Parte 47

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★★★

[Néria a Narrar]

- O que eu faço? - Antónia, perguntou desesperada.

Olhei para esquerda e para direita enxergando o pedaço de ferro que usei para bater ao chão.

- Toma, fica atrás da porta e bate forte a cabeça dele - Falei murmurando.

Ela obedeceu e eu deitei para parecer que estava a dormir. Ele foi descendo e os passos dele se aproximando eram desesperadores.

O abrir de porta dele foi aterrorizante, ele entrou e veio direito a mim.

- Acorda! Quem esteve aqui?

- Como assim? Do que falas - falei levantando e vendo a Antónia, as mãos dela tremiam.

- Tinha um carro lá fora, não me faças de idiota - Ele está furioso.

Ele veio para cima de mim e me sacudiu pelos braços gritando de raiva.

- Eu fiz uma pergunta para você sua vadia, me responde.

Antónia continuava aí parada hesitante, eu queria que ela fizesse alguma coisa ou que pelo menos fugisse daí, porém, ela fez a maior burrice de todas.

- Pára com isso Rodrigues, ela está grávida do Dilan como podes ser tão cruel.

- Você? - Ele falou se virando.

- Por favor, deixa ela ir, o senhor Dilan não vai gostar disso - Suas palavras são tremulas.

- Ele nunca vai saber - Rodrigues proferiu as palavras indo em direcção da a Antónia com agressividade e apertou o seu pescoço com força, o impacto fez ela soltar o pedaço de ferro em sua mão que deslizou até em direcção a mim.

- Nunca gostei de ti, sua velha maldita.

- Rodrigues, não! Por favor pára. Ela não fez nada, a culpa a minha, deixa ela por favor - Eu gritava, me esperneava, mas ele não parava. Eu tentei ir até lá, mas as correntes não deixaram. Vi as pernas dá Antónia a baterem de sufoco por quase 3 min, quando ouvi o barulho do seu pescoço a quebrar e finalmente ela parou de lutar.

- Merda, agora vou ter que limpar essa sujeira. - Ele falou friamente.

Entrei em choque e comecei a convulsionar, cai no chão e meu corpo se mexia sozinho . Rodrigues saiu daí e voltou com as chaves da corrente, para me socorrer, eu não parava de me debater, quando ele abriu as correntes alcancei o ferro e bati com força na cabeça dele. Ele caiu no chão.

Corri até a Antónia e os olhos dela estavam abertos... Senti muita dor e culpa. Me concentrei e procurei o telefone dela. Achei e saí daí disparada. Os raios de sol feriam meus olhos, quase não conseguia andar. Percebi que estava num sitio abandonado por árvores por todos os luagares. Vi um carro táxi e fui para lá, deduzi que fosse o carro que a Antónia usou para vir. Ao me aproximar vi que o motorista não ouvia os meus gritos, me aproximar e vi que ele foi morto com uma bala na cabeça.

Óh, meu Deus! - Gritei, mas ganhei coragem para tirá-lo do seu acento e eu dirigir. O Rodrigues deve ter usado um silenciador na arma por isso não ouvimos o disparo. Fazia tudo rápido, mas o tempo parecia parado.

Liguei o carro e arranquei, no caminho liguei 2 vezes para o Dilan, só que ele não atendia. Entrei em desespero porque eu não sabia por onde ir, simplesmente seguia a trilha. Lembrei que ainda tinha o número de telefone do Denzel em mente e liguei na hora, ele atendeu.

Ligação on:

- Aló, quem fala?

- Denzel, socorro por favor, me ajuda.

- Néria, meu Deus é você, onde estás?

- Eu não sei, estou no meio do nada, ele me deixou presa mais eu consegui fugir, ele a matou, estou com muito medo.

- Se acalma, eu vou tirar você daí, agora me responde, Ele quem?

Quando eu ia responder uma carrinha veio para cima de mim. Bateu no meu carro e eu capotei várias vezes. Tudo estava muito vago, eu ouvia uma voz a gritar meu nome do outro lado do telefone e a medida que eu ia apagando vi umas botas se aproximando. Ele me pegou...

•••

[Denzel a Narrar]

Estou no meu escritório da delegacia quando recebo uma chamada de um número estranho, não exitei em atender visto que o meu número é um dos alistados para quem tiver notícias da Néria, e para o meu espanto era ela, falamos rapidamente, ela parecia nervosa, corri para a sala do pessoal das TICS para a localizarem via satélite.

Ela estava prestes a me dizer quem a manteve sequestrada, quando ouvimos um barulho estrondoso e a ligação se encerrou.

- Felipe, conseguiste localizá-la?

- Boss, a ligação encerrou antes de sabermos o local exato, mas temos o perímetros do local graças as torres de transmissão.

- "Ele a matou". Essas foram as palavras dela, tenta descobrir de quem é o telefone.

- Feito, Boss. Antónia Lima - A fotografia de uma senhora de cerca de 55 anos ficou no ecrã do computador.

- Meu Deus, é a empregada do Dilan, aciona a policia local e manda policiais no perímetro, eu vou fazer uma visita ao Dilan.

Saí daí e fui direito para o heliporto, tenho autorização para pilotar o helicóptero da policia. Mais dois agentes vieram até a fazenda do Dilan comigo. Aterrei próximo a entrada.

Dilan saiu fora com o barulho do helicóptero.

- Você de novo? Dessa vez espero que tenhas um mandato ou então eu... - tortei-o

- Onde está sua empregada, a governanta?

- O quê? - Ele perguntou confuso.

- Responde.

- Antónia foi ao mercado, mas acho que já deve ter voltado.

- Óptimo, manda chamá-la.

Dilan foi ter com um dos seus empregados e voltou de cara feia.

- O motorista que a levou disse que foi pega-la ao mercado e não a encontrou, por favor me diga o que está acontecendo.

- Néria ligou para mim pelo telefone da Antónia. E há suspeitas de que sua funcionária esteja morta.

- O quê? Não pode ser, isso não faz sentido algum.

- As torres de transmissão captaram os sinais vindo dessa região e os policias já estão a busca, enquanto isso espero que entendas que voltas a ser o principal suspeito.

- Isso não faz sentido algum, porque a Néria iria ligar para ti?! Merda! O meu telefone está no silencio - Dilan tirou o telefone do bolso e ficou feliz por ter encontrado duas chamadas do número da Antónia. - Pelos vistos ela ligou para mim primeiro. Isso me inocenta? - Ele falou entregando o telefone para eu ver.

Chequei para confirmar e ele falava a verdade. Fiquei com raiva por saber que fui a segunda opção. Confirmei as chamadas em relação a minha tinham 1 min de diferença.

- Eu juro que não tive nada a haver com o desaparecimento da Néria, por favor trabalha comigo, eu poderei ser muito útil.

Acenei positivamente com a cabeça.

Continua...

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