Parte 39

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★★★

[ Néria a Narrar]

Estou a sair da delegacia e tem vários jornalistas, tentanto me entrevistar, ando rápido sem olhar para trás e subo no carro do meu pai.

A noite de ontem foi muito difícil...

[Flashback on]

— Denzel! — Grito desesperada assim que arma dispera e ele cai no chão, estou toda insaguentada — Não, por favor Denzel, foi sem querer...

Ele está com a mão sobre o peito, na tentativa de parar o sangramento. Corri para o quarto pegar uma toalha limpa para ajudá-lo e trouxe o meu telefone comigo. Não fecha os olhos, eu vou chamar uma ambulância.

Liguei para ambulância e dei o endereço sem parar de pressionar o ferimento.

— Denzel você precisa sobreviver — Ele está cada vez mais pálido e eu entro em desespero.

— Néria me perdoa — ele diz se contorcendo de dor.

— Não fala nada, você precisa ficar descansado.

Ele fechou os olhos e eu gritava forte o nome dele.

— Denzel olha para mim, não estraga a minha vida por favor seu filho da puta, você precisa viver.

Em pouco tempo a ambulância chegou.

Os paramédicos me tiraram de cima dele e o meteram na maca, fizeram todos os procedimentos e o levaram.

Enquanto eu olhava aquele cenário a polícia chegou, os vizinhos devem ter chamado a polícia.

— Boa noite senhorita, o que aconteceu aqui? — Perguntou um dos polícias.

— Eu disparei a arma em legítima defesa, o homem tentou me agredir e eu me defendi, inclusive a arma é dele. Ele é detetive por isso anda sempre armado — Enquanto eu falava o outro polícia fazia algumas anotações.

— A Senhora tem que nos acompanhar, até a delegacia para prestar depoimento — Eles me algemaram, não lutei.

Desceram o elevador comigo e chegamos até fora do prédio.  Vi o Denzel sendo posto dentro da ambulância e a fazerem de tudo para o reanimarem, entrei no carro da polícia e rezava para ele sobreviver — Era noite e aquele cenário, luzes e o som da ambulância e polícia era bastante deprimente.

Chegamos na delegacia, fizeram varias fotografias de mim, em todos os ângulos enquanto eu pegava uma placa com um número, tiraram as minhas digitais e fui posta em uma sela. Me ofereceram uma chamada e liguei para o Silas, expliquei tudo e ele disse que me ajudaria, mas que por hoje eu teria que passar a noite aqui mesmo  por protocolos.

Não consegui pregar os olhos a noite inteira, o local era frio e humido, me encolhi em um canto e ignorei as outras detentas que me insultavam. Pela manhã me chamaram para depor... Estou sozinha numa sala com câmaras quando uma oficial entrou. Ela é colega do Denzel, lembro bem do rosto dela. Chama-se Laura se não estou em erro, ela é magra, ruiva, olhos verdes e com um rosto comum, quer dizer, é bonitinha.  Pelo o que lembro ela sempre teve um fraquinho pelo Denzel por isso nunca fomos com a cara uma da outra.

Ela veio até mim como uma cobra astuta e sentou-se bem na minha frente, uma mesa nos separava.

— Te aconselho a cooperar se quiser acabar com isso o mais cedo possível  e mentir não vai adiantar nada.

— Estou disposta a cooperar — Falei em tom firme.

— Néria Western, porquê que você atirou no seu noivo? Ele descobriu o seu triângulo amoroso? Confessa!

Amor PerigosoOnde histórias criam vida. Descubra agora