido. O tempo estava frio e o cheiro de chuva vinha distante, mesmo que não chovesse de fato, pois esse era o cheiro do meu pai ômega.

— Sério desse jeito você se parece com o seu pai. — A mão lenta segurou a minha. — Consigo ouvir seus neurônios torrando.

Eu estava deitado ao seu lado na cama de casal, dividindo um cobertor grosso para que o tecido e o meu calor o mantivesse confortável. Seus olhos piscaram devagar, estava com olheiras, um cateter no nariz e o cabelo completamente oleoso, os lábios estavam ressecados, mas papai ainda estava bonito.

O brilho em seu olhar era sempre magnífico. Sempre.

— Não faça essa carinha, meu amor, por favor. — Suplicou rouco, afagando minha mão com o polegar. — Não me olhe assim, Tae.

— Desculpa.

— Não fique tão assustado. — Sorriu fraco.

— Não estou, pai, eu juro.

Menti, ele soube de imediato. Papai sempre sabia das minhas mentiras, era sua habilidade especial de pai e Apoiador.

— Onde está o Gguk?